Review do realme GT 2 Pro: poderoso e quase o melhor

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O maior destaque é seu hardware, com o Snapdragon 8 Gen1. O único problema é o USB 2.o que, diferente da concorrência, não tem saída HDMI, sendo assim não há como usá-lo como PC.

Custando quase R$ 6 mil, ele está muito próximo do valor do Galaxy S22 Plus e mais caro que o Galaxy S22. Nesse preço, a dupla da Samsung leva vantagens por serem melhores na maioria dos aspectos.

Realme GT2 Pro – design e construção

O Realme GT 2 Pro é o primeiro smartphone topo de linha da marca, que tradicionalmente oferece smartphones mais baratos com um bom custo benefício.

Será que a realme acertou a mão? Já adiantamos que sim, estamos diante de um legitimo topo de linha, mas que ainda pode melhorar.

A primeira coisa que chama a atenção nesse aparelho é o design. Ele foge um pouco do tradicional devido a sua traseira.

A Realme usou um material totalmente diferente feito a partir de papel reciclado. Que é bonito e diferente. Mas tem prós e contras.

O ponto positivo é que a textura suja bem pouco e não escorrega e além disso não passar o ar de algo barato.

O único ponto negativo é o fato de, obviamente, esse material não permitir que ele seja a prova d’água. Embora que dos três topos de linha com Android no Brasil, somente o S22 é a prova d’água, o Motorola Edge 30 Pro também não é.

Vale lembrar que se você não gostar desse material há uma versão de vidro também sendo vendida, difícil é achar no mercado.

O aparelho é bem estreito e as bordas são arredondadas e feitas de metal, elas lembram bastante as versões antigas da linha Galaxy da Samsung. Isso dá uma pegada perfeita na mão, sendo muito mais confortável de usar que os atuais da linha S com cantos retos imitando iPhones.

Em uma lateral você tem o botão de desligar e na outra os de volume. Embaixo há o conector USB-C e a gaveta para o SIM Card. Ele não tem entrada para fones de ouvido.

Tela do realme GT 2 Pro

O GT 2 Pro tem uma tela OLED de 6,7″ com suporte a HDR 10+ e uma taxa máxima de atualização de 120 Hertz. A taxa é variável, indo de 0 a 120 Hz de acordo com o seu uso.

A resolução é de 3216 x 1440 pixels, maior que a grande maioria dos dispositivos. Ela tem uma definição excelente, é visível de qualquer ângulo e tem tudo que uma tela de OLED pode oferecer. Só há um problema: o brilho máximo.

Ao usar ele sob a luz do sol, é nítido que o brilho é bem inferior ao Galaxy S22 Plus. Também é um pouco mais escuro que o Motorola Edge 30 pro, mas entre os dois a diferença é quase imperceptível. De qualquer modo, não é tão fácil usar em um dia ensolarado.

O sensor óptico de impressão digital está localizado sob o display e funciona bem rápido, o normal para um topo de linha.

Hardware

O Realme GT 2 Pro foi e é um dos primeiros smartphones com o mais recente e melhor processador da Qualcomm do mercado: o Snapdragon 8 Gen 1. Você tem desempenho de acordo, o dispositivo não mostrou nenhum problema de desempenho em nenhuma categoria durante o período de teste.

Nem adianta eu ficar falando de jogos etc., é chover no molhado. Esse processador é o melhor que existe atualmente, isso significa que terá desempenho máximo para qualquer jogo agora e durante, pelo menos, uns 2 anos.

A versão vendida no Brasil tem 12 GB de RAM e 256 GB de armazenamento. Na parte de conexões possui Bluetooth 5.2 e Wi-Fi 6.

O único ponto negativo que me decepcionou no hardware foi sua porta USB-C. A realme usou uma conexão USB 2.0. Qualquer topo de linha hoje usa a conexão 3.1.

Além da transferência de dados ser bem mais lenta, o que mais pesa na minha opinião é que devido a isso ele não tem saída de vídeo. Tanto o S22 como o Edge 30 Pro, podem ser conectados diretamente a um monitor e serem usados como PCs, por exemplo. Algo impossível com o realme, nem espelhar a tela dá.

O áudio é outro ponto legal, já que ele conta com alto-falantes estéreo, um voltado para a frente ali no topo da tela, e outro para baixo. A qualidade sonora é boa, o volume é forte e a qualidade sonora se manteve equilibrada e livre de distorções mesmo quando o áudio estava no máximo.

Câmeras

O Realme GT 2 Pro tem um conjunto com uma câmera principal de 50 megapixels, uma câmera ultra grande angular de 50 megapixels e uma câmera de microscópio de 3 MP.

O que não temos é uma câmera telefoto, o que pode desanimar alguns. Encontramos uma lente de 32 megapixels na ficha técnica como a câmera frontal.

A câmera principal tira boas fotos com bom alcance dinâmico e alta nitidez em luz do dia.

O foco automático funciona rapidamente, isso significa que normalmente a primeira foto já fica do jeito que você gostaria.

As imagens parecem um pouco inferiores em comparação com as fotos tiradas pelo Galaxy S22, porém bem superiores aos produzidas pelo Motorola Edge 30 Pro.

Durante a noite a câmera também é competente, não devendo em nada contra seu rival S22. O processamento não exagera no ISO para deixar a imagem mais clara. O Motorola Edge 30 faz isso, transformando noite em dia, em fotos cheias de ruídos e irreais.

A ultrawide, obviamente, não tem a mesma qualidade da principal, mas confesso que a diferença não é tão grande assim como acontece normalmente. A qualidade das fotos dessa lente, ficaram no mesmo nível da câmera do Galaxy S22 e, mais uma vez, melhores que do modelo da Motorola.

Além disso, ela tem um modo que tira fotos em 150 graus, chamado de “Fisheye”, ela dá o efeito olho de peixe nas laterais, parecido com as imagens de uma Go Pro, por exemplo.

Dai temos a lente de microscópio. É algo legal e os resultados realmente impressionam. A distância que você consegue tirar as fotos dá uma surra nas câmeras macros por ai e a qualidade é satisfatória.

Porém, é algo totalmente dispensável que você vai usar de vez em quando. Entre essa câmera e uma lente telefoto, sem dúvidas que preferiria a telefoto, por ser mais útil no dia a dia. Claro, essa é minha opinião.

Bateria

A bateria do Realme GT 2 Pro tem 5000 mAh e vem com um carregador rápido 65W watts via cabo. Ele carrega a bateria inteira em apenas 35 minutos. É maior que os de 50 W do Motorola Edge 30 Pro (embora o tempo de carregamento seja semelhante) e comparar com o S22 é até covardia, pois ele não vem com nenhum.

Mas ele perde: o realme GT 2 Pro não tem suporte para carregamento sem fio, presente nos dois concorrentes brasileiros.

A bateria dura um dia todo sem problemas, mesmo com um uso mais pesado. Comparando com seus rivais, a bateria dura mais que do S22, mas quando comparado com o Motorola Edge 30 Pro a bateria dura bem menos, a Motorola realmente fez um excelente, afinal a bateria dele é menor com 4.800 mAh.

Software

A Realme UI 3.0 é baseada no Android 12 é usado como software.

O visual da interface é parecida com a do Android puro, tirando os ícones e o padrão de cores que difere, mas em funcionalidades muda pouco.

A novidade é que a Realme prometeu três novas versões do sistema Android e quatro anos de atualizações de segurança. Só não espere atualizações rápidas, pois normalmente a empresa demora um tiquinho mais para atualizar. Mas pelo menos dão certeza, diferente da Motorola que peca em atualizações.

Conclusão sobre o Realme GT 2 Pro

O Realme GT 2 Pro é, sem surpresa, o melhor smartphone que a empresa já lançou. Um processador forte, um display bom, rápido e um software refinado compõem um pacote geral muito bom.

Atualmente ele está um pouco mais caro que o Motorola Edge 30 Pro; mas justificável pois é melhor em mais aspectos, por outro lado está mais barato que o Galaxy S22 Plus, que é melhor que ele em vários aspectos.

Ou seja, ele está localizado onde deveria estar, mesmo assim quando se paga R$ 5 mil em um celular, tem que pensar muito no que você deseja.