Vulnerabilidades no Bitchat, aplicativo de mensagens via Bluetooth

Aplicativo de mensagens via Bluetooth apresenta falhas de segurança que podem expor a privacidade dos usuários, alertando para riscos reais.
Atualizado há 3 horas atrás
Vulnerabilidades no Bitchat, aplicativo de mensagens via Bluetooth
Aplicativo de mensagens Bluetooth expõe usuários a riscos de privacidade. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • O Bitchat, criado por Jack Dorsey, apresentou vulnerabilidades após poucos dias de testes, colocando sua segurança em xeque.
    • Usuários que dependem de aplicativos descentralizados para manter a privacidade podem estar vulneráveis a ataques e rastreamento.
    • Especialistas apontaram falhas que expõem dados e podem permitir o roubo de identidade, ameaçando a confidencialidade das comunicações.
    • A falta de análises de segurança externas reforça a necessidade de cautela ao usar esse tipo de aplicativo para informações sensíveis.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um aplicativo de mensagens criado por Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter, trouxe preocupações de segurança após apenas alguns dias de testes. O Bitchat, que funciona unicamente via conexão Bluetooth, foi apontado como “arriscado” por apresentar vulnerabilidades. Apesar de sua proposta de oferecer uma comunicação descentralizada e focada na privacidade, as falhas descobertas colocam em dúvida sua segurança.

Vulnerabilidades do Bitchat e as ameaças identificadas

O serviço ganhou atenção por dispensar a necessidade de conexão à internet, não depender de servidores centrais e não solicitar dados como email ou telefone. No entanto, especialistas apontaram diversas vulnerabilidades no b>que comprometeriam a privacidade dos usuários. De acordo com Ben Smith, engenheiro sênior da Tenable, foi detectada uma exposição de privacidade relacionada ao identificador permanente que o aplicativo utiliza para troca de mensagens via Bluetooth.

Ele explica que essa chave pública, acessível por até 300 metros, permite que agentes maliciosos façam varreduras e identifiquem o telefone de uma pessoa. Assim, é possível rastrear os movimentos e mapas de comportamento,algo extremamente preocupante, especialmente por se posicionar como uma alternativa para usuários que desejam evitar rastreamento, como ativistas ou manifestantes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, Smith destaca que outras falhas de segurança podem existir na plataforma, já que ainda não passou por testes de proteção digital mais rigorosos. Um estudo adicional de Alex Radocea mostrou que foi possível fraudar o sistema de autenticação, enganando o sistema e “roubando” a identidade de um usuário.

Para quem deseja entender melhor as vulnerabilidades do completo do aplicativo, confira aqui. Tais problemas reforçam a importância de avaliar cuidadosamente a segurança desses serviços antes de adotá-los em situações que envolvem informações sensíveis ou risco de perseguição.

Por que as brechas são tão preocupantes

As vulnerabilidades do g>têm impacto direto na promessa de privacidade do aplicativo. Smith ressalta que, mesmo em estágio de desenvolvimento, as denúncias de brechas fragilizam a credibilidade do projeto e aumentam os riscos de uso. Usuários que se apoiam na proposta de comunicação segura e anônima devem ficar atentos.

O próprio Jack Dorsey admitiu que o Bitchat ainda está em fase experimental e que o projeto no GitHub ainda não recebeu análises de segurança externas. Ele alerta que várias vulnerabilidades podem ser exploradas, solicitando que o serviço não seja utilizado para operações críticas ou armazenamento de dados sensíveis antes de melhorias na proteção digital.

No contexto de segurança digital, a vulnerabilidade do Bitchat revela a dificuldade de criar aplicativos descentralizados verdadeiramente seguros, especialmente aqueles que prometem privacidade máxima. Para quem se preocupa com esse tema, uma leitura complementar sobre como manter seus dados seguros em documentos digitais pode ajudar a entender as melhores práticas de proteção.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Via TecMundo.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.