A Microsoft não tem as melhores das reputações quando se trata de navegador de internet, o nome Internet Explorer assusta até os iniciantes. Mesmo o navegador Edge não conseguiu melhorar muito isso, sempre vivendo nas sombras do Chrome e do Firefox. Mas isso pode mudar com o novo Microsoft Edge com base no Chromium, que também é base do Chrome.
Para quem não conhece, o Chromium é um projeto de navegador web de código aberto desenvolvido pelo Google, no qual o próprio Google Chrome baseia o seu código-fonte. Porém, embora os navegadores compartilhem a maior parte do código-fonte e recursos, há algumas diferenças menores em recursos e ambos possuem licenças distintas. Outros navegadores como o Opera, também usa ele como base.
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O Microsoft Edge Chromium (vamos chamar assim para diferenciar do Edge padrão) ainda está na versão beta, mas estou testando ele como meu navegador principal há algumas semanas no Windows, já que ainda não existe uma versão para Android ainda, somente a padrão.
Como usuário de longa data do Google Chrome e usuário frequente do Firefox, fiquei agradavelmente surpreso com o tempo que passei com o Microsoft Edge, que utilizava o Chromium de base. De fato, é bem provável que o Edge se torne meu navegador padrão após o lançamento final, que acontece em janeiro.
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O Microsoft Edge Chromium está lotado de bons recursos
Vamos ser sinceros; Microsoft, Edge e recursos úteis não são palavras que normalmente colocaríamos na mesma frase. Mas, acreditem, o Edge Chromium está cheio de truques nas mangas.
Para usuários básicos, você encontrará a variedade de funções básicas como favoritos, importação de favoritos e as opções de compartilhamento de links.
O Edge também oferece um modo escuro embutido, embora não substitua os esquemas de cores das páginas da web. O mais interessante é o recurso “Ler em voz alta” da Microsoft, incluído imediatamente, que pode ler páginas da Web para você.
Eu, particularmente, achei útil para ler notícias enquanto tomo um café ou levanto um pouco da minha cadeira de trabalho. Há também um modo de leitura imersiva, onde toda a formatação de fotos, anúncios e etc somente, do site, deixando somente o texto para você ler.
Outra grata surpresa que encontrei, foi o fato dele ter nativamente suporte para o Chromecast. Uso bastante essa função no Chrome, para assistir vídeos a partir do PC ou smartphone diretamente para minhas TVs, que rodam o Android TV, que possuem o Chromecast embutido.
O Edge também possui um recurso de coleções. Isso permite que você organize coleções de páginas da Web, imagens e trechos de texto através de um simples arrastar e soltar. Pense nisso como a função favoritos turbinada. É útil para salvar coisas para mais tarde sem bagunçar seus favoritos.
E, por fim, um recurso bem legal que achei é o chamado Aplicativo. Basicamente, o Aplicativos permite baixar e instalar páginas da Web e aplicativos da Web para uso sem o navegador. Antes, era necessário procurar eles na loja Microsoft Store. Mas o Edge lida tanto com o download como o gerenciamento de aplicativos Web diretamente no navegador
Por exemplo, suponhamos que você deseja fazer o download do aplicativo Web do Twitter. Anteriormente, você precisaria abrir a Microsoft Store, procurar por ele, instalar e depois abrir pelo ícone. Já com o Edge Chromium, ao acessar o site do Twitter e clicar em “instalar este site como um aplicativo” no menu de configurações, ele já criará um atalho para o app do Twitter na Área de trabalho. É bem legal e algo que pretendo usar com mais frequência.
No geral, o Edge oferece tudo o que você deseja em um navegador da web e muito mais. A Microsoft finalmente se sente na vanguarda da internet.
Não tem o apetite voraz por RAM do Google Chrome
Para usuários de notebooks mais simples, com pouca memória RAM, o grande vilão do Google Chrome é seu apetite por memória, tornando, muitas vezes, o seu uso restrito a poucas abas e muito nervosismo. Por esse motivo, muitos acabam mudando para o Firefox.
A boa notícia é que o Microsoft Edge Chromium é ainda mais leve que o Firefox. Certamente parece o navegador mais rápido dos três.
Fiz um teste rápido, abrindo até 15 guias únicas (usando as mesmas guias em cada navegador) e medindo o uso da RAM uma vez que todas as páginas foram carregadas. Os resultados são bastante surpreendentes. O Microsoft Edge usa substancialmente menos RAM que o Chrome, apesar de ambos serem construídos no Chromium, porém o destaque que ele usa menos RAM que o Firefox.
O Edge normalmente usa apenas 70 a 75% da RAM exigida pelo Chrome, um grande negócio para computadores com lmitações de memória.
Outro ponto que vale a pena mencionar é que, em nenhum momento durante as minhas duas semanas com o Edge, notei que isso deixava lento meu SSD que tenho como disco de armazenamento.
O Chrome tem o hábito de verificar vários arquivos no meu computador, apesar de optar por não ter todas as opções de compartilhamento de dados disponíveis. Isso não é muito bom para o desempenho do sistema e levanta questões óbvias de segurança.
Os preocupados com a privacidade podem optar pelo Edge em vez do Chrome. Não que e a Microsoft seja algum exemplo de empresa que se preocupe com privacidade, mas, pelo menos, nesse sentido o Edge Chromium se sai melhor.
Data do lançamento oficial do Microsoft Edge Chromium
Todo esse teste que fiz, foi usando uma versão beta do Microsoft Edge Chromium, o que significa que ele poderá ficar ainda melhor no futuro. A data do lançamento oficial está marcado para janeiro de 2020.
Mas, se você quiser experimentar a versão beta, basta clicar aqui para fazer o download do Microsoft Edge Chromium. A versão Canary do Edge Chromium também funciona com dispositivos Windows Arm, como o novo Surface Pro X. O Chrome ainda não lançou sua versão Arm, tornando o Edge uma opção atraente nessas plataformas, junto com o Firefox.
Microsoft Edge Chromium – Vale ou não a pena
O Microsoft Edge baseado no Chromium é um navegador da Web leve e ágil, muito melhor que o que vemos atualmente no navegador padrão da Microsoft.
Mesmo em seu estado beta atual, o Edge é um concorrente digno do Chrome e Firefox, durante o uso, não tive nenhum erro grave. No geral, é significativamente mais enxuto que o Chrome, e inclui mais recursos que o Firefox. Definitivamente, vale a pena experimentar.
Se você está vindo de um Chrome, sem problemas, logo em sua inicialização, ele te dá uma ajudinha e oferece a opção de importar todos seus dados do Chrome (histórico, favoritos e etc).
O Edge ainda não é perfeito. A quantidade de extensões suportadas ainda não chega perto do Chrome ou Firefox. Além disso, as extensões são instaladas a partir da loja Microsoft Store; você precisa abrir o app da loja, instalar e depois abrir no Edge. É uma coisa totalmente desnecessária, se analisarmos que Chrome e Safari fazem isso no próprio navegador.
Mas vale lembrar, que ele é totalmente compatível com as extensões do Chrome, porém, será necessário instalar elas manualmente, o que não é algo de outro mundo. Mas, quem sabe, isso não melhorará na versão final.