OMS diz que vício em jogos é doença mental

Segundo a Organização mundial, pessoas que deixam de fazer outras coisas importantes para jogar videogames sofre de desordem de jogos.
Avatar de Priscila Paizano
28/05/2019 às 09:56 | Atualizado há 5 anos
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Durante esse fim de semana, a organização mundial de Saúde (OMS) classificou o vício em videogames como uma doença de transtorno mental, entrando para a nova  Classificação Internacional de Doenças (CID-11).

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O novo CID-11 diz que pessoas que dão mais prioridades à  jogos eletrônicos em detrimento a outros afazeres sociais sofrem de “desordem de jogos”, um transtorno mental onde o usuário demonstra “falta de controle” e um padrão de comportamento persistente ou recorrente ao usufruir de qualquer tipo de jogo.

Abaixo a descrição completa da doença mental que envolve os viciados em vídeogames:

O transtorno do jogo é caracterizado por um padrão de comportamento persistente ou recorrente dessas atividades (videogames ou qualquer tipo de jogo digital), que pode ser online ou offline, sendo manifestado por:

  1. Descontrole do ato (por exemplo, início, freqüência, intensidade, duração, término, contexto);
  2. Prioridade crescente dada ao jogo, na medida em que o mesmo tenha precedência sobre outros interesses de vida e atividades diárias;
  3. Continuação ou escalonamento de jogar independente da ocorrência de consequências negativas. O padrão de comportamento é de severidade suficiente para resultar em problemáticas significativas na vida pessoal, social, familiar e ocupacional, ou outras áreas importantes de funcionamento.

O padrão de comportamento de jogo pode ser contínuo ou episódico e recorrente. O comportamento de jogo e outras características são normalmente evidentes durante um período de pelo menos 12 meses para que um diagnóstico seja atribuído, embora a duração necessária possa ser encurtada se todos os requisitos de diagnóstico forem cumpridos e os sintomas forem severos.

O CID, que tem sido atualizado nos últimos 10 anos, abrange 55 mil tipo de lesões, doenças e causas de morte. O guia serve de base para a OMS e outros especialistas ver e responder várias questões relacionadas a saúde, além de oficializar determinadas enfermidades.

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O que os profissionais do ramo de videogames acharam

Embora a descrição fala claramente de pessoas que perdem o controle – e perda de controle em qualquer atividade pode ser um sinal de algum transorno – nem todos da indústria de jogos ficaram contentes com a nova classificação.

Representantes de algumas empresas do ramo fizeram um pedido formal a OMS para reconsiderar a classificação feita no CID-11. Eles alegam que não há evidências fortes o bastante para incluir os viciados em vídeogames nesse documento universal. Eles ainda dizem que isso trivializa imprudentemente com problemas reais de saúde como depressão e ansiedade social”.

Vale  lembrar que essa classificação não é lei a ser obedecida, mas de qualquer  modo influencia em como doenças são tratadas.

E aí, concordam com a nova classificação da Organização Mundial de Saúde?

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É co-fundadora e administradora financeira do Tekimobile. Também escreve, principalmente dicas de tecnologia para iniciantes.