União Europeia questiona Apple sobre prevenção de fraudes após nova regra para distribuição de apps

UE investiga Apple sobre medidas de segurança após apoio a métodos de distribuição de apps mais arriscados.
União Europeia questiona Apple sobre prevenção de fraudes após nova regra para distribuição de apps
(Imagem/Reprodução: Macrumors)
Resumo da notícia
    • A União Europeia questiona grandes empresas como Apple sobre suas ações contra fraudes online.
    • Você pode ser impactado pela maior proteção contra golpes financeiros em aplicativos e buscas.
    • O esforço visa fortalecer a segurança digital e reduzir riscos para usuários e sociedade.
    • As investigações podem resultar em multas para empresas que não cumprirem as normas exigidas.
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A União Europeia (UE) pretende questionar grandes empresas de tecnologia, como Apple, Google, Microsoft e Booking.com, sobre seus esforços na prevenção de fraudes online. O objetivo é verificar se essas companhias estão fazendo o suficiente para proteger os usuários contra golpes financeiros na internet. Essa iniciativa, reportada pelo Financial Times, destaca uma nova prioridade da Comissão Europeia.

Henna Virkkunen, líder de tecnologia da Comissão Europeia (CE), confirmou ao Financial Times que a comissão solicitará informações detalhadas sobre as medidas que essas empresas adotam. O foco é barrar esquemas que visam roubar dinheiro dos cidadãos europeus. A preocupação com golpes financeiros tem crescido, e a CE busca garantir que as empresas implementem todas as ações necessárias para detectar e impedir atividades fraudulentas.

Prevenção de Fraudes Online: O Foco da Comissão Europeia

A CE tem planos específicos para cada uma das empresas investigadas. Virkkunen, por exemplo, vai analisar como a Apple e o Google gerenciam aplicativos falsos em suas respectivas lojas de apps, como os aplicativos de bancos fraudulentos. Esses apps são uma porta de entrada comum para golpes, buscando enganar os usuários com promessas enganosas ou acesso indevido a dados.

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Já o Google e a Microsoft serão questionados sobre resultados de pesquisa falsos que aparecem no Google Search e no Bing. A existência de resultados manipulados pode direcionar os usuários para sites maliciosos, onde seus dados pessoais ou financeiros podem ser comprometidos. É uma preocupação central para a segurança digital e a confiança dos usuários.

A Booking.com, por sua vez, terá que responder sobre listagens falsas em sua plataforma. Anúncios enganosos de acomodações ou serviços podem causar prejuízos financeiros aos consumidores, além de minar a credibilidade do serviço. A empresa precisará demonstrar como evita que tais fraudes prejudiquem seus clientes.

Em um contexto mais amplo de segurança digital, empresas como a Stellantis já confirmaram vazamento de dados de clientes nos EUA após ataque cibernético, o que reforça a necessidade de medidas robustas contra ameaças online.

A Lei de Serviços Digitais e as Respostas das Empresas

No momento, a Comissão Europeia está apenas coletando informações. Contudo, há a possibilidade de uma investigação formal, que poderia resultar em multas significativas. A Lei de Serviços Digitais da UE permite aplicar penalidades que podem chegar a 6% do faturamento anual global de uma empresa. Essa legislação visa responsabilizar as gigantes da tecnologia por suas plataformas.

A Apple, em um comunicado ao MacRumors, afirmou que tem aprimorado constantemente suas medidas de combate à fraude. A empresa busca manter os consumidores seguros contra táticas de golpe que estão sempre evoluindo em complexidade. A segurança dos usuários é um compromisso contínuo, demandando investimentos em ferramentas e equipes especializadas.

Ainda na resposta, a Apple apontou uma questão que considera uma “hipocrisia”. A empresa argumentou que a investigação da UE sobre fraudes ocorre enquanto a própria lei europeia exige suporte a mercados de aplicativos alternativos, que podem, segundo a Apple, contornar suas proteções contra fraudes. Essa dualidade levanta um debate sobre segurança e concorrência.

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As preocupações da Apple também se estendem à forma como os usuários interagem com aplicativos. Por exemplo, saber se você está instalando e desinstalando seus apps Android de forma errada pode ter implicações para a segurança, um ponto que a empresa destaca ao defender seus processos de revisão.

Medidas de Segurança e o Debate sobre Lojas de Aplicativos

Em sua declaração, a Apple detalhou que suas equipes monitoram e investigam atividades fraudulentas diariamente. Para isso, utilizam ferramentas sofisticadas para impedir a ação de criminosos digitais. A empresa enfatizou que a Comissão Europeia estaria “prejudicando” esses esforços ao forçar a permissão de distribuição e pagamentos alternativos de aplicativos, apesar dos alertas de que isso expõe os usuários a maiores riscos.

Para o Google, a questão dos resultados de pesquisa é central. A empresa testa novo visual para pesquisa por voz em app Android, o que demonstra a busca contínua por melhorias na experiência do usuário, mas a responsabilidade com o conteúdo exibido é igualmente crucial. A precisão e a segurança das informações apresentadas são fundamentais para evitar golpes.

A Apple publica relatórios anuais sobre como seu processo de revisão da App Store ajuda a evitar fraudes e proteger os consumidores. Em 2024, a empresa informou que a App Store impediu transações fraudulentas que totalizaram mais de US$ 2 bilhões. Este dado mostra o volume e a escala dos esforços de segurança da companhia.

Os números apresentados pela Apple também incluem a rescisão de mais de 146 mil contas de desenvolvedores por questões de fraude. Além disso, 1,9 milhão de envios de apps para a App Store foram rejeitados. As razões para essas rejeições vão desde preocupações com segurança e confiabilidade até problemas de experiência do usuário, incluindo violações de privacidade e fraudes.

Na União Europeia, a Apple precisa permitir mercados de apps de terceiros, que permitem aos consumidores instalar aplicativos fora da App Store. A empresa possui um processo de Notarization para verificar “fraudes graves” em apps, mas há menos regras para aplicativos que não são da App Store. Essa flexibilidade, segundo a Apple, pode representar um risco maior para os usuários. Além disso, outras empresas também investem em segurança, como a Samsung que trará melhorias no Auto Blocker para equilibrar segurança e flexibilidade.

A Apple argumenta que a Lei de Mercados Digitais e os mercados de aplicativos alternativos na UE expõem os usuários a fraudes e enfraquecem seus padrões de segurança. A empresa defende que suas políticas e o rigor de sua App Store são essenciais para manter um ambiente digital seguro. O debate entre regulamentação e autonomia das plataformas continua a ser um ponto central.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.