Não há dúvidas que a rede 5G mudará completamente a vida digital nos próximos anos. Mudanças drásticas já aconteceram nas gerações passadas, desde a tecnologia analógica de primeira geração (1G) ofertando para os consumidores novos serviços, recursos e facilidades. Já as tecnologias digitais de segunda (2G), terceira (3G) e quarta gerações (4G) têm provocado mudanças importantes no mercado de telecomunicações mundial.
Leiam também:
- Nokia 9.1 Pureview com SD 855, 5G e câmeras melhores (rumor)
- Todos iPhones de 2020 terão 5G, diz rumor
Tanto é que o número de dispositivos de telecomunicações habilitados tem crescido ano-a-ano em conjunto com o número de serviços interativos ofertados pela Internet. A convergência entre os serviços de voz, dados, mensagem e vídeo tem provocado mudanças importantes na estrutura das redes de telecomunicações, cada vez mais integradas numa plataforma multimídia, multitarefa e multisserviços.
A integração de serviços convergentes numa plataforma multimídia, aliada aos requisitos de qualidade de serviço, tornou-se um grande desafio para as Operadoras de Serviços de Telecomunicações e Agências Reguladoras.
- Quais são os setores que vão mais se beneficiar do 5G no Brasil
- Huawei lança sistema de mineração para uso comercial
- Com 5G e IA, Huawei projeta porto 100% autônomo na China
Nesse momento de transformação profunda no mercado de telecomunicações, cada vez mais dinâmico e inovador, a atuação das Agências Reguladoras internacionais encontra-se diante de um desafio complexo: regular o acesso às redes móveis de quinta geração (5G) de forma a permitir o acesso aos serviços de banda larga de alta velocidade e baixa latência para os Consumidores e dispositivos Máquina-a-Máquina (M2M).
A comunicação de dados, vídeo e M2M, impulsionada pela Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), introduzirá nas redes móveis 5 bilhões de dispositivos que exigirão da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) esforços novos e complexos para licenciar novas bandas de frequências, além de fomentar a modernização da infraestrutura de suporte (redes de transporte e backhaul) com capacidade para escoar o volume de tráfego gerado pelas novas aplicações e serviços associados à tecnologia 5G.
Diante desse cenário desafiador, a ANATEL planeja leiloar partes importantes do espectro de frequências nas faixas de 2,3 GHz, 3,3 – 3,4 GHz, e 24,25 – 27,5 GHz já no ano de 2020 para a Quinta Geração de Redes Móvel (5G). A intenção é realizar um leilão não arrecadatório e sim com compromissos de investimento como por exemplo metas de cobertura, metas de capacidade dentre outros.
Como estão sendo realizados os testes de convivência do 5G:
Para garantir a plena utilização dessas faixas de frequências para o 5G, a ANATEL está avaliando as condições de convivência entre o sistema IMT-2020 (International Mobile Telecommunication system), com a canalização compreendida na faixa de frequências entre 3,4 a 3,6 GHz, e os sistemas de recepção de televisão analógico e digital via satélite (TeleVision Receive-Only – TVRO, TV aberta recebida via satélite), que opera na faixa de frequências compreendida entre 3,625 GHz e 4,2 GHz (Banda C-estendida).
As peculiaridades na distribuição do espectro de frequências no Brasil tornam necessária a realização de testes de convivência do 5G com outros serviços e a participação de empresas que detém a tecnologia necessária para realizar as medições, como por exemplo, a análise espectral da nova tecnologia de acesso por rádio (5G New Radio – 5G NR). Nesse contexto, a fabricante de equipamentos de medições VIAVI teve uma participação fundamental, pois já vem realizando testes da interface 5G NR com outras Operadoras ao redor do mundo.
Tendo em vista o leilão das frequências no Brasil para o 5G em 2020, a realização dos testes de convivência em tempo hábil só se tornou possível graças a disponibilização dos equipamentos de medição e testes adequados dentro do cronograma da Agência. A VIAVI disponibilizou equipamentos analisadores 4G e 5G: VIAVI Base Station Analyzer JD785B para medir sinais LTE TDD e VIAVI 5G Base Station Analyzer CA5000 para medir sinais 5G NR.
Após a conclusão do leilão do 5G, as Operadoras de redes móveis que adquirirem essas faixas de frequências terão um prazo para a implementação da rede e de atendimento às metas de cobertura e de capacidade. Essas obrigações serão acompanhadas e fiscalizadas pela ANATEL e todo o mercado de telecomunicações deverá estar preparado para os testes e medições decorrentes para essa nova tecnologia.
A evolução das redes 5G e o sucessos das aplicações, em especial as trazidas pelo 5G, dependem do constante suporte das empresas que desenvolvem tecnologia para que a ANATEL tenha capacidade de avaliar a evolução das redes de telecomunicações com o objetivo de regular com eficácia as relações entre Estado, Sociedade e Mercado.