A TIM espera colher os benefícios de seus esforços de controle de custos no segundo semestre de 2019, disse o presidente-executivo da operadora de telecomunicações, Pietro Labriola, nesta quarta-feira. O lucro líquido, por exemplo, ficou em R$ 251 milhões no período. Apesar disso, a companhia destacou que o cenário econômico do Brasil afetou os resultados.
A subsidiária brasileira da Telecom Italia continua focada na implementação de um plano de eficiência, que de acordo com Labriola está evoluindo melhor que o esperado, com 190 milhões de reais em cortes de custos no primeiro trimestre.
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“Nós entregamos 25 por cento das metas estabelecidas para 2019 no plano de eficiência e devemos começar a ver os benefícios ainda este ano, possivelmente no segundo semestre”, disse ele a analistas e investidores em uma teleconferência sobre resultados trimestrais.
A receita líquida da TIM cresceu 1,7% no primeiro trimestre, totalizando R$ 4,191 bilhões. Desse total, a maior parte veio de serviços: R$ 4,024 bilhões, com aumento de 1%. A companhia justifica que foi impactada por “uma recuperação econômica frágil e competição mais intensa”.
O serviço móvel foi responsável por R$ 3,795 bilhões (aumento de 0,4%), em grande parte com a receita “gerada pelo cliente” (ou seja, voz, dados e conteúdo), que encerrou março com R$ 3,506 bilhões, avanço de 2,3%. A receita de interconexão caiu 29,9% e ficou em R$ 139 milhões, abaixo dos R$ 151 milhões de “outras receitas”.
A operadora diz que houve bons resultados nas transferências entre segmentos (de controle a pós mostrou 18,4% de avanço no ano), além de um aumento de 45,3% no crescimento líquido de contratos pós-pagos. Por outro lado, a TIM avalia que sentiu os efeitos de uma recuperação lenta da economia, “refletida em expectativas reduzidas de crescimento do PIB e na menor dos consumidores”, além da competição no mercado pré-pago. A tele diz que isso afeta a dinâmica do segmento pré, incluindo uma “abordagem mais criteriosa” dos filtros de crédito, que acabaram reduzindo a migração para o pós.
Apesar das adversidades, a receita média mensal por usuário (ARPU) móvel cresceu 5,3% e encerrou março em R$ 22,8. A companhia alega que isso é reflexo da melhora no mix e das migrações para planos de maior valor. O ARPU do pré-pago foi de R$ 11,6 (aumento de 1,6%), enquanto do pós ficou em R$ 38,2 (queda de 4,6%).
O segmento fixo totalizou R$ 229 milhões, um crescimento de 11,6%. Praticamente metade desse total veio da TIM Live, que registrou receita de R$ 112 milhões, um aumento de 24,6% no comparativo com igual período de 2018. A operadora diz que no trimestre estruturou novos canais. O ARPU da TIM Live foi de R$ 79,6, 12% maior do que no ano anterior, graças à maior penetração de ofertas de maior valor e velocidade, além do lançamento de portfólio de planos FTTH em abril de 2018.
Via UOL