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Recentemente, a Samsung apresentou um novo modelo que chama de TV Micro RGB da Samsung, um aparelho de 115 polegadas. Embora o nome possa soar parecido com as TVs Micro LED, a tecnologia por trás é diferente. Curiosamente, apesar do avanço que a tecnologia Micro RGB traz ao mercado de TVs, o lançamento ocorreu sem muito alarde.
A novidade levanta questões sobre o funcionamento dessa tecnologia e por que um lançamento mais significativo poderia ter sido interessante para o mercado. Vamos entender melhor como essa televisão funciona e o que ela oferece de diferente.
O que é uma TV Micro RGB e qual a diferença entre TVs Mini-LED e Micro LED?
No mundo das TVs, existem dois tipos principais de telas: as que emitem luz e as que não emitem. Telas como OLED, QD-OLED, Plasma e Micro LED são emissivas. Isso significa que cada pixel delas cria a própria luz, sem depender de uma fonte de luz externa. É como se cada pontinho da tela fosse uma pequena lâmpada.
Já as tecnologias como LCD, LED-backlit LCD e Mini-LED backlight LCD (usadas em TVs Neo QLED da Samsung) são não-emissivas. Nesses casos, os pixels precisam de uma camada separada, o painel de retroiluminação, para produzir a luz que vemos na tela. A grande maioria das TVs no mercado se encaixa nessa categoria.
A TV Micro RGB da Samsung se aproxima mais da tecnologia Mini-LED do que da Micro LED. Nos painéis Mini-LED comuns, a luz de fundo é fornecida por pequenos LEDs que emitem luz branca ou azul. Já a Micro RGB utiliza LEDs com componentes individuais nas cores vermelho, verde e azul (RGB) para criar essa retroiluminação. Essa estrutura permite uma luz de fundo mais precisa em termos de cor.
Gama de cores mais ampla e volume de cor superior
Ao usar LEDs RGB individuais na retroiluminação, a TV Micro RGB da Samsung consegue produzir cores mais exatas e um espectro de cores mais abrangente. Isso porque cada cor primária (vermelho, verde e azul) é controlada de forma independente, oferecendo uma precisão que aprimora a experiência visual. Essa abordagem contribui para um volume de cor maior, exibindo as tonalidades com mais fidelidade e vivacidade.
Controle mais preciso do escurecimento local
Outro ponto importante é o tamanho dos LEDs usados na TV Micro RGB. Eles são menores que os LEDs encontrados nas TVs Mini-LED tradicionais. Essa característica permite um controle muito mais refinado do escurecimento local, resultando em pretos mais profundos e uma redução considerável do efeito de blooming, que é quando a luz “vaza” para áreas escuras da imagem, algo comum em TVs LCD com FALD (Full-Array Local Dimming) e até mesmo em algumas Mini-LEDs.
Brilho elevado para melhor HDR
Com milhões de LEDs RGB no painel, a TV Micro RGB pode gerar mais luz do que as TVs FALD e Mini-LED com retroiluminação LCD. Isso se traduz em um brilho superior. Essa capacidade entrega uma performance de vídeo HDR (High Dynamic Range) mais impactante e imersiva. No entanto, lidar com o processamento de cores e níveis de brilho de cada subpixel RGB requer um poder de processamento considerável.
É importante notar que a Samsung não é a única marca a usar esse tipo de retroiluminação RGB em TVs. A TCL, com suas TVs TriChroma, e a Sony, com suas TVs RGB LED, já utilizam painéis semelhantes. A diferença da Samsung está no tamanho de cada chip de LED, que é menor que 100µm. Essa característica garante um controle de retroiluminação mais preciso em comparação com a concorrência. Embora a acusação da Samsung contra telas OLED da BOE gere discussões no mercado, no segmento de TVs a empresa continua inovando.
Como resultado, a TV Micro RGB da Samsung oferece um controle de escurecimento local que se aproxima muito das TVs OLED e Micro LED, com significativamente menos blooming do que as Mini-LEDs comuns. A reprodução de cores também é mais precisa do que nas TVs Mini-LED. Além disso, ela pode atingir níveis de brilho muito maiores do que as TVs OLED, que são conhecidas por sua profundidade de preto, mas limitadas em brilho máximo.
Embora as TVs Micro LED sejam consideradas superiores, já que cada pixel produz luz e cor diretamente, elas são bastante caras. Por exemplo, uma TV Micro LED da Samsung de 115 polegadas pode custar cerca de US$ 150.000 nos Estados Unidos. Em comparação, uma TV Micro RGB de tamanho similar custa aproximadamente 44,9 milhões de won sul-coreanos (cerca de US$ 32.325) na Coreia do Sul. Isso representa quase um quinto do custo de uma TV Micro LED.
Por que a TV Micro RGB da Samsung merecia um lançamento maior?
A preferência por TVs maiores tem crescido a cada ano. Antes, uma TV 4K de 55 polegadas era considerada grande. Hoje, as pessoas tendem a escolher modelos de 65 ou 75 polegadas. Se alguém busca um desempenho superior às TVs Mini-LED, sem abrir mão de brilho e controle de escurecimento local, a alternativa até agora era investir mais de US$ 100.000 em uma TV Micro LED de 89 polegadas. Além disso, atualmente não existem TVs OLED com mais de 97 polegadas. É um cenário onde a produção de componentes Samsung segue a demanda do mercado por tecnologia de ponta.
Nesse contexto, uma TV Micro RGB de 115 polegadas com custo de cerca de US$ 30.000 surge como uma opção intermediária interessante. Ela oferece aos consumidores um equilíbrio entre o desempenho e o preço das TVs Mini-LED/OLED e das Micro LED. Por isso, a Samsung poderia ter dado mais destaque ao lançamento da TV Micro RGB da Samsung.
A empresa poderia ter aguardado a próxima feira IFA 2025 em Berlim, na Alemanha, para anunciar a TV Micro RGB durante um evento de destaque. Isso teria atraído muito mais atenção do que um simples comunicado de imprensa. Inclusive, o mercado de TVs está em constante mudança, e mesmo as Smart TVs de 32 a 60 polegadas já são encontradas a preços bem acessíveis, mostrando a diversidade e concorrência nesse setor. Isso demonstra que mesmo os dispositivos mais sofisticados da Samsung, como a TV Micro RGB, precisam de uma estratégia de lançamento impactante para se destacar.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via SamMobile
