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Review Nokia X7: Um câmera phone parrudo para todas as horas

O novo smartphone Nokia X7, disponível desde junho na Europa, é o tipo de celular que causa estranhamento nos primeiros dias, mas que vai conquistando a admiração do usuário conforme ele o utiliza de maneira mais intensa.

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Para quem está acostumado com o Symbian tradicional ou mesmo com outros sistemas operacionais como o Android (meu caso) ou o iOS, é difícil se adaptar ao Symbian Anna, atual e bem definida plataforma da Nokia. Mas a adaptação acaba sendo rápida e insignificante diante dos benefícios do dispositivo que temos em mãos.

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O Nokia X7 dá boa impressão à primeira vista: tem uma tela touch generosa de 4 polegadas, uma câmera de 8 megapíxels com flash LED duplo e um corpo de metal que lhe deixa com uma cara resistente, como se pudesse sofrer quedas e batidas sem muitas consequências (já conhecemos os famosos testes de resistência da Nokia, mas, por favor, cuide bem do seu telefone).

 

 

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Também vejo a autonomia da bateria como um ponto positivo. Suas especificações dão conta de que o tempo de conversação em modo 3G é de um máximo de 4h30min, e realmente dura bastante. Se você está acostumado a desativar funções que consomem muita energia como o 3G, o Wi-Fi ou o Bluetooth logo depois de usá-los, vai ter um smartphone bastante completo ao seu lado em tempo integral sem a paranóia de levar o carregador para cima e para baixo.

 

Equipado com um processadorARM 11 de 680 MHz, não podemos dizer que o X7 é o mais rápido do mercado, especialmente quando queremos ver um filme ou um videoclipe. Apesar disso, o dispositivo garante uma boa experiência, sem interrupções, com a vantagem de termos à nossa disposição uma grande tela com resolução de 360 x 640 píxels e 16 milhões de cores.

 

 

Na verdade, o Nokia X7 merecia no mínimo um processador de 1 GHz, mas não vamos entrar neste quesito porque seguramente tem a ver com a estratégia da empresa de classificá-lo como um smartphone médio e tornar seus futuros celulares Windows Phone mais atraentes para o consumidor.

 

Outra característica interessante é o fato de que não podermos abri-lo para nada. Ou seja, ele vem completamente fechado e com dois nichos na lateral esquerda: um para o chip SIM e o outro para o cartão de memória. Para extrair as bandejas onde temos que encaixar os chips, basta pressionar uma das pontas dessas portas retangulares e puxá-las para fora.

 

 

Esta formato adotado pela Nokia no X7 exige um pouco mais de jogo de cintura do que simplesmente abrir o celular e colocar o SIM, e a verdade é que, para usuários que costumam usar chips de várias operadoras diferentes, dá um pouco de medo de estragar algo nesse procedimento.

 

De resto, o Nokia X7 faz jus ao seu preço, 435 euros liberado. Funciona nas redes GSM e HSDPA, vem com 256 MB de RAM e 1 GB de ROM, conta com um armazenamento interno de 8 GB – que podem ser ampliados até 32 GB -, tem Wi-Fi 802.11 b/g/n, Bluetooth v3.0 com A2DP (sistema de distribuição avançado de áudio que, utilizando dois canais, transmite o som estéreo a um rádio ou fones de ouvido). Também tem entrada microUSB v2.0.

 

Hardware

O Nokia X7 é um desses smartphones que, mesmo não tendo um hardware de ponta como o de outros celulares que já fazem a cabeça dos mais geeks, acaba agradando pela boa relação custo/benefício. Com um corpo de metal, tela touch de 4 polegadas do tipo Gorilla Glass, bastante resistente, 16 milhões de cores e uma resolução de 360 x 640 píxels, o modelo não deixa a desejar.

 

Também é bastante grandinho: tem 11,97 x 6,28 x 1,19 cm e pesa 146 gramas, nem muito leve nem pesado demais. Vem equipado com uma bateria de 1200 mAh, rádio FM estéreo, processador ARM 11 de 680 MHz e placa gráfica (GPU) Broadcom BCM2727.

 

 

Para se ter uma ideia, o Samsung Galaxy S I9000 conta com uma tela igual, também de 4 polegadas e Gorilla Glass, com a diferença de que é SuperAMOLED e tem uma resolução de 480 por 800 píxels, enquanto a do X7 é apenas AMOLED e tem 360 x 640 píxels. No quesito processador, o Galaxy S apresenta 1 GHz, e o X7, 680 MHz.

 

No caso da memória, o Nokia X7 oferece 256 MB de RAM, 1 GB de ROM e 8 GB de armazenamento interno, enquanto o Galaxy S vem com 512 MB de RAM, 2GB ROM e 8 ou 16GB de armazenamento. Pelo preço, o X7 sai um pouco caro, já que, com a chegada do Galaxy S2, agora o Galaxy S, com melhores especificações, sai por 400 euros em média, uns 918 reais.

 

O celular tem entrada padrão de 3,5 mm para fone de ouvido e outra microUSB, com o botão de ligar / desligar na parte superior e o botão principal de navegação centrado na parte inferior da tela, ao melhor estilo iPhone.

 

Multimídia

O Nokia X7 tem um bom desempenho multimídia apesar de o seu hardware jogar um pouco contra o dispositivo. Equipado com uma câmera de 8 megapíxels e com um flash LED duplo (vantagem sobre o Galaxy S que, além de não ter flash, inclui uma câmera de apenas 5 megapíxels), ele faz excelentes fotos em alta resolução (3.264 x 2.448 píxels).

 

 

O foco é fixo, mas o celular nos permite utilizar o zoom tanto ao fotografar como ao produzir um filme, e grava vídeos HD com 720p a 25 quadros por segundo. Neste ponto, faltou incluir uma câmera secundária frontal para videochamadas, o que reforça o Nokia X7 na categoria de smartphone médio.

 

Quando o assunto é desempenho, o Nokia X7 não deixa a desejar durante a execução de vídeos, por exemplo. De repente pelo formato da tela, que forma uma espécie de moldura, parece até melhor ver vídeos nele que em um Galaxy S, e a diferença de processadores parece não interferir muito.


Software

O sistema operacional Symbian Anna, com seus ícones grandes e bem desenhados, facilita a navegação pelas funções do celular. São três as suas telas principais e, se quiser acessar todas as aplicações, basta apertar o botão central da parte inferior da tela.

 

É possível personalizar todos os widgets do celular, configurando atalhos tanto para os aplicativos como para seus itens favoritos, mas senti falta de um sistema mais direto de notificações, assim como de um navegador mais rápido.

 

O X7 suporta SMS e MMS, tem sensores de proximidade e acelerômetro (o que faz a tela rodar de acordo com a posição horizontal ou vertical do celular), vem com GPS e alguns jogos como o Asphalt 5.

 

Inclui o software Flash Lite 4.0, é compatível com todos os formatos mais comuns de música e vídeo e conta com o pacote de programas de trabalho Quickoffice (com suporte para Word, Excel, PowerPoint e PDF), além de Java.

 

Conectividade

O Nokia X7 trabalha nas redes 2G (GSM 850 / 900 / 1800 / 1900) e 3G (HSDPA 850 / 900 / 1700 / 1900 / 2100), conta com Wi-Fi 802.11 b/g/n e Bluetooth v3.0 com A2DP (explicação acima), além de entrada microUSB v 2.0.

 

O Symbian Anna reforça a presença do usuário na internet oferecendo canais específicos de acesso a redes sociais, o que acaba facilitando a vida do proprietário do telefone e fazendo-o economizar um tempo precioso.

 

 

Conclusão

O Nokia X7 é um ótimo “camera phone”, com algumas limitações de hardware que, ao final, não o afetam muito. Claro que conta com a mais recente versão do Symbian disponível no mercado, o Symbian Anna, mas precisamos lembrar que o número de aplicativos disponíveis para esta plataforma não se compara à quantidade de apps para iOS, que roda no iPhone, e para Android, presente em celulares de vários fabricantes.

 

Se você deseja ter um celular prático, para todas as horas, e que te permita navegar, trabalhar e manusear conteúdos multimídia de forma rápida e simples, mesmo que não seja a Ferrari dos smartphones, esta é uma excelente opção.

 

Contudo, seu preço pesa contra o Nokia X7, valor com o qual podemos encontrar celulares mais bem equipados e com benefícios extras. Mas… Tudo vai depender de como você vai usar o telefone! E seguindo a máxima presente nos reviews, os celulares são feitos para atender a diversos perfis de consumidores com diferentes poderes aquisitivos.

 

Então, antes de tomar uma decisão de compra, pese bem suas necessidades e adquira um celular que se encaixe em seu estilo de vida, e que não seja apenas uma vitrine sem utilidade.

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