União Europeia proíbe pagamentos anônimos em dinheiro e criptomoedas

Descubra as novas regras da UE que proíbem pagamentos em dinheiro e criptomoedas sem identificação a partir de 2027.
Atualizado há 14 horas
União Europeia proíbe pagamentos anônimos em dinheiro e criptomoedas
Novas regras da UE proíbem pagamentos anônimos em dinheiro e criptomoedas a partir de 2027. (Imagem/Reprodução: )
Resumo da notícia
    • A União Europeia decidiu implementar novas regras que proíbem pagamentos anônimos em dinheiro acima de €3.000 e o uso de carteiras de criptoativos auto-hospedadas sem identificação a partir de 2027.
    • Essas medidas visam aumentar a transparência nas transações financeiras, incluindo as realizadas com ativos digitais.
    • A nova legislação exigirá que Provedores de Serviços de Criptoativos apliquem processos de KYC para verificar a identidade dos clientes em transações de menor valor.
    • As regras podem dificultar o uso de criptomoedas para atividades ilícitas e impactar a experiência dos usuários envolvidos.
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A União Europeia decidiu implementar novas regras que proíbem pagamentos anônimos em dinheiro acima de €3.000 e o uso de carteiras de criptoativos auto-hospedadas sem identificação a partir de 2027. Esta ação faz parte de um pacote regulatório mais amplo focado no combate à lavagem de dinheiro (AML) e ao financiamento do terrorismo (CFT) dentro do bloco econômico.

Essas medidas visam aumentar a transparência nas transações financeiras, incluindo aquelas realizadas com ativos digitais. A nova legislação exigirá que os Provedores de Serviços de Criptoativos (CASPs) apliquem processos de Know Your Customer (KYC) para verificar a identidade dos clientes, mesmo em transações de menor valor, especialmente quando envolvem carteiras auto-hospedadas.

O Fim das Contas Anônimas de Criptomoedas na UE

A decisão da União Europeia representa um passo significativo na regulamentação do mercado de criptoativos. Ao eliminar a possibilidade de contas anônimas de criptomoedas para certas transações, o bloco busca alinhar o setor de ativos digitais às normas já aplicadas ao sistema financeiro tradicional. O prazo estabelecido para a implementação completa é 2027.

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As novas regras fazem parte de um esforço coordenado para fortalecer o quadro AML/CFT da UE. O objetivo principal é dificultar o uso de criptomoedas para atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro e financiamento de grupos terroristas, que se aproveitam do anonimato oferecido por algumas plataformas e tipos de carteiras.

A proibição específica se aplica a pagamentos em dinheiro vivo acima de €3.000 e a pagamentos de criptoativos de qualquer valor feitos através de carteiras auto-hospedadas (não custodiadas por um CASP) quando interagem com um CASP. Isso significa que transferências entre duas carteiras auto-hospedadas, sem o envolvimento de um intermediário regulado, podem não ser diretamente afetadas por esta regra específica, mas o ecossistema como um todo sentirá o impacto.

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Para os usuários, isso implicará na necessidade de fornecer dados de identificação ao realizar transações com exchanges ou outros provedores de serviços. Para os CASPs, haverá um aumento na carga de conformidade, exigindo sistemas robustos para verificação e monitoramento de transações, impactando potencialmente a experiência do usuário.

Implicações para o Mercado e Usuários

A implementação dessas regras pode trazer maior legitimidade ao mercado de criptoativos na Europa, ao mesmo tempo que impõe desafios. Empresas do setor, como a Fireblocks, que discutem a tokenização e gestão de criptoativos, terão que adaptar suas operações para cumprir as novas exigências de KYC e AML.

Espera-se que a medida reduza os riscos associados ao anonimato, mas também pode gerar debates sobre privacidade financeira. A exigência de identificação para transações com carteiras auto-hospedadas é um ponto particularmente sensível para a comunidade cripto, que valoriza a descentralização e o controle individual sobre os ativos.

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A longo prazo, a harmonização das regras AML/CFT em toda a UE pode simplificar a operação de empresas que atuam em múltiplos estados-membros. No entanto, a adaptação inicial exigirá investimentos significativos em tecnologia e processos de conformidade.

Este movimento da União Europeia se insere em um contexto global de crescente escrutínio regulatório sobre o setor de criptoativos. Diversos países e blocos econômicos estão buscando formas de mitigar os riscos associados a esses ativos, equilibrando inovação com segurança financeira e combate ao crime.

A introdução dessas regulamentações na União Europeia sinaliza uma tendência de maior controle sobre as transações com criptoativos, aproximando-as das práticas do setor financeiro tradicional. A adaptação do mercado e dos usuários a essas novas exigências será um processo a ser observado nos próximos anos, à medida que o prazo de 2027 se aproxima.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.