Tony Gilroy e Genevieve O’Reilly analisam a dança de Mon Mothma em Andor

A série Andor, parte do universo Star Wars, continua a provocar discussões e análises aprofundadas. Recentemente, o foco tem sido a personagem Mon Mothma em Andor, interpretada por Genevieve O’Reilly, e sua complexa jornada. Em uma entrevista, o showrunner Tony Gilroy e a atriz Genevieve O’Reilly detalharam os momentos cruciais que moldam a personagem, explorando as nuances de suas decisões e o impacto de suas ações na rebelião.

A Dança Estratégica de Mon Mothma

Os primeiros episódios da segunda temporada de Andor já estão disponíveis no Disney+, oferecendo um mergulho intenso nos primórdios da rebelião em Star Wars. Durante uma entrevista, Tony Gilroy e Genevieve O’Reilly discutiram os momentos finais do terceiro episódio e como esses anos formativos foram estruturados em mini-filmes de três episódios.

Inicialmente, a ideia era que Andor tivesse cinco temporadas, cada uma cobrindo um ano. No entanto, a estrutura evoluiu para arcos de “filmes” de três episódios. Gilroy explicou que essa mudança levantou questões sobre a necessidade de muita exposição para reconectar o público a cada novo arco. Ele temia ter que escrever um extenso material de apoio detalhando todos os eventos ocorridos entre os episódios, mas percebeu que as informações necessárias surgiam naturalmente.

No quarto episódio, por exemplo, Adria Arjona e Diego Luna precisavam saber o que havia acontecido com o soldado e como tinham sido as missões. Essa necessidade era específica, mas, à medida que avançavam, poucas perguntas surgiam. Os momentos iniciais dos episódios, mostrando onde os personagens estavam e sobre o que conversavam, pareciam ser suficientes. Gilroy raramente precisava escrever memorandos detalhados, o que ele inicialmente temia ser um grande obstáculo.

Genevieve O’Reilly e a Liberdade Criativa

Genevieve O’Reilly comentou sobre a liberdade que teve ao explorar os anos formativos de Mon Mothma na construção da rebelião. Ela destacou o momento de libertação no terceiro episódio, descrevendo-o como catártico. Para ela, os três primeiros episódios se passam em apenas três dias, dentro da casa ancestral de Mon Mothma e em meio à sua cultura familiar. O’Reilly sentiu-se imersa na história da personagem, com pouca necessidade de exposição direta.

A atriz explicou que os rituais e práticas daquele ambiente eram compreendidos implicitamente. Através dos três dias do casamento, das complexas relações familiares com sua filha, marido e sogros, e da presença de Luthen, havia muito acontecendo. O’Reilly sentiu as implicações do momento, não apenas pelo peso das tensões familiares, mas também pela chegada de Luthen, que tinha uma visão clara sobre o amigo de Mon Mothma, Tay Colma.

Na primeira temporada, Tay Colma era um aliado fiel de Mon Mothma, mas no início da segunda temporada, ele parece mais solto e vulnerável aos encantos dos ídolos de Davos Sculdun. Luthen percebe essa mudança de forma mais clara e confronta Mon Mothma sobre seu romantismo, pedindo que ela seja honesta sobre o que a rebelião realmente exige. Ele a desafia a sujar as mãos de sangue, e ela tacitamente concorda.

Para O’Reilly, o crescendo de movimento, cultura e celebração que culmina naquele momento representa uma mulher lutando com seu próprio caos interno. Essa cena específica, onde Mon Mothma em Andor se permite dançar e beber, é um exemplo poderoso de sua luta interna.

A Construção de um Momento Decisivo

Tony Gilroy compartilhou sua visão sobre a cena da dança e como ela se encaixa na narrativa geral. Ele explicou que seu irmão John, um mestre na construção de narrativas, desempenhou um papel fundamental na criação de crescendos emocionais ao longo da série. A experiência deles em filmes anteriores e na primeira temporada de Andor, como a cena do funeral, ajudou a moldar esse momento complexo.

Gilroy destacou o uso de uma música eletrônica de dança, algo incomum na série, para contrastar Cassian salvando o dia com Mon Mothma tendo que lidar com as consequências sangrentas de suas decisões, enquanto Eedy aparece para o almoço. Ele se mostrou satisfeito com o final do terceiro episódio, especialmente com a forma como a cena da dança de Mon Mothma adiciona outra camada à sua personagem.

A cena da dança também cria uma ligação entre o público e Mon Mothma, pois são os únicos na sala que compreendem a verdadeira situação. Enquanto todos os outros estão festejando e dançando, o público está ciente do que ela está enfrentando, criando uma conexão emocional mais profunda. Gilroy expressou sua satisfação com a maneira como a série consegue criar esses laços entre o público e os personagens.

A discussão entre Tony Gilroy e Genevieve O’Reilly revela a profundidade e a complexidade por trás da construção de Mon Mothma em Andor. A combinação de uma narrativa bem estruturada, atuações matizadas e momentos emocionais impactantes faz com que a série continue a cativar o público e a gerar discussões significativas dentro do universo Star Wars. Para mais informações sobre o universo de Star Wars, você pode conferir as novidades do time de Star Wars da Hasbro.

A série não apenas expande a história de Star Wars, mas também oferece uma visão mais íntima e humana dos personagens que moldaram a rebelião. Ao explorar as motivações, os sacrifícios e as lutas internas de figuras como Mon Mothma, Andor enriquece o cânone de Star Wars e oferece uma nova perspectiva sobre os eventos que levaram à queda do Império. Se você gosta de filmes de terror, pode conferir o novo filme com Tobin Bell.

Em resumo, a dança de Mon Mothma é mais do que um simples momento de celebração; é uma representação visual da complexidade de suas escolhas e do peso que ela carrega ao liderar a rebelião. A série Andor está disponível no Disney+.

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Via Gizmodo

André Luiz

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.