Truque bloqueia anúncios no Youtube (e acessa sites com assinatura)

Truque consiste em apenas colocar um ponto depois do .com ou .br e isso "desbloqueia" anúncios e os paywall de sites.
Atualizado em 12/06/2020 às 21:17
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Um novo truque descoberto por usuários acabou ganhando holofotes na internet hoje (12). Com apenas um ponto (.) internautas descobriram como bloquear os anúncios do Youtube, posteriormente, outros descobriram que o mesmo truque faz que o usuário consiga acessar sites bloqueados que exigem assinatura, como Folha de São Paulo, O Globo e outros. Vejam como funciona.

O “truque” consiste colocar um ponto (.) após o .com ou .com.br dos sites. Por exemplo, caso você esteja acessando um vídeo com o endereço youtube.com/testedevideo, o endereço com o truque ficaria youtube.com./testedevideo. Isso faz com que os anúncios tentem carregar, mas é mostrada uma tela preta durante o tempo de reprodução do mesmo.

Alteração também acessa sites bloqueados

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Acessando o Jornal normalmente, com bloqueio

Foi questão de tempo que usuários testassem a inclusão do sinal em outros sites. Ao fazer isso com sites que exigem assinatura para certos artigos, como acontece com a Folha de São Paulo, Estadão,  New York Times, O Globo e outros, faz com que as matérias carreguem normalmente, embora a mensagem de bloqueio apareça.

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Colocando o ponto após o .com e a matéria abre normalmente
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Sabemos que em questão de dias a falha deverá ser corrigida, mas é interessante saber como um simples sinal de ponto pode fazer um estrago tão grande.

Basicamente, eles não levam em conta que endereços da web podem conter um ponto adicional e ainda assim serem carregados pelo navegador. Se os cookies e o HTTPS não forem configurados com isso em mente, os anúncios e os paywalls (sistema de pagamento de assinaturas) deixam de funcionar.

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“É um caso extremo que costuma ser esquecido”, explica o usuário unicorn4sale, que descobriu o truque. “Os sites se esquecem de normalizar o nome do host, o conteúdo ainda é exibido, mas não há correspondência de nome de host no navegador, portanto, não há cookies e o CORS [compartilhamento de recursos de origem cruzada] fica quebrado – e muitos sites maiores usam um domínio diferente para veicular anúncios e mídia com uma lista de permissões que não contém o ponto extra.”

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.