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- O YouTube removeu a expressão “identidade de gênero” de sua lista de políticas contra discurso de ódio.
- Você pode ver como essa mudança afeta a moderação de conteúdos relacionados a questões de gênero na plataforma.
- A alteração pode reduzir a proteção para grupos vulneráveis e gerar mais debates sobre diversidade e inclusão.
- A mudança acompanha tendências de outras empresas de tecnologia sob a nova administração dos EUA.
O YouTube removeu a expressão “identidade de gênero” de sua lista de políticas contra discurso de ódio, gerando debates sobre o impacto dessa mudança. A alteração, que ocorreu entre janeiro e fevereiro de 2025, foi descoberta através do serviço Wayback Machine. Anteriormente, a plataforma considerava a “identidade e expressão de gênero” como temas protegidos, sujeitos a sanções em caso de violação.
Agora, a política do YouTube mantém apenas o item “Sexo, Gênero ou Orientação Sexual”, sem especificar o que se enquadra nessa categoria. Além disso, um exemplo prático de violação foi removido da página de suporte.
YouTube remove “Identidade de gênero do YouTube” de suas políticas
O YouTube juntou-se a outras empresas de tecnologia ao alterar suas políticas de moderação após a nova administração de Donald Trump nos Estados Unidos. A plataforma removeu a expressão “identidade de gênero” das políticas contra discurso de ódio.
Anteriormente, a categoria “identidade e expressão de gênero” era explicitamente listada como um dos temas que poderiam ser classificados como discurso de ódio. Isso significava que vídeos e comentários que violassem essa política poderiam sofrer sanções.
Agora, o YouTube removeu essa expressão e manteve apenas o item “Sexo, Gênero ou Orientação Sexual”, sem detalhar o que se enquadra na categoria. Além disso, a página de suporte removeu o exemplo “[Grupo com status de protegido] é simplesmente uma forma de doença mental que deve ser curada”, que ilustrava uma dessas violações.
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Segundo o UserMag, a alteração foi realizada entre 25 de janeiro e 7 de fevereiro de 2025, sendo descoberta através do Wayback Machine, que comprovou as mudanças no período.
O que diz o YouTube sobre a mudança
Em comunicado, um porta-voz do YouTube afirmou que a mudança faz parte das edições regulares do site e não representa alterações práticas nos termos de serviço. No entanto, o comunicado não explica por que esses conteúdos específicos foram removidos.
Apesar da afirmação da plataforma, grupos de direitos civis e ativistas LGBTQIA+ consideram a mudança perigosa, especialmente por não especificar crimes sobre identidade de gênero e não reforçar o posicionamento da plataforma.
Como aponta o UserMag, a mudança segue as políticas em vigor nos EUA e pode indicar menor proteção para grupos que já sofrem violência e perseguição.
Crise no setor de diversidade, igualdade e inclusão
A alteração nas políticas do YouTube acompanha ações de outras empresas de tecnologia. Várias companhias têm agido para seguir determinações de Trump e restringir a proteção contra certos grupos de usuários, com foco na comunidade transgênero.
Quando Mark Zuckerberg anunciou o fim da checagem de fatos e a adoção do discurso de liberdade de expressão na Meta, as políticas das redes sociais da empresa foram alteradas para flexibilizar o combate a discursos de ódio. Conteúdos associando pessoas LGBTQIA+ a ‘anormalidades mentais’, por exemplo, passaram a ser liberados.
A rede social X (antigo Twitter), sob a direção de Elon Musk, também tende a limitar a moderação e não condenar esse tipo de discurso, que o próprio dono da plataforma chama de “discurso woke” ou “vírus woke“.
Algumas empresas já cortaram ou eliminaram programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), projetos que auxiliam na contratação, integração e criação de um ambiente de trabalho melhor para pessoas de diferentes origens.
Além da Meta e da Amazon, o Google (dono do YouTube) também encerrou esses programas em fevereiro de 2025. Muitas dessas marcas haviam se unido para a construção conjunta dessas políticas no início da década.
A remoção da expressão “identidade de gênero” das políticas do YouTube ocorre em um momento de crescentes discussões sobre diversidade e inclusão nas empresas de tecnologia. Essa mudança pode ter implicações significativas para a forma como a plataforma modera conteúdos relacionados a questões de gênero.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Via TecMundo