Ubisoft cancelou jogo de Assassin’s Creed ambientado no século XIX após a Guerra Civil Americana

Ubisoft cancelou jogo de Assassin's Creed com tema pós-Guerra Civil nos EUA em 2024. Entenda os motivos e impactos.
Atualizado há 3 horas
Ubisoft cancelou jogo de Assassin's Creed ambientado no século XIX após a Guerra Civil Americana
(Imagem/Reprodução: Wccftech)
Resumo da notícia
    • A Ubisoft cancelou em 2024 um jogo de Assassin’s Creed ambientado no sul dos EUA pós-Guerra Civil com protagonista negro ex-escravo.
    • Você fica sabendo das razões do cancelamento que envolvem evitar controvérsias políticas e sociais nos Estados Unidos.
    • O cancelamento pode influenciar o futuro de narrativas em jogos, especialmente em temas históricos sensíveis.
    • A decisão revela cautela da empresa em abordar temas polêmicos para manter o status quo e reduzir riscos criativos.
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A Ubisoft, conhecida desenvolvedora de jogos, cancelou em 2024 um jogo da franquia Assassin’s Creed que se passaria no sul dos Estados Unidos, no século XIX, após a Guerra Civil Americana. A informação vem de um novo relatório de Stephen Totilo, do Game File, detalhando uma premissa com um protagonista negro ex-escravo que se uniria aos Assassinos para combater a ameaça Templária e a ascensão do Ku Klux Klan.

O *Assassin’s Creed* Cancelado: Uma Visão Detalhada

O jogo, que foi descontinuado em 2024, teria uma ambientação histórica bem específica. Os jogadores controlariam um homem negro que viveu a escravidão no sul dos Estados Unidos. Após a Guerra Civil, ele buscaria uma nova vida nas regiões ocidentais do país, um período de grandes mudanças sociais e geográficas.

Contudo, sua jornada de recomeço tomaria outro rumo. Ele seria recrutado pela Ordem dos Assassinos, uma organização secreta que luta pela liberdade contra a opressão. Sua missão o levaria de volta ao sul americano, onde enfrentaria uma crescente ameaça dos Templários, os antagonistas históricos da franquia, e a emergência do Ku Klux Klan.

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A proposta do jogo prometia uma narrativa forte e engajadora, abordando temas complexos e sensíveis da história americana. A ideia era explorar a luta por liberdade e justiça em um período tumultuado, expandindo o escopo das histórias já contadas na série Assassin’s Creed. Essa escolha de cenário e personagem gerou discussões internamente na empresa.

Fontes próximas à Ubisoft, entre funcionários e ex-funcionários, revelaram que o projeto foi interrompido por dois motivos principais. Esses detalhes lançam luz sobre as decisões estratégicas da empresa e a percepção de risco em relação a narrativas com forte cunho social e político.

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Por Que o Assassin’s Creed cancelado Aconteceu?

O primeiro motivo para o cancelamento, segundo o relatório, foi o desejo da Ubisoft de evitar uma repetição da polêmica online que surgiu com a inclusão de Yasuke em Assassin’s Creed Shadows. O anúncio de Yasuke, um samurai africano, como um dos protagonistas causou debates e discussões intensas em comunidades de jogos na internet. A empresa aparentemente não queria enfrentar um backlash semelhante.

O segundo motivo apontado foi a percepção da gestão da Ubisoft de que um jogo com essa temática seria “demasiado político” para ser lançado nos Estados Unidos, um país que, segundo as fontes, está em um período de instabilidade. Um dos entrevistados disse ao Game File: “Demasiado político em um país demasiado instável, para encurtar.”

Outra fonte expressou desapontamento com a liderança da empresa, afirmando que “estão tomando cada vez mais decisões para manter o ‘status quo’ político e não assumir posição, nenhum risco, nem mesmo criativo.” Essa visão sugere uma cautela crescente da Ubisoft em abordar temas que possam gerar controvérsia ou exigir um posicionamento mais incisivo. É um ponto que levanta questões sobre o futuro da narrativa em grandes jogos, especialmente quando se trata de temas históricos com implicações sociais.

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Curiosamente, não é a primeira vez que a Ubisoft explora atrocidades como a escravidão em seus jogos. Assassin’s Creed Freedom Cry, um conteúdo adicional de Assassin’s Creed IV: Black Flag, tinha Adéwalé como protagonista. Ele era um homem negro de Trinidad que foi escravo antes de se juntar à tripulação de Edward Kenway. O enredo central de Freedom Cry envolvia libertar outras pessoas escravizadas pelos Templários, um elemento de jogo que combinava ação furtiva com uma narrativa poderosa. Se você é fã de jogos com histórias marcantes, talvez se interesse por novos jogos que chegam ao mercado.

Histórico e o Impacto no Universo *Assassin’s Creed*

Considerando o precedente de Freedom Cry, a criação de um jogo como o que foi cancelado pareceria um passo lógico para continuar a explorar a ideia de um personagem lutando contra aqueles que o escravizaram e oprimiram. A franquia Assassin’s Creed é conhecida por mergulhar em diferentes períodos históricos, frequentemente abordando conflitos sociais e políticos através da lente da eterna batalha entre Assassinos e Templários.

Apesar das preocupações sobre o backlash, vale lembrar que Assassin’s Creed Shadows teve um lançamento excelente, tanto em termos de crítica quanto comercialmente. O jogo foi o mais vendido nos EUA em março de 2025 e continua sendo um dos títulos mais vendidos do ano. Isso sugere que a controvérsia online nem sempre se traduz em um impacto negativo nas vendas, e a discussão sobre “jogos políticos” pode ser mais complexa do que parece. Para quem acompanha o mercado de games, observar o desempenho de grandes lançamentos é fundamental, como o sucesso do EA Sports FC 26.

A decisão da gestão da Ubisoft de considerar uma história que, entre outras coisas, apontaria para o fato óbvio de que a escravidão é uma mancha terrível e desumana na história humana como “demasiado política”, é reveladora. Isso reflete uma cautela que pode limitar a profundidade e a relevância de futuras narrativas da franquia, especialmente em um cenário onde muitos jogadores esperam por histórias mais maduras e engajadas. Esse dilema sobre o que é “político” nos jogos pode ser parte de um cansaço com debates que não avançam as discussões.

Fica a questão sobre o que essa decisão significa para a direção criativa da Ubisoft e para a série Assassin’s Creed no futuro. A franquia sempre se destacou por suas imersões históricas, mas a aparente relutância em explorar temas sensíveis pode alterar a percepção dos jogadores sobre seu potencial.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.