Os últimos anos não tem sido fácil para a indústria de smartphones em geral. Mesmo com o fim da pandemia, 2023 ainda está sendo difícil. A recessão econômica global fez que o mercado mobile registrasse uma queda de quase 20% nas vendas no primeiro trimestre. Essa tendência negativa se repetiu no segundo trimestre tendo uma redução de 6,6%. Mesmo assim a Xiaomi aumentou sua participação no mercado se tornando a terceira maior.
Combinando os números do primeiro e segundo trimestres, de acordo com a pesquisa da Trendforce, observamos que foram produzidos 272 milhões de smartphones. Isso representa uma queda drástica de 13,3% em comparação com o mesmo período de 2022.
Samsung ainda é líder de vendas, com Apple em segundo
A Samsung ainda lidera o mercado com 53,9 milhões de unidades produzidas no segundo trimestre, embora tenha enfrentado uma queda de 12,4% em comparação com o primeiro trimestre. Sua participação de mercado está ligeiramente abaixo de 20%. A chegada dos novos Galaxy Z Foldables no terceiro trimestre pode mudar o cenário, mas com as vendas lentas da série Galaxy S23, a empresa enfrenta desafios significativos.
Já a Apple tradicionalmente enfrenta um segundo trimestre mais fraco devido à antecipação pelo lançamento do novo iPhone, que chega na próxima semana. A TrendForce destaca problemas de produção para a nova geração, o que torna o sucesso no terceiro trimestre incerto. No entanto, se a série iPhone 15 superar as expectativas, a Apple poderá superar a Samsung e conquistar o primeiro lugar.
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Xiaomi cresceu muito e passou a Oppo
Enquanto as líderes cairam, as empresas chinesas viram suas vendas dispararem. O destaque vai para a Xiaomi que agora ocupa o terceiro lugar no market share global, passando a tradicional Oppo que ocupava o lugar.
A Xiaomi aumentou a produção em impressionantes 32,1% em comparação com o primeiro trimestre, totalizando 35 milhões de unidades, incluindo smartphones das marcas Xiaomi, Redmi e Poco.
A Oppo também teve um grande aumento em suas vendas, que inclui celulares da marca Oppo, Realme e OnePlus, caiu para o quarto lugar, apesar de um aumento de 25,4% em relação ao trimestre anterior, com um total de 33,6 milhões de smartphones produzidos. A empresa teve um desempenho sólido no sudeste asiático e em outros mercados, o que deve mantê-la competitiva no terceiro trimestre.
Transsion (Infinix) tem o maior aumento de todos
Um novo player surgiu no mercado, a Transsion, dona das marcas Tecno, Infinix e itel.
A marca chinesa entrou pela primeira vez no ranking global e logo de cara já deixou a Vivo para trás e assumi a quinta posição do market share Global.
A empresa no segundo semestre teve um aumento de 71,9% na sua produção de smartphones. Vale lembrar que no Brasil, a empresa está atuando em parceria com a Positivo fornecendo smartphones da marca Infinix.
A Vivo, que inclui a marca iQOO, agora ocupa o sexto lugar após um aumento relativamente pequeno de 15% para 23 milhões de unidades no segundo trimestre, em comparação com os 25,1 milhões da Transsion.
2023 foi o pior resultado dos últimos 10 anos
O primeiro semestre de 2023 marcou o ponto mais baixo na produção global de smartphones dos últimos 10 anos. As perspectivas para o próximo ano também não são muito positivas, com a TrendForce prevendo um aumento anual de apenas 2-3%.
A indústria de smartphones está enfrentando um período de turbulência devido à recessão econômica global. As principais empresas do setor estão se esforçando para se adaptar a esse ambiente desafiador, e o sucesso no terceiro trimestre é incerto. É essencial monitorar de perto como as tendências do mercado evoluem e como as empresas respondem a esses desafios.
Fonte: Trendforce