O Galaxy A80 é o primeiro smartphone da Samsung e do Brasil a vir com uma câmera mecânica. Com pinta de topo de linha e preço de topo de tal, esse valente intermediário conta com exclusividades na categoria, porém perde algumas outras, será que vale a pena pagar caro por ele? Acompanhem nosso review e descubram.
Review em vídeo
Design e construção
Começando a falar a respeito do seu design e construção, o A80 é feito de metal e vidro Premium, e como possui laterais arredondadas, acaba tendo uma boa pegada, considerando seu tamanho.
Embora tenha uma excelente construção, sua câmera retrátil tirou uma das principais características da linha A premium, que é a proteção IP68. Além disso, o mecanismo pega muita poeira e é difícil de limpar.
Leia também:
Além disso, o mecanismo não dá segurança, é difícil não imaginar ele caindo e quebrando as partes móveis. Ele até que possui um sensor que detecta quedas, porém, como todo o processo de abrir e fechar é longo, se for uma distância pequena do chão, infelizmente, não dá tempo de fechar por completo.
Outro problema, é que o sistema de trilho ocupa muito espaço interno, sacrificando assim a entrada para fone de ouvidos e também o tamanho da bateria.
Tela
O que chama realmente atenção é sua tela. Ela possui 6,8 polegadas e resolução Full HD+, e tem praticamente a mesma qualidade encontrada na linha S ou Note, com mesma tecnologia Super AMOLED. Mas ela tem um plus: a tela é 100% aproveitada, sem nenhum tipo de notch.
Com isso, assistir vídeos é uma experiência bem bacana, com um belo contraste e brilho, mesmo sobre o sol.
Além disso, a tela vem com duas funções interessantes: leitor biométrico embutido e o som.
Quanto ao leitor, se quer comparar com a linha S, esquece. Ele não é ultrassônico, é óptico. Nós primeiros dias era simplesmente horrível: demorava mais de um segundo para reconhecer, isso quando reconhecia. Depois de uma atualização, melhorou um pouco, mas ainda abaixo da média.
Com respeito ao som, para ganhar espaço do alto falante de chamadas, a Samsung o colocou dentro e, através de vibração, o som sai pela tela. Confesso que no começo é estranho, mas depois se acostuma. Só um aviso: o som não é focado como em um alto falante, com isso, qualquer pessoa do lado irá ouvir toda sua ligação.
Câmera mecânica
Falando em qualidade das câmeras, confesso que esperava mais. O desempenho está na média de um intermediário, porém, com o preço dele, merecia mais.
São 3 câmeras, sendo uma principal de 48 MP com abertura de f/2.0, uma secundária de 8 MP ultrawide e uma terciária de 5 MP — que, na verdade é um sensor – para dar efeito de profundidade.
Durante o dia a qualidade é boa, com um alcance dinâmico bom e boa tonalidade de cores. Não estoura tanto zonas claras como alguns intermediários da Samsung. Durante a noite, é razoável. A abertura pequena não ajuda muito. Há um modo noturno que dá um tapa na foto, melhorando a qualidade.
Abaixo uma foto com a lente normal e logo abaixo com a ultrawide.
A câmera ultrawide tem uma qualidade inferior, mas no dia a dia, para redes sociais, por exemplo, muito boa graças ao ângulo de visão. Mas, para usar a noite, é uma catástrofe. A lente menor e abertura menor, geram fotos granuladas e sem foco.
Como as câmeras são as mesmas na frente, tudo se aplica aqui. Na hora se gravar vídeos, ela conta com foco dinâmico. Com pouca movimentação se sai bem, mas se tiver movimentação ou pessoas atrás, o foco se perde e o recorte não fica legal.
A qualidade seria igual se, mais uma vez, a Samsung não exagerasse no pós processamento da câmera frontal. Mesmo sendo a mesma, quando ela está voltada para frente, o software muda e começa a exagerar no pós-processamento.
Hardware
Ele vem com o potente processador Snapdragon 730, 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno. Esse é o processador intermediário mais potente da Qualcomm atualmente.
Citando um exemplo, ele consegue rodar o Call of Duty Mobile com gráfico em “Alto”, no geral, o processamento fica próximo da linha Snapdragon 800 atual.
A bateria possui 3.700 mAh. Está dentro dos padrões de intermediários hoje, porém esperava mais. O fato é que o aparelho é bem grande, quase 7 polegadas de tela, então deveria ser maior. A nossa suspeita é que, o sistema de trilhos da câmera, ocupa muito espaço interno, dificultando assim uma bateria maior.
Conclusão
Se esse review fosse feito na ocasião do lançamento, onde custava mais que o Galaxy S9, nem de longe indicaríamos o Galaxy A80. Porém, na ocasiã desse lançamento (novembro) ele pode ser encontrado na faixa dos R$ 2 Mil.