Telegram denuncia tentativa da França de acesso às mensagens dos usuários

Telegram se opõe a solicitação da França por backdoor em mensagens. Saiba mais sobre esta controvérsia.
Atualizado há 2 horas
Telegram denuncia tentativa da França de acesso às mensagens dos usuários
Telegram rejeita pedido da França por backdoor em mensagens, gerando polêmica. (Imagem/Reprodução: Neowin)
Resumo da notícia
    • Pavel Durov, CEO do Telegram, afirma que a França exigiu um backdoor para acessar mensagens dos usuários.
    • Você deve se preocupar com sua privacidade, pois essa demanda pode comprometer a segurança das comunicações.
    • A proposta de lei francesa ressalta a tensão entre privacidade e segurança pública.
    • A discussão sobre acesso a dados se expande por toda a Europa, com propostas semelhantes em pauta.
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Pavel Durov, fundador e CEO do Telegram, revelou que autoridades da França teriam exigido a criação de um backdoor no aplicativo. O objetivo seria permitir o acesso a mensagens e informações privadas dos usuários. Essa declaração surge após a prisão de Durov na França em agosto do ano passado e em um momento de crescente escrutínio sobre a plataforma por reguladores globais.

Contexto da Exigência Francesa

Segundo uma postagem de Durov em seu canal pessoal, a controvérsia está ligada a uma legislação proposta pelo Senado francês. Essa lei exigiria que aplicativos de mensagens implementassem um backdoor para que a polícia pudesse acessar conversas privadas. Embora a Assembleia Nacional tenha posteriormente rejeitado o projeto, Durov afirma que o Prefeito de Polícia de Paris voltou a defender a medida.

A justificativa inicial para a lei aprovada pelo Senado francês era o combate ao tráfico de drogas. No entanto, Pavel Durov argumenta que tal medida não seria eficaz contra o crime. Ele acredita que criminosos poderiam facilmente migrar para aplicativos de mensagens menores ou usar VPNs para ocultar suas verdadeiras identidades.

Riscos e Posição do Telegram sobre o Backdoor

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O CEO do Telegram alerta que a implementação de um Telegram com backdoor para a polícia representa um risco significativo. Ele sustenta que é “tecnicamente impossível garantir que apenas a polícia possa acessar um backdoor”. Essa vulnerabilidade, segundo ele, poderia ser explorada por hackers e outros atores mal-intencionados, comprometendo a segurança de todos os usuários.

Durov reafirma a posição da empresa sobre o assunto: “É por isso que, como já disse antes, o Telegram preferiria sair de um mercado a comprometer a criptografia com backdoors e violar direitos humanos básicos. Ao contrário de alguns de nossos concorrentes, não trocamos privacidade por participação de mercado.” Questões de segurança são uma preocupação constante para empresas de tecnologia.

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Políticas Atuais e Histórico de Privacidade

O Telegram, segundo Durov, coopera com as autoridades apenas mediante ordem judicial válida. Nesses casos, a empresa pode divulgar informações como endereço IP e número de telefone de suspeitos criminais. O executivo enfatizou que, nos 12 anos de história do aplicativo, “nunca divulgou um único byte de mensagens privadas”.

Essa postura firme sobre privacidade ocorre em um momento delicado. Promotores na França acusaram formalmente Pavel Durov por supostamente permitir atividades criminosas em sua plataforma. As acusações incluem incitação à violência, abuso sexual infantil, tráfico de drogas e crimes de ódio online. Em resposta, o Telegram se comprometeu a alterar suas políticas de moderação para lidar com essas preocupações.

Cenário Europeu Mais Amplo

A discussão sobre acesso a dados e criptografia não se limita à França. Durov mencionou que a Comissão Europeia também propôs recentemente um projeto de lei semelhante. Essa proposta exigiria que aplicativos de mensagens implementassem um backdoor para acesso das autoridades, indicando uma tendência regulatória mais ampla no continente.

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Este episódio evidencia a tensão contínua entre a demanda por acesso à informação por parte das autoridades para investigações e a defesa da privacidade e da criptografia por empresas de tecnologia. O debate sobre como equilibrar segurança pública e direitos individuais permanece como um desafio central na era digital.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Neowin

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.