Os smartphones brasileiros estão cada vez mais caros. Um exemplo é a linha Moto G lançada ontem (7) onde os aparelhos subiram de preço. E a tendência é piorar, segundo o IDC Brasil. Smartphones topos de linha poderão passar de R$ 10 Mil.
Um relatório chamado IDC Predictions Brasil 2019, mostrou que nesse ano serão gastos cerca de US $671 milhões no Brasil em serviços de segurança digital na internet. Já os gastos com MMS (Managed Security Services, ou Serviços Gerenciados de Segurança) passarão de US$ 538 milhões, gerando competição entre provedores e operadoras.
Mas o que isso tem a ver com smartphones? É que vários dispositivos atualmente possuem essas e outras soluções de segurança em seu softwares. Se o preço com segurança aumenta, o preço dos aparelhos também aumentam.
A Apple, por exemplo, tem a tecnologia “Secure Enclave”, que está ligada à arquitetura do chip principal (como um minichip secundário) e “que foi desenvolvida para proteger os dados do código” e de biometria do Touch ID e Face ID.
Já o Google no seu sistema Android, tem o chip dedicado “Titan M”, que é “um chip de segurança de nível corporativo personalizado criado para o Pixel 3 para proteger seus dados”. Ele oferece segurança no bootloader, criptografia, mais segurança em transações e “é construído com resistência a ataques internos”, segundo a página de suporte da companhia. A companhia oferece atualizações recorrentes de segurança.
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Já a líder de mercado mundial, a Samsung, possui a tecnologia Knox. Segundo ela, a plataforma Knox “consiste na sobreposição de mecanismos de defesa e segurança que protegem contra invasões, malwares e mais ameaças maliciosas˜.
A maioria dessas implantações são feitas em smartphones mais caros, principalmente mirando o público B2B. Normalmente esses smartphones ultrapassam atualmente a barreira dos R$ 4 Mil.
Chegando no valor de R$ 10 Mil
De acordo com o estudo da IDC Brasil, “lançamentos de smartphones atingirão a barreira dos R$ 10 mil”, com médias até 18% mais altas.
Vale lembrar que em 2018 o iPhone XS Max de 512 GB começou a ser vendo por exatamente R$ 9.999. Já nesse ano, com o lançamento iminite do Samsung Galaxy S10, caso a versão mais cara que contará com câmera melhor; bateria maior; conexão 5G e acabamento em cerâmica, chegue ao Brasil, essa barreira provavlemente será alcançada também pela Samsung.
Há também o Galaxy F, suposto nome do smartphone dobrável da Samsung a ser lançado ainda esse mês. Esse, com certeza, se vir ao Brasil passará de R$ 10 Mil.
Vale lembrar que no ano passado, a própria Samsung lançou o Galaxy Note 9 com 512 GB de armazenamento por R$ 6.499.
Foi divulgado também que o mercado de dispositivos (envolvendo smartphones, tablets, impressoras e outros eletrônicos) deverá representar 38% de todo o investimento em TI no Brasil em 2019, gerenciando cerca de US$ 24,5 bilhões.
No terceiro trimestre de 2018 (período de julho a setembro), 11,49 milhões de aparelhos (10,8 milhões de smartphones e 617 mil feature phones) foram comercializados por aqui. O período “travado” (-5,5% em relação ao mesmo período de 2017), por outro lado, revelou que a preferência dos consumidores se voltou a produtos que custa entre R$ 1.100 e R$ 1.999, registrando crescimento de 56% no comparativo ano a ano.
Outro dado interessante divulgado pela companhia sobre o Q3 2018 é que o ticket médio dos smartphones subiu 19,9% em comparação com o terceiro trimestre de 2017, atingindo R$ 1.340. Como motivação para os aumentos em determinadas áreas, novos recursos de câmera, processamento e displays maiores são citados.
Via IDC, com informações do Canaltech