Teste do Pixel 10 Pro Fold revela falhas graves e explosão da bateria

Bateria do Pixel 10 Pro Fold explodiu durante teste, levantando dúvidas sobre a durabilidade do aparelho.
Atualizado há 8 horas
Teste do Pixel 10 Pro Fold revela falhas graves e explosão da bateria
(Imagem/Reprodução: Androidauthority)
Resumo da notícia
    • O Pixel 10 Pro Fold teve sua bateria explodida durante um teste de durabilidade feito pelo canal JerryRigEverything.
    • Você precisa ficar atento à resistência dos smartphones dobráveis antes de comprar para evitar riscos à segurança.
    • Consumidores e fabricantes terão que repensar a durabilidade e segurança desses dispositivos no mercado.
    • O incidente expõe falhas recorrentes em projetos e coloca em dúvida certificações de proteção anunciadas.
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O Pixel 10 Pro Fold, um aparelho dobrável da Google, enfrentou um teste de durabilidade do canal JerryRigEverything (JRE) que terminou de forma inesperada: sua bateria pegou fogo. O incidente levanta dúvidas sobre a resistência do dispositivo, que prometia ser um avanço na categoria com certificação IP68. Este tipo de teste rigoroso busca expor as vulnerabilidades de novos lançamentos no mercado.

O teste revelou que o aparelho não só apresentou falhas estruturais, mas também uma reação térmica perigosa. Durante a avaliação de resistência, a bateria do Pixel literalmente explodiu, um evento raro mesmo para os padrões de exigência do testador.

O YouTuber JerryRigEverything, conhecido por seus testes de resistência em celulares, classificou o Pixel 10 Pro Fold como o “mais fraco” aparelho dobrável que ele já avaliou. A série de problemas identificados durante a análise comprometeu a expectativa em torno das inovações do dispositivo.

O Teste de Durabilidade e a Falha Inesperada

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A Google havia posicionado o Pixel 10 Pro Fold como um marco importante para os smartphones dobráveis. Ele era o primeiro do tipo com certificação IP68, garantindo proteção total contra poeira e resistência à água, além de apresentar uma dobradiça reprojetada e uma bateria maior com carregamento Qi2. Contudo, a recente avaliação de durabilidade do JerryRigEverything expôs as limitações desses recursos.

Durante o teste, o aparelho cedeu em uma das linhas de antena, o que já havia sido um ponto fraco em gerações anteriores. Essa falha de design causou um curto-circuito na bateria, que é do tipo “bolsa” (pouch-style), mais suscetível a danos por compressão. O resultado foi uma rápida reação térmica, culminando na explosão da bateria.

Este foi um momento sem precedentes na história do canal. Segundo o próprio JerryRigEverything, em mais de uma década testando telefones populares, esta foi a primeira vez que um deles explodiu. O vídeo do teste, em seu canal no YouTube, mostra o incidente por volta do sétimo minuto e vinte segundos, registrando o calor e as chamas que saíram do dispositivo.

O ponto de ruptura foi, mais uma vez, a linha de antena. Essa área foi um problema tanto no Pixel Fold original quanto no Pixel 9 Pro Fold do ano passado. O avaliador fez uma comparação peculiar, dizendo que era como se o “Darth Vader construísse uma terceira Estrela da Morte com a mesma porta de exaustão”, ressaltando a repetição do erro de projeto.

A Questão da Proteção IP68 e Outras Descobertas

Além da falha na estrutura, a certificação IP68 do Pixel 10 Pro Fold também foi colocada em dúvida. A Google afirmou que este era o primeiro dobrável com uma dobradiça totalmente vedada. No entanto, o teste de areia do JerryRigEverything contou uma história diferente.

Ao derramar uma mistura de areia no aparelho, partículas finas conseguiram entrar na dobradiça, produzindo “sons de rangido perturbadores”. O testador concluiu que, embora a tela possa ser resistente à poeira, a dobradiça não demonstrou a mesma capacidade de proteção esperada de um dispositivo com certificação IP68.

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A combinação de falhas estruturais recorrentes e o marketing que prometia durabilidade não agradou ao JerryRigEverything. Ele considerou uma “insulto aos entusiastas da tecnologia” chamar o Pixel 10 Fold de “extremamente durável”. Essas declarações reforçam a necessidade de as empresas serem mais realistas em suas campanhas de publicidade.

Apesar do final catastrófico, o testador continuou sua análise para verificar outros componentes. Ele confirmou que um segundo sensor misterioso, localizado sob a tela dobrável, não era uma câmera oculta, mas sim um sensor de proximidade e luz. Este tipo de sensor é fundamental para o funcionamento correto da tela, ajudando a ajustar o brilho e desligar o display durante chamadas, por exemplo.

Implicações e Próximos Passos para a Linha Pixel Fold

A falha do Pixel 10 Pro Fold levanta questões importantes para a Google e para o futuro da linha de smartphones dobráveis. A segurança da bateria é um fator crítico, e incidentes como este podem impactar a confiança dos consumidores. A repetição dos mesmos pontos fracos de design indica uma possível falta de revisão nos processos de engenharia.

Para o mercado de dispositivos dobráveis, a durabilidade continua sendo um desafio significativo. Empresas como a Samsung, que também desenvolve aparelhos dobráveis, como o Galaxy M15 5G ou o Galaxy XCover 7 Pro, precisam constantemente inovar para garantir que seus produtos resistam ao uso diário. Melhorias em sistemas como o One UI 8.5 mostram um esforço em otimizar o consumo da bateria.

A Google já possui outras frentes de inovação, como a próxima versão do Google Gemini e aprimoramentos em aplicativos como o Google Fotos. No entanto, a reputação da linha Pixel Fold pode depender de como a empresa abordará as falhas de durabilidade destacadas neste teste. Talvez seja preciso focar mais na base, antes de buscar por novas funções, como as que o Moto G100 da Motorola tem.

A principal sugestão do JerryRigEverything para a Google é clara: antes de lançar outro dobrável, a empresa deveria considerar seriamente a mudança das linhas de antena para outro local no design do aparelho. Esse ajuste pode ser crucial para evitar problemas futuros e para que a linha Pixel Fold possa, de fato, alcançar o nível de durabilidade que se espera de um dispositivo moderno.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.