Trump propõe corte de 25% no orçamento da NASA para 2026

Proposta da Casa Branca reduz orçamento da NASA e afeta projetos científicos. Entenda as mudanças e os impactos a seguir.
Atualizado há 2 dias
Trump propõe corte de 25% no orçamento da NASA para 2026
Proposta da Casa Branca corta orçamento da NASA, afetando projetos científicos cruciais. (Imagem/Reprodução: Redir)
Resumo da notícia
    • A Casa Branca propôs um corte de 25% no orçamento da NASA para 2026.
    • Essas mudanças podem afetar programas de exploração espacial e pesquisas científicas.
    • A proposta gera debates sérios sobre as prioridades do governo em ciência e tecnologia.
    • O futuro das missões espaciais e programas educacionais da NASA está incerto.
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A proposta de orçamento para 2026, apresentada pela Casa Branca, causou alvoroço ao propor um corte de 25% no orçamento da Nasa. A agência espacial americana deverá priorizar a disputa com a China na corrida para a Lua e Marte, enquanto seus projetos científicos enfrentarão uma redução drástica de 50%. Essa mudança de foco promete remodelar o futuro da exploração espacial e gerar debates acalorados sobre as prioridades científicas dos Estados Unidos.

Trump Propõe Corte Drástico no Orçamento da Nasa

A proposta de orçamento federal para 2026, apresentada pela Casa Branca, propõe um corte de 50% nos recursos para ciência na Nasa. Essa medida, que confirma os piores temores da comunidade científica, redireciona o foco principal da agência espacial americana para “vencer a China na volta à Lua e em colocar o primeiro humano em Marte”.

De acordo com a administração de Donald Trump, o orçamento garante que os esforços de exploração espacial humana dos EUA sigam inovadores e eficientes. A alocação de cerca de US$ 7 bilhões para exploração lunar e US$ 1 bilhão para novos investimentos em programas focados em Marte demonstra essa priorização.

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No total, a Nasa receberá US$ 18,8 bilhões em 2026, uma queda de aproximadamente 25% em relação aos US$ 24,9 bilhões disponíveis em 2025. Os cortes mais significativos, como esperado, recaem sobre os empreendimentos científicos da agência. Embora o detalhamento dos cortes ainda não tenha sido divulgado, a proposta menciona a “eliminação de projetos de propulsão espacial fracassados” e programas que são “não necessários para a Nasa ou que são mais adequados a pesquisa e desenvolvimento do setor privado”.

Um dos cancelamentos mais notórios é o da missão robótica de retorno de amostras de Marte. Nos últimos anos, o rover marciano Perseverance tem coletado amostras de rochas de interesse científico, com o objetivo de enviá-las à Terra em uma missão conjunta da Nasa e da ESA, a agência espacial europeia. A China, no entanto, possui um programa paralelo de retorno de amostras mais adiantado, com lançamento previsto para 2028.

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Reforma do Programa Artemis

A proposta orçamentária também apresenta mudanças drásticas no programa Artemis, que visava o retorno de astronautas americanos à Lua. O orçamento prevê o cancelamento do superfoguete SLS e da cápsula Orion, componentes essenciais do programa, após apenas três voos. Esses voos contemplariam as missões Artemis 2, que levará astronautas para uma viagem ao redor da Lua em 2025, e Artemis 3, que pousaria tripulantes na Lua em 2027, utilizando o veículo Starship da SpaceX.

O documento orçamentário afirma que o orçamento financia um programa para substituir os voos do SLS e da Orion para a Lua com sistemas comerciais mais custo-efetivos que apoiariam missões lunares subsequentes mais ambiciosas. Essa mudança sinaliza uma nova direção para a exploração lunar, com maior ênfase em parcerias comerciais e redução de custos.

Em conjunto com o cancelamento do SLS e da Orion, o orçamento também elimina o programa Gateway, uma colaboração internacional com Europa, Japão, Canadá e Emirados Árabes Unidos para a construção de uma estação orbital lunar tripulada. Essa decisão põe em xeque a participação internacional nos esforços de exploração lunar liderados pelos Estados Unidos.

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Além disso, o orçamento reduz os gastos com a Estação Espacial Internacional (ISS) para US$ 2,5 bilhões, um corte de US$ 500 milhões em relação a 2025. A intenção é diminuir gradualmente o tamanho da tripulação e as pesquisas realizadas a bordo, preparando a desativação do complexo para 2030. A ISS seria substituída por estações espaciais comerciais, embora não haja garantia de que alguma estação comercial estará pronta a tempo.

Com essas medidas, as missões de tripulação e carga para o complexo orbital seriam reduzidas nos próximos anos, impactando a pesquisa científica e a presença humana no espaço.

Investimentos na QINV e Cortes nos Programas Educacionais da NASA

O orçamento também encerra os programas de educação da agência, conhecidos como Stem Engagement (Stem é a sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática). Segundo o governo, a Nasa inspirará a próxima geração de exploradores por meio de missões espaciais ambiciosas e empolgantes, e não ao subsidiar programação e pesquisa STEM woke que prioriza alguns grupos de estudantes sobre outros e têm impacto mínimo na força de trabalho aeroespacial.

O cancelamento desses programas educacionais já enfrentou resistência bipartidária no Congresso americano, e não está claro se isso voltará a se repetir. A grande questão é como os congressistas responderão a essa proposta orçamentária, já que a definição dos recursos para a Nasa costuma ter grande participação do Congresso, que muitas vezes resgatou projetos após propostas de cortes feitas pelo Executivo.

Missões como a New Horizons, sonda que visitou Plutão, e o Telescópio Espacial Hubble já foram salvas anteriormente. No entanto, a escala avassaladora da proposta atual não tem precedentes. Os congressistas podem ter que escolher entre o que salvar e o que deixar para trás.

Para entender melhor o orçamento da Nasa, é importante acompanhar notícias sobre lançamento de smartphones com IA, já que a tecnologia está diretamente relacionada à exploração espacial. Além disso, ficar de olho em notícias sobre inovação e tecnologia na educação pode dar um panorama de como os cortes podem afetar o futuro da área.

No fim das contas, o futuro da exploração espacial americana e da pesquisa científica está nas mãos do Congresso, que deverá tomar decisões difíceis para equilibrar as prioridades nacionais.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Folha de S.Paulo

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.