UE não pretende revogar a Lei de Mercados Digitais após desafio da Apple

Comissão Europeia confirma que não revogará a Lei de Mercados Digitais apesar dos desafios da Apple.
UE não pretende revogar a Lei de Mercados Digitais após desafio da Apple
(Imagem/Reprodução: Macrumors)
Resumo da notícia
    • A Comissão Europeia reafirmou que não pretende revogar o Digital Markets Act, mesmo após as reclamações da Apple.
    • Você pode ser impactado por essa decisão, que visa garantir um mercado digital mais justo e competitivo na Europa.
    • O DMA impede práticas anticompetitivas e promove maior abertura para empresas de tecnologia no mercado europeu.
    • Essa postura da UE pode influenciar futuras legislações globais sobre regulação digital e experiência do usuário.
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A Comissão Europeia não planeja revogar o Ato de Mercados Digitais (DMA), mesmo com as reclamações da Apple. A empresa argumenta que a lei causa uma pior experiência para os proprietários de iPhone na Europa. O DMA é uma legislação da União Europeia que regula a operação de grandes empresas de tecnologia, visando impedir práticas anticompetitivas.

Logo da App Store com símbolos da União Europeia

Thomas Regnier, porta-voz de assuntos digitais da UE, afirmou que a Comissão não se surpreendeu com a apresentação da Apple. Ele destacou que a União Europeia “não tem absolutamente nenhuma intenção” de eliminar o Digital Markets Act. Essa declaração foi compartilhada pela France24, reforçando a posição do bloco.

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A Apple havia solicitado aos reguladores da UE a revogação do DMA. A empresa também sugeriu que, caso a lei não fosse revogada, a Comissão Europeia deveria utilizar uma agência europeia independente para avaliar seus efeitos. Essa avaliação seria focada no impacto para os consumidores da União Europeia, buscando uma análise externa.

Em um comunicado em seu site, a Apple expôs sua posição diretamente aos usuários europeus. A empresa alegou que as regras do DMA colocam os proprietários de iPhone em risco. Mencionou a possibilidade de malware, fraudes e invasões de privacidade como consequências diretas das novas regulamentações.

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A gigante da tecnologia ainda declarou que o DMA a forçou a adiar recursos importantes. Entre eles, estão a Tradução ao Vivo, o Espelhamento do iPhone e as funcionalidades de Lugares Visitados e Rotas Preferidas no aplicativo Mapas. Essas informações geram preocupação entre os usuários que aguardam essas novidades.

A Lei do Mercado Digital e as Reclamações da Apple

O Digital Markets Act é uma lei da UE que estabelece regras sobre como as empresas de tecnologia operam no mercado. Ela foi criada com o objetivo de impedir que grandes companhias favoreçam injustamente seus próprios serviços. Além disso, busca evitar o bloqueio de concorrentes e a limitação da escolha dos usuários, promovendo um ambiente mais equitativo.

Thomas Regnier comentou que a Apple “simplesmente contestou cada pequeno detalhe do DMA desde sua entrada em vigor”. Ele reiterou que a Comissão Europeia tem a autonomia para decidir como e por quem o DMA será aplicado. Essa postura demonstra a firmeza da UE em manter a legislação.

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Regnier também adicionou que “não há nada no DMA que exija que as empresas reduzam seus padrões de privacidade ou segurança”. Essa fala refuta diretamente as alegações da Apple de que a lei comprometeria a segurança e a privacidade dos seus usuários. A Comissão defende que a lei visa a competição justa, e não a diminuição de padrões.

A Apple já enfrentou consequências financeiras relacionadas a suas práticas. A empresa recebeu uma multa de 500 milhões de euros por restringir desenvolvedores de aplicativos. Essa restrição impedia que eles informassem aos usuários sobre opções de compra disponíveis fora da App Store, prática considerada anticompetitiva.

Desafios Legais da Apple e a Posição da UE

Em julho, a Apple apelou da multa de 500 milhões de euros. Além disso, em junho, a empresa lançou um desafio às regras de interoperabilidade do Digital Markets Act. Esses requisitos de interoperabilidade proíbem a Apple de lançar recursos exclusivos em suas plataformas que não sejam acessíveis a acessórios de terceiros, como smartwatches e fones de ouvido.

As ações da Apple mostram uma resistência contínua às novas regulamentações europeias. A empresa busca manter controle sobre seu ecossistema, enquanto a UE insiste na abertura e na competição justa. Esse embate legal destaca as tensões entre as gigantes de tecnologia e os órgãos reguladores.

A posição da Comissão Europeia sugere que as tentativas da Apple de reverter o DMA provavelmente não terão sucesso. A legislação parece firmemente estabelecida, e a UE está determinada a aplicá-la. Esse cenário pode moldar a forma como empresas de tecnologia operam na região nos próximos anos.

A disputa entre a Apple e a União Europeia continua a ser um ponto de atenção no cenário tecnológico global. As decisões tomadas nesse contexto podem influenciar futuras regulamentações em outras jurisdições. O foco permanece na experiência do usuário e na competição dentro do mercado digital.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via MacRumors.com

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.