Thomson Reuters conquista vitória em copyright contra empresa de IA: quais os próximos passos?

Copyright de IA: Thomson Reuters vence ação histórica! Entenda o impacto desta decisão e os próximos passos na regulamentação do uso de dados protegidos por direitos autorais em IA. Saiba mais!
Atualizado há 4 horas
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Uma corte de Delaware decidiu que uma startup de tecnologia usou material protegido por copyright para construir um produto jurídico concorrente baseado em IA. A decisão, favorável à Thomson Reuters, marca a primeira grande vitória em um caso de Copyright de IA.

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A Thomson Reuters, empresa controladora da agência de notícias Reuters, travava uma batalha legal contra a Ross Intelligence. A Ross Intelligence havia copiado material da plataforma Westlaw, da Thomson Reuters, para treinar sua ferramenta de pesquisa jurídica baseada em IA.

A Thomson Reuters argumentou que o uso do material não se enquadrava no “fair use” e infringia seus direitos autorais. O juiz Stephanos Bibas rejeitou a alegação da Ross Intelligence de “infração inocente”, dando ganho de causa à Thomson Reuters.

O conceito de Fair Use

O cerne do caso gira em torno do conceito de fair use, que se baseia em quatro fatores:

  1. O propósito e o caráter do uso do material protegido por direitos autorais, incluindo se é comercial ou sem fins lucrativos.
  2. A natureza da obra protegida por direitos autorais que foi utilizada.
  3. Quanto da obra foi utilizada e quão substancial foi essa parte em relação ao todo da obra protegida por direitos autorais.
  4. Como o uso afeta o valor da obra protegida por direitos autorais ou sua posição potencial no mercado.

A decisão anterior da corte distrital resultou em um empate, mas o juiz Bibas decidiu que o quarto fator prevalecia sobre os demais. Esta decisão judicial pode influenciar outros casos semelhantes envolvendo empresas de IA e uso indevido de conteúdo protegido por direitos autorais.

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Uma nova era para as batalhas de treinamento de IA?

Um dos maiores casos do tipo envolve o The New York Times, que processou a OpenAI e a Microsoft por usarem seu conteúdo sem autorização para treinar produtos de IA como o ChatGPT. A Getty Images também processou a Stability AI por scraping de conteúdo sem licenciamento ou compensação.

A Anthropic, apoiada pela Amazon, enfrentou batalha judicial contra o Universal Music Group. Recentemente, empresas têm fechado acordos de licenciamento para resolver disputas de copyright. A OpenAI fechou acordos com Axios, Hearst e CondeNast, entre outros. A Perplexity, após uma série de processos por copyright, firmou parcerias com a Fortune e o Times.

Meta, Google e Microsoft também assinaram acordos semelhantes com parceiros de conteúdo. Inclusive, a agência de notícias Reuters firmou parceria com a Meta. No entanto, esses acordos são apenas uma solução paliativa. Especialistas ainda buscam maior clareza sobre o que constitui a lei de direitos autorais na era da IA.

Por exemplo, se um modelo de IA reproduzir uma versão parafraseada de material protegido por direitos autorais, qual o grau de semelhança que configuraria uma violação de direitos autorais? A resposta para essa e outras perguntas ainda está por vir. E a Thomson Reuters sai na frente nessa batalha jurídica, abrindo precedentes para outras disputas que certamente virão.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

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Via Digital Trends

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.