Tarifas de Trump sobre produtos chineses ameaçam empresas dos EUA com danos irreversíveis

As tarifas impostas por Trump sobre produtos chineses geram incertezas e riscos para empresas americanas, com impactos em setores como móveis e eletrônicos.
Atualizado há 21 horas
Tarifas de Trump sobre produtos chineses ameaçam empresas dos EUA com danos irreversíveis
Tarifas de Trump sobre produtos chineses aumentam incertezas para empresas dos EUA. (Imagem/Reprodução: Gizchina)
Resumo da notícia
    • As tarifas impostas por Trump sobre produtos chineses estão causando incertezas e paralisação de operações em empresas dos EUA.
    • Empresas enfrentam aumento de custos e cancelamento de pedidos, especialmente em setores como móveis e eletrônicos.
    • Essa instabilidade pode levar a danos irreversíveis para muitos negócios americanos, principalmente pequenas empresas.
    • Algumas empresas estão adotando estratégias logísticas para mitigar os efeitos das tarifas, como uso de armazéns alfandegados.
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As tarifas impostas pelo governo Trump sobre produtos chineses continuam a gerar incertezas e dificuldades para empresas nos Estados Unidos. Apesar de algumas isenções para produtos tecnológicos como o iPhone, a maioria dos setores enfrenta aumento de custos e paralisação de operações, com cancelamento de pedidos e abandono de cargas. Essa situação cria um cenário de instabilidade que pode causar danos irreversíveis a muitos negócios americanos.

Impactos das Tarifas da China nos Negócios Americanos

Segundo Alan Baer, CEO da OL USA, quase todas as atividades relacionadas a negócios com a China estão paralisadas. A incerteza causada pelas tarifas tem aumentado o número de cargas abandonadas e reservas canceladas, especialmente em setores como móveis, brinquedos, vestuário, calçados e equipamentos esportivos. Para saber mais sobre como a Xiaomi expande acesso ao AI Toolbox para mais dispositivos no Brasil, confira essa matéria.

Estratégias Logísticas para Mitigar as Tarifas

Para evitar os altos custos das novas tarifas, empresas estão adotando estratégias como o uso de armazéns alfandegados, transporte marítimo mais lento e zonas de comércio exterior. Essas táticas permitem que as mercadorias entrem nos EUA sem o pagamento imediato de taxas. Algumas empresas chegam ao ponto de reembalar ou reetiquetar os produtos durante o transporte para adiar o pagamento das taxas.

A Maersk, uma das maiores empresas de transporte marítimo, informou que as tarifas forçarão grandes mudanças nas rotas de transporte para os EUA. Essas mudanças podem causar uma “reestruturação maciça de todos os serviços de linha para a América do Norte”. A empresa alertou seus clientes que a diminuição de pedidos e possíveis taxas sobre navios fabricados na China podem causar atrasos de vários meses.

De acordo com a Maersk, a situação deve levar meses para ser resolvida, com congestionamentos e aumento nas taxas de frete. As regras alfandegárias pouco claras também contribuem para a crise. Funcionários portuários frequentemente desconhecem a existência de mercadorias abandonadas, e as regulamentações variam.

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O não envio do conhecimento de embarque ao comprador é um exemplo de fator determinante para definir quem é o responsável, de acordo com os termos de envio. Karsten Kildahl, diretor comercial da A.P. Moller-Maersk, descreve o momento como “sem precedentes”.

Destino das Cargas Abandonadas

Frequentemente, os exportadores enviam uma “carta de abandono” à alfândega dos EUA, permitindo a venda ou leilão da carga. O valor arrecadado é utilizado para cobrir despesas como armazenagem, e qualquer quantia restante é destinada ao porto. Algumas cargas são enviadas para depósitos, enquanto outras ficam disponíveis para venda. Empresas como FR8 Auctions, JS Cargo e Merchandise USA adquirem esses produtos abandonados e os revendem em lojas físicas ou online.

As tarifas dos EUA sobre importações chinesas impactam principalmente as pequenas empresas, muitas das quais não conseguem lidar com os custos de importação imprevisíveis e elevados. Stephen Lamar, CEO da American Apparel & Footwear Association, afirma que muitas empresas não têm escolha a não ser cancelar pedidos devido às tarifas elevadas, um risco que pequenos negócios não podem suportar.

Lamar alerta que essa instabilidade pode levar à perda imediata de vendas e à escassez de produtos. Ele defende a extensão da suspensão da guerra comercial para importações dos EUA provenientes da China, a fim de evitar danos irreversíveis. Para mais informações, confira os detalhes sobre os Produtos da Apple, como iPhone e Mac, são isentos de tarifas de Trump nos EUA.

A Mudança para o Sudeste Asiático como Alternativa

Há empresas tentando transferir a produção para o Vietnã ou a Índia, mas essa transição é lenta e dispendiosa, especialmente para a fabricação de produtos complexos. Alan Murphy, CEO da Sea-Intelligence, destaca que bens de maior valor agregado e mais técnicos, como eletrônicos, máquinas, equipamentos médicos e produtos farmacêuticos, não podem ter sua origem alterada facilmente.

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Murphy também observou que esses produtores estavam revisando o fornecimento de componentes e reduzindo estoques, mas agora enfrentam prazos impossíveis. A maior preocupação é a incerteza sobre o objetivo final do governo Trump. Segundo ele, se o objetivo for a reindustrialização dos EUA, o plano de longo prazo para as tarifas deve ser claro.

Murphy critica a tática instável de alterar as taxas de tarifas diariamente, o que desestabiliza empresas e investidores. Ele acrescenta que nenhuma empresa chinesa com quem sua empresa conversou está considerando se mudar para os EUA, em parte devido à imprevisibilidade das políticas.

A Maersk informa que muitos exportadores estão adotando uma postura de “esperar para ver”. Clientes em toda a sua rede global estão mantendo os níveis de estoque baixos e buscando flexibilidade, uma posição delicada enquanto a guerra comercial se arrasta sem solução à vista.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Gizchina

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.