Quem acompanha o mercado móbile na China, sabe que as fabricantes chinesas, que normalmente vendem somente por lá, produzem cada vez mais smartphones poderosos e de excelente qualidade, principalmente na construção. Xiaomi, Meizu e Huawei são as mais conhecidas, mas existem outra menores que dão um banho na maioria dos smartphones de marcas famosas (que também fabricam na China). É o caso da Oukitel. Já faz tempo que ela faz bons smartphones e, inclusive, vende na Europa. Testamos o Oukitel U10, um smartphone com hardware itnermediário mas com design e tela de Premium. Vale a pena? Leia o review e descubram!
Review Oukitel U10 – Design e construção
O Oukitel U10 lembra o iPhone 6 Plus e até a linha Galaxy da Samsung, mas não se trata de um clone, pois ele tem um design digno de marcas famosas e uma construção de excelente qualidade melhor que 99% dos intemediários de marcas conhecidas.
Para começar, assim como a maioria dos smartphones chineses de qualidade, ele tem um corpo quase todo feito em aço, sendo que a na parte traseira trás a textura escovada. É vendido nas cores preta, branca e a que testamos, a champagne que, diga-se de passagem, é totalmente inspirada no iPhone 6. Suas dimensões são as seguintes: 154 x 76,9 x 7,9 mm. Ele é bem fino e pesa somente 170 g, relativamente pouco para seu tamanho.
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Para quem curte o visual “saboneteira” da linha Galaxy, ele trás um visual nesse estilo. O Oukitel U10 possui os cantos arredondados. Na lateral direita há os botões de volume e de ligar, na outra lateral temos a entrada para os dois chips micro SIM , ambos 4G, e também do micro SD. Mas ele tem o problema de só poder ser usado ou com 2 chips ou com 1 chip mais cartão SD, já que o cartão SD ocupa o mesmo slot do SIM Card 1, ou seja, é um ou o outro. Levando em conta que ele tem apenas 16GB, é chato usar ele com 2 chips.
Na frente temos seu lindo painel de 5,5 polegadas, 3 botões capacitivoss abaixo da tela que se acendem quando tocados e a câmera de 5 Megapixels grande angular para boas selfies.
Já na parte traseira temos a sua câmera de 13 MP, o sensor biométrico para leitura de digitais e abaixo a saída de som. Como o alto falante fica na parte de trás, se o usuário encostar o celular na mesa o som é abafado, isso pode incomodar quem gosta de, por exemplo, ouvir música no smartphone. Embora o som dele seja bem fraco em comparação com o resto de suas especificações e desempenho.
Em termos de construção, o Oukitel é quase perfeito, se não fosse por um detalhe inexplicável:
Nas partes superiores do aparelho, onde ficam localizadas as antenas, eles colocaram plástico ao invés de metal. Para enganar pintam da mesma cor que a parte de metal. Isso é ruim, pois as quinas são justamente os lugares que precisam de mais resistência a impacto. Engraçado que todos os outros modelos da empresa, inclusive os inferiores, são inteiros de metal.
Review Oukitel U10 – Hardware e perfomance
Como já dito, ele possui um hardware de intermediário, inclusive usado por muitos fabricantes famosos. No caso podemos dizer que ele tem o mesmo hardware do Xperia C4 levemente modificado. Abaixo um resumo de suas especificações técnicas responsáveis pelo desempenho;
- Processador MediaTek MT6753
- 3GB de RAM
- 16GB de armazenamento interno
- GPU Mali T720
- Tela de 5,5 polegadas com resolução full HD
Com essas especificações temos um smartphone excelente para o uso diário e que agüenta o tranco na hora do serviço pesado. Em testes de benchmark ele se sai muito bem, com a mesma pontuação de tops de linha do ano passado. O Oukitel U10 fez cerca de 34 mil pontos no Antutu.
Mas o que vale são os testes práticos, e ele não decepciona. Com a combinação de bom hardware co um Android puro, temos um smartphone sem travamentos ou. Jogos também rodam bem fluidos, mesmo os mais pesados. Testei Dead Trigger 2, Asphalt 8, Real Racing 3, Modern Combat 5 e outros, sempre com os gráficos no máximo.
Por último temos o seu sensor de impressões digitais. Ele utiliza o mesmo sensor usado em um topo de linha que faz bastante sucesso, o Honor 7 da Huawei. No geral, o reconhecimento é muito rápido, mas somente depois que você pega o jeito dele. Ainda não encontrei funções realmente indispensáveis para o sensor biométrico no Android, mas é legal. No caso do Oukitel é possível também bloquear a abertura de apps específicos através da impressão digital.
Review Oukitel U10 – Tela
Uma da características que mais chamam a atenção no Oukitel U10, é sua tela. Com 5,5 polegadas e resolução full HD ela tem um brilho excelente e mesmo debaixo da luz do sol a nitidez é boa. Consegue se sair melhor que aparelhos muito mais caros, como o Moto Maxx e o recente X Force.
Ela é fabricada pela JDI – empresa japonesa formada por Sony, Hitachi e Toshiba. Com a união de 3 gigantes dessas, não poderíamos esperar nada de má qualidade. A tecnologia utilizada pela JDI se chama OGS (Advanced One Glass Solution). Ela consiste em um circuito impresso de dupla camada, inserido entre o painel de cristal líquido e o sensor sensível ao toque. Como estão combinadas, as camadas tornam-se uma só. O resultado é um nível de brilho maior e a redução de 30% de linhas. Além disso, é mais responsiva que a maioria da concorrência.
Comparando ela com uma tela AMOLED, por exemplo, notamos que ela tem um brilho equivalente, porém com uma fidelidade de cores melhor, já que o contraste do AMOLED é bem forte. Considerando somente intermediários, é a melhor tela que já testei aqui no Tekimobile, juntamente com o Xperia C5 Ultra Dual.
Vale ainda lembrar que se trata de uma tela 25 D, ou seja, ela tem uma leve curvatura nas extremidades, algo parecido com a tela Edge da Samsung, porém só o vidro e não o LCD. É muito parecida com a tela do iPhone 6 Plus que também possui uma tela desse modelo. Isso garante uma toque bem mais confortável, já que a mão não para em cantos retos.
Review Oukitel U10 – Software
Conforme já dito ele roda uma versão praticamente pura do Android Lollipop, porém com modificações feitas pela Oukitel que trazem excelentes funções pouco encontradas juntas em outros smartphones. É um mix de todos.
Há a possibilidade nativamente de instalar aplicativos diretamente no cartão de memória. No momento que você insere um micro SD nele, o software já pergunta se você deseja transformá-lo em memória principal. Isso é muito bom, já que ele conta somente com 16 GB de armazenamento.
Outra opção simples e bem vinda é de de acordar ou desligar a tela com dois toques na tela, assim como os aparelhos da LG. Mas os gestos vão além disso, é possível por exemplo, ligar a câmera, abrir o Facebook, internet e outros apps apenas desenhando a letra inicial deles na tela desligada.
Há também o Smart Somatosensory. Graças a ele o usuário consegue realizar várias funções apenas chegando perto do sensor que fica ao lado da câmera frontal. Por exemplo, ao configurar o Media Player com ele, é só passar a mão na frente do sensor que ele muda de faixa. Outra função desse sensor é você poder configurar para que quando receba uma chamada, ele atenda sozinho ao chegar com o telefone próximo ao rosto.
A função que mais me chamou a atenção é a Schedule Power On & Off. É o primeiro Android que conheço que dá para programar para ele desligar e ligar sozinho. Isso era uma função comum em smartphones antigos que rodavam Symbian e Windows Mobile. Com isso, dá para economizar energia ao programar para desligar durante a madrugada e ligar no horário de despertar.
Outra tecnologia, comum nos smartphones chineses é a HotKnot. O funcionamento é parecido com o NFC, porém ao invés de usar um transmissor NFC, ele usa a própria tela para se conectar a outros smartphones, através dos capacitores da tela. Para conectar, basta encostar uma tela na outra que também possua a tecnologia, então é aberta uma conexão bluetooth para tranmissão de arquivos.
Embora seja uma versão pura do Android, ele trás um launcher proprietário que não possui gaveta de aplicativos, fica tudo na tela principal. Mas é um launcher comum que não altera o sistema, ou seja, basta instalar o Google Now que temos um Nexus ou Motorola nas mãos. De resto, incluindo o menu de configuração tudo é Android original, no caso ele roda o Android 5.1 Lollipop. Com respeito a atualizações, não se sabe muito ao certo quando será atualizado. Porém, ele conta com um sistema de atualizações via OTA e há um app que gerencia todas essas atualizações. No último mês ele recebeu uma grande atualização corringindo erros e trouxe a interface multitarefa do Android original, antes era proprietária.
Review Oukitel U10 – Câmeras
A Oukitel não quis inventar muito e resolveu colocar um sensor conhecido e competente para equipar sua câmera principal. O sensor utilizado é um Samsung ISOCELL 5K3M2, o mesmo utilizado no Galaxy S4 e em outros modelos intermediários da marca coreana. A Oukitel só tratou de dar uma modernizada no conjunto ótico. Por isso tira fotos melhor que o S5, porém é inferior ao Galaxy s5
Abaixo algumas fotos tiradas pelo Oukitel U10:
A câmera frontal é de 5 MP e com uma lente angular. As fotos produzidas são boas, porém inferiores aos chamados “selfies fones” atuais.
Review Oukitel U10 – Bateria
Com uma bateria de 2850 mAh, ele está dentro da média de amperagem de smartphones com seu tamanho. Mas como ele roda um Android quase puro, ele não é tão sedento de memória e, consequentemente, gasta menos bateria que outros com interfaces de fabricantes. Dá para agüentar metade de um dia agitado sem carregar. Porém ele tem um bug estranho: quando está com mais ou menos entre 7 e 10% de bateria, ele simplesmente desliga sem chegar no 0.
Review Oukitel U10 – prós e contras
Prós
- Bom acabamento e construção;
- Excelente tela;
- Bom custo x beneficio, levando em conta seu hardware;
- Câmera boa.
Review Oukitel U10 – Vídeo Review
Contras
- Som muito baixo e agudo;
- Não vendido oficialmente no Brasil, comsequentemten não é homologado pela ANATEL e não possui Assistência técnica;
- Não dá para usar dois SIM Cards ao mesmo tempo que o Micro SD.
Review Oukitel U10 – Conclusão
Quem busca um smartphone bom, com acabamento de primeira e tem coragem de se arriscar em comprar um sabendo que se quebrar, dificilmente poderá consertar, o Oukitel U10 é uma excelente opção.
Mas repito: ele não é homologado pela Anatel para funcionar no Brasil. A ANATEL prometeu um tempo atrás que iria inutilizar aparelhos não homologados por ela no Brasil. Até agora nada foi feito, mas não se sabe ao certo se isso irá acontecer ou não.
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