Parece até estranho dizer isso, mas a Intel não é mais líder no segmento de produção de chips. Depois de 24 anos de avanço na tecnologia e internet, principalmente no segmento mobile, outro player de peso virou o jogo e assumiu a liderança: a Samsung. A gigante coreana que faz de tudo, assume a liderança de mais um ramo da tecnologia.
Estamos em época de divulgação de resultados financeiros da primeira metade do ano. Não diferente, as duas empresas divulgaram seus resultados nesta semana. A divisão de semicondutores da Samsung teve receita de US$ 15,8 bilhões no segundo trimestre de 2017, enquanto a Intel ficou com US$ 14,8 bilhões. Como informa a Associated Press, se os preços de chips se mantiverem, a Samsung Semiconductor também deve ficar à frente da criadora do Pentium em receita anual.
A Intel liderava o setor desde 1993. Esse ano foi quando foram lançados os processadores Pentium, líderes absolutos até hoje no mercado de PCs. Já a Samsung ocupava a sétima posição, já que sempre foi tradicional na produção de circuitos integrados para as mais diversas aplicação na eletrônica. Em 2006 os coreanos pularam para o quarto lugar em 2006, e desde 2008 estavam na vide liderança.
Mas explicar como a Samsung alcançou e passou a Intel, é bem simples: PCs vs dispositivos mobiles. Enquanto ano a ano a produção de PCs caem – ramo principal da Intel – a produção de smartphones, relógios inteligentes e gadgets em geral crescem. Qual a semelhança entre eles? Além do tamanho reduzido, todos utilizam memórias DRAM, e a Samsung é a maior produtora do mundo. Além disso, ela também se destaca na produção de outros chips como sua linha de processadores Exynos e até mesmo na fabricação de processadores para a Qualcomm, como o atual Snapdragon 835. Isso mesmo, a Qualcomm tem parceria com a Samsung e utiliza unidades fabris da coreana na fabricação desses processadores.
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E a Intel pode sofrer ainda mais nos próximos anos. A AMD lançou recentemente a linha de processadores AMD Ryzen que os analistas dizem que irá vender bem. Outra concorrência que ela sofrerá é de outra líder do segmento: a Qualcom. A maior produtora de processadores do mundo já avisou que pretende colocar seu Snapdragon 835 (fabricado em parceria com a Samsung) em computadores com Windows 10. A coisa tá feia para Intel. Não seria o momento de uma nova investida no ramo mobile?