Veja a série de fantasia ideal para maratonar na Netflix

Descubra a série "A Descoberta das Bruxas" e mergulhe em um mundo de magia e mistério na Netflix.
Atualizado há 5 horas
Veja a série de fantasia ideal para maratonar na Netflix
Mergulhe em magia e mistério com "A Descoberta das Bruxas" na Netflix. (Imagem/Reprodução: Revistabula)
Resumo da notícia
    • A série “A Descoberta das Bruxas” acompanha Diana Bishop em uma trama de magia e mistério.
    • Se você busca uma nova série de ficção, essa pode ser a escolha ideal para maratonar.
    • A produção mistura elementos de romance e suspense em cenários deslumbrantes como Oxford e Veneza.
    • Embora a série apresente força visual, alguns temas ficam superficialmente abordados em relação aos livros.
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Procurando uma série de ficção na Netflix para maratonar e escapar da realidade? “A Descoberta das Bruxas” pode ser a sua próxima obsessão. A trama acompanha Diana Bishop, uma acadêmica que se vê envolvida em um mundo de magia, alquimia e mistérios ancestrais ao tocar em um livro em uma biblioteca. Prepare-se para uma jornada cheia de simbolismos e reviravoltas, com Oxford e Veneza como cenários deslumbrantes.

No entanto, a série equilibra suspense e romance, com uma pitada de erudição, o que pode agradar ou desagradar diferentes públicos. Se você busca uma saga sobrenatural com um toque de romance, essa pode ser a escolha certa. Mas, será que a série entrega tudo o que promete?

O Enigma de Uma Biblioteca Secular

Imagine o silêncio de uma biblioteca antiga, onde o conhecimento proibido reside sob camadas de poeira. É nesse cenário que Diana Bishop, sem saber, desencadeia uma guerra antiga ao tocar em um livro. A premissa de “A Descoberta das Bruxas” é simples, mas poderosa, equilibrando erudição, mistério e tensão sobrenatural logo de cara.

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Diana, uma acadêmica que reluta em aceitar sua herança de bruxa, é arrastada para um universo secreto. Alquimia, intrigas entre espécies e um manuscrito perdido, o Ashmole 782, são as chaves para um enigma que atravessa gerações. A série começa com um ritmo intenso, mas controlado, e uma atmosfera rica em simbolismos. Tudo isso sugere que estamos diante de algo maior que uma simples história sobrenatural.

A promessa inicial é sedutora, mas será que se mantém? A série equilibra suspense e romance, com uma pitada de erudição, o que pode agradar ou desagradar diferentes públicos. Se você busca uma saga sobrenatural com um toque de romance, essa pode ser a escolha certa.

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A primeira temporada constrói cuidadosamente os elementos de suspense. A narrativa é controlada, o que aumenta o mistério: cada personagem parece esconder segredos, e os cenários de Oxford e Veneza são explorados de forma a valorizar a história. Nesse contexto, Diana se torna o centro das atenções, sendo, ao mesmo tempo, ameaça e solução, isca e predadora.

Personagens como Peter Knox e Satu orbitam ao redor de Diana com segundas intenções, criando um jogo perigoso prestes a desmoronar a cada movimento. A tensão é bem dosada e os conflitos se desenvolvem de forma envolvente, sem apelar para clichês. Essa densidade inicial, no entanto, muda a partir da segunda temporada.

Romance e Poder: Uma Mudança na Trama

A partir da segunda temporada, a narrativa se concentra no relacionamento entre Diana e Matthew, um vampiro ancestral com um passado sombrio e dilemas morais. Em vez de aprofundar os riscos desse relacionamento, a trama opta por um romance quase religioso. Embora emocionante, essa escolha reduz o conflito ao campo da paixão.

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A repetição de demonstrações de afeto e o tom melancólico nas interações substituem a inquietação intelectual do início por uma série de declarações intensas, mas superficiais. Existe, ainda, um problema estrutural na trajetória de Diana, que passa do desconhecimento ao domínio de forma abrupta.

De pesquisadora cética e desorientada, ela se transforma em líder política com desenvoltura, o que contradiz a lógica da própria série. Em poucos episódios, Diana assume papéis de bruxa poderosa, esposa exemplar e líder diplomática, sem que a série explore seus dilemas, erros ou renúncias. A falta de obstáculos reais enfraquece a evolução da protagonista, que parece superar os desafios sem sofrer consequências duradouras.

Essa fragilidade dramática se torna evidente quando comparada aos livros de Deborah Harkness, cuja trilogia original explora as nuances de crescimento, ambiguidade e sofrimento com mais cuidado. A adaptação televisiva prioriza a agilidade e o apelo visual, sacrificando parte da profundidade moral e emocional da história.

Muitas das contradições que afligem os personagens nos livros — o medo da corrupção, a incerteza no uso do poder, a perda de entes queridos — são abordadas superficialmente na série. Essa escolha parece refletir um receio de afastar o público com narrativas mais sombrias ou moralmente ambíguas.

Cenários Deslumbrantes e Antagonistas Neutralizados

A inclusão da Inglaterra elisabetana na segunda temporada, apesar de exuberante em termos de cenografia, serve mais como um cenário de época do que como um ambiente hostil. A presença de figuras históricas como Elizabeth I e Philippe de Clermont gera expectativa, mas a série neutraliza rapidamente seus potenciais antagonismos. Em vez de aumentar a tensão política e existencial, essas interações reforçam o protagonismo de Diana, cuja ascensão ocorre sem grandes oponentes.

O que deveria ser uma imersão perigosa no passado se transforma, por vezes, em um desfile de conquistas e encantos — belamente encenado, mas previsível. Nem tudo se perde no excesso de romantismo. O elenco de apoio, especialmente os intérpretes de personagens ambíguos como Kit Marlowe, Satu e Gerbert, proporciona momentos de tensão real.

Em algumas cenas, a trama política volta a ganhar força, com alianças frágeis e ameaças veladas que remetem à primeira temporada. A fotografia, cuidadosa e atmosférica, reforça essa ambiguidade: luzes filtradas por vitrais, corredores labirínticos e silêncios carregados nos lembram que, mesmo suavizada, a série ainda guarda traços de seu potencial original.

É nesses momentos que “A Descoberta das Bruxas” reencontra, mesmo que brevemente, a inquietação que a tornou atraente. Para quem não leu os livros, a experiência pode ser envolvente: o romance tem química, o universo é visualmente rico e o ritmo, apesar de irregular, mantém o interesse. No entanto, para espectadores mais exigentes ou fãs da trilogia, a série deixa uma sensação de potencial não realizado.

O material original tem profundidade para além do encanto estético, e essa camada raramente é explorada com a intensidade que merece. Há momentos em que se vislumbra um abismo emocional ou um dilema ético à espreita, mas a narrativa hesita em se aprofundar.

“A Descoberta das Bruxas” não é um fracasso, mas uma série que optou pela segurança em vez da ousadia. Seu universo permanece intrigante, sua estética é arrebatadora e o elenco é talentoso. No entanto, a distância entre o que é sugerido e o que é concretizado define o tom agridoce da série. É uma história que flerta com a magia, mas teme as consequências do feitiço. Que tal conferir outras opções de série de ficção na Netflix?

Filme: A Descoberta das Bruxas

Diretor: Farren Blackburn

Ano: 2022

Gênero: Drama/Fantasia/Romance

Avaliação: 8/10

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via Revista Bula

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.