Terra pode esconder ‘supercontinentes secretos’ no interior do planeta

Pesquisas indicam que a Terra pode abrigar 'supercontinentes secretos' em seu interior. Descubra mais sobre essa incrível revelação científica.
Atualizado há 5 dias
Supercontinentes no interior

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Será que a Terra já revelou todos os seus segredos? Um estudo recente sugere que não! Pesquisadores descobriram que o interior do nosso planeta pode esconder “supercontinentes secretos”, vastas regiões enterradas sob o manto terrestre. Essas estruturas, localizadas entre a crosta e o núcleo, estariam sob a África e o Oceano Pacífico, desafiando nosso conhecimento sobre a dinâmica interna da Terra e o movimento das placas tectônicas. Prepare-se para explorar o desconhecido e descobrir o que se esconde sob nossos pés!

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Supercontinentes no Interior da Terra: O que são?

Uma nova pesquisa publicada na revista Nature por cientistas holandeses revela a existência de grandes regiões misteriosas sob o manto da Terra. Essas áreas, interpretadas como “supercontinentes” escondidos, foram identificadas através de uma análise inovadora de dados sísmicos de terremotos. A descoberta sugere que essas estruturas antigas podem ter um papel crucial na dinâmica do manto terrestre.

De acordo com o estudo, esses supercontinentes funcionam como “âncoras”, influenciando as atividades do manto e o movimento das placas tectônicas. A pesquisadora Sujania Talavera-Soza, da Universidade de Utrecht, destaca que a origem e a durabilidade dessas estruturas são temas de debate. Essa descoberta se junta a outras evidências que indicam que o manto terrestre, composto principalmente por rochas, pode não ser tão agitado internamente quanto se pensava.

A hipótese é que esses supercontinentes, como bolsões de material não misturado, moldam a atividade do manto de maneiras ainda não totalmente compreendidas. A pesquisa abre novas portas para a exploração da história do nosso planeta e os processos que o moldaram ao longo de bilhões de anos.

Os cientistas descobriram duas estruturas gigantescas, comparáveis a montanhas, que ultrapassam a altura do Monte Everest em centenas de quilômetros. Arwen Deuss, sismóloga da Universidade de Utrecht, explica que a natureza e a permanência dessas estruturas são desconhecidas, levantando questões sobre se são fenômenos temporários ou formações com milhões ou bilhões de anos.

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“Montanhas” Mais Altas que o Everest no Manto Terrestre

Com cerca de 997 quilômetros de altura, essas “ilhas de rocha” subterrâneas são mais de 100 vezes mais altas que o Monte Everest, que atinge cerca de 9 quilômetros. A profundidade dessas estruturas, localizadas a aproximadamente 1.931 quilômetros abaixo da superfície, impossibilita a exploração direta, devido às altas temperaturas do núcleo terrestre. Elas estão cercadas por um “cemitério” de placas tectônicas, resultado de um processo chamado subducção.

Nesse processo, uma placa tectônica mergulha sob outra e afunda da superfície da Terra a uma profundidade de quase três mil quilômetros. Os pesquisadores observaram que as ondas sísmicas diminuem de velocidade ao alcançar essas estruturas, o que levou à denominação de Large low-shear-velocity provinces, ou LLSVP. As LLSVPs são mais quentes que as placas tectônicas vizinhas, o que explicaria a desaceleração das ondas sísmicas.

“Contra nossas expectativas, encontramos pouco amortecimento nos LLSVPs, o que fez os tons soarem muito altos ali. Mas encontramos muito amortecimento no cemitério de lajes frias, onde os tons soaram muito suaves”, acrescentou Deuss. Essa pesquisa aprofunda descobertas iniciadas na década de 1970, quando foram identificadas duas grandes estruturas incomuns abaixo da Terra, apelidadas de “blobs”.

Na época, não havia consenso sobre se eram fenômenos passageiros ou estruturas de longa duração. “Sabemos há anos que essas ilhas estão localizadas na fronteira entre o núcleo e o manto da Terra. E vemos que as ondas sísmicas desaceleram ali”, comentou a pesquisadora. Apesar dos avanços, muitas perguntas sobre essas estruturas permanecem sem resposta. Uma das teorias é que sejam acumulações de crosta oceânica ao longo de milhões de anos.

Independente do que sejam, o estudo deixa claro que há muito o que se descobrir sobre a história do planeta em que vivemos. Para ficar por dentro de outras descobertas incríveis como essa, confira também porque Estudos indicam nova fase climática perigosa para a Terra.

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A Importância da Descoberta dos Supercontinentes no Interior

As incertezas em torno dessas grandes estruturas alimentam diversas hipóteses, desde pilhas de crosta oceânica acumuladas ao longo de milhões de anos até teorias mais exóticas, como a de que seriam remanescentes de um planeta desconhecido. Independentemente da sua origem, o estudo ressalta a vastidão do desconhecido na história do nosso planeta. Afinal, o que esperar do futuro?

Esta descoberta tem implicações significativas para a nossa compreensão da Terra. Ao revelar a existência de supercontinentes no interior do planeta, os pesquisadores abrem novas avenidas para investigar a dinâmica do manto, o movimento das placas tectônicas e a evolução geológica ao longo do tempo.

Além disso, a pesquisa destaca a importância de utilizar métodos inovadores, como a análise de dados sísmicos de terremotos, para desvendar os segredos que a Terra esconde em suas profundezas. A busca pelo conhecimento sobre o nosso planeta está longe de terminar, e cada nova descoberta nos aproxima um pouco mais da compreensão da complexidade e da beleza da Terra.

A exploração do interior da Terra é um desafio complexo, mas essencial para compreendermos a história e a dinâmica do nosso planeta. A descoberta desses supercontinentes secretos é um passo importante nessa jornada, abrindo novas portas para a pesquisa e o conhecimento. Que outros mistérios as profundezas da Terra ainda reservam?

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via TecMundo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.