Smartphones intermerdiários são os mais procurados atualmente. Na teoria são os que possuem equilibrio entre potência e preço. O Galaxy J7 Pro da Samsung é um dos que mais vendem atualmente. Mas será que ele é realmente bom? Vamos ver nessa análise.
Review em vídeo do Galaxy J7 Pro
Design
Nessa faixa de preço a Samsung não tem uma identidade única, afinal todos os smartphones são parecidos. Não que seja ruim, mas qualquer aparelho dela atualmente terá a mesma “cara”.
O Galaxy J7 Pro tem uma excelente construção feito todo em metal. Um detalhe interessante, é o formato das antenas que dão uma diferenciada. E a câmera é diferente: com uma moldura preta que lembrar o Moto G4.
Os alto falantes ficam na lateral, o que evita tamparmos ele quando estamos, por exemplo, jogando. Na parte da frente temos uma tela de 5,5 polegadas e bordas pequenas, não chega a ser bordless, mas são bem pequenas. Além do leitor de impressões digitais e câmera frontal com flash.
Tela
A Tela é um dos pontos fortes. Possui 5,5 polegadas com resolução full HD. A tecnologia utilizada é o Super AMOLED, o que significa excelente brilho e contraste. Como o AMOLED é amado por muitos e odiados por outros, o modo de calibração de tela dá para deixar as cores menos chamativas.
Mas no geral é excelente, mesmo em locais com luz do sol incidente dá para enxergar muito bem as informações da tela.
Câmeras
Aqui temos a câmera frontal para selfies. Ela possui 13 MP e abertura f/1.9. No geral as fotos são boas quando a luz ajuda. O foco é rápido e em qualquer distância (cof cof Moto X4). Porém, com baixa luminosidade, ela apresenta bastente ruido e já não consegue focar tão facilmente. Mas dai o flash frontal ajuda bastante, mesmo que deixe a foto um pouco fora de tom, ele ajuda muito para quem curte tirar uma selfie.
Já a câmera principal também possui 13 MP, porém a abertura é maior com f/1.7. Tecnicamente falando, é a mesma abertura do S7 e S8, ainda referências no quesito câmera. Porém confesso que me decepcionei um pouco em alguns aspectos.
Durante o dia as fotos são muito boas, com níveis de ruído aceitáveis e um bom nível de contraste. As vezes foge um pouco da realidade, mas é aceitável. É bom sempre avaliar o arquivo da foto em um PC, pois o Super AMOLED engana e deixa as fotos mais saturadas do que realmente são.
Mas a decepção foi durante a noite. Com uma abertura de f/1.7, é de se esperar que as fotos noturnas fiquem em um nível acima da concorrência, mas não é o que acontece. Não que seja ruim para a categoria, mas o nível de ruído é elevado, já que o pós processamente tentar corrigir a ausência de luz (que deveria ser boa pela abertura avantajada). E o HDR? embora seja fácil ativar, não altera tanto as fotos como gostaria.
Mas no geral a qualidade da câmera é satisfatória.
Hardware e desempenho
Temos aqui o Exynos 7870 como chipset que possui 8 núcleos de 1,3 GHz. Não é dos mais poderosos da Samsung. Em nível de equivalência ficaria no nível do Snapdragon 615 da Qualcomm. A GPU é a Mali-T830 MP1 e ele possui ainda 3 GB de RAM e 32 GB de armazenamento com entrada para micro SD. É uma combinação que dá conta da grande maioria das aplicações, mas se exigir muito dele, no nível de um top de linha, ele vai respirar por aparelhos.
No uso diário com redes sociais, internet e aplicativos padrões ele se sai bem. Não tive problema em nenhuma vez com travamentos ou algo parecido na multitarefa. Só por isso ele já se torna um bom aparelho.
Com jogos, ele roda qualquer jogo da Play Store, mas obviamente será necessário diminuir a qualidade gráfica se tiver a opção. Nos que fazem isso automaticamente dá para notar a queda de frames no Real Racing 3, Dead Triger 2 e GTA. Mas nada que atrapalhe a jogatina, no máximo algumas travadinhas esporádicas.
Gostei do leitor de impressões digitais que fica no botão de ínicio, bem rápido e preciso. Além disso não precisa apertar o botão para funcionar, como acontece no S7 e iPhones.
Bateria
A bateria de 3600 mAh é boa, mas tem um ponto negativo. Como assim? É boa no desempenho. Consegui fechar meu dia de trabalho ás 19:00 com 25%, o que está acima da média.
Nesse dia assistir cerca de 1:00 de séries no Netflix, gastei 1:30 hora navegando na internet e mais uma hora em apps de redes sociais. Joguei por 40 minutos e ouvi músicas no Spotify via Bluetooth por 3:30. Durante o dia gastei 15 minutos em chamadas de voz. Lembrando que todas as conexões ficam ligadas o tempo todo bem como a tela no nível máximo.
O ponto ruim é o tempo de carregamento. Infelizmente ele não possui carregamento rápido. Demorei incríveis 2:40 para dar uma carga completa, algo fora da realidade em um mundo com carregamento rápido. O Moto G5S Plus, concorrente dele, faz isso em 1:30.
Software
Ele vem rodando o Android 7.0 Nougat. A interface é a mesma usada nos tops de linha: a Samsung Experience 8.1 (novo nome da Touch Wiz). No geral ela é bem estável e trás recursos interessantes. Além disso é bem desenhada, é uma das mais bonitas atualmente.
Dos recursos próprios úteis, há o Dual Messenger que permite que você use serviços como WhatsApp em duplicidade criando uma conta para cada chip; o modo Pasta Segura (que também permite uso em duplicidade do WhatsApp) e está lá para permitir que você mantenha arquivos e aplicativos protegidos, ocultando-os do restante do sistema; e também a divisão de tela, característica nativa somente no Android 8 Nougat.
Conclusão
Temos aqui um smartphone equilibrado que pode ser encontrado na faixa dos R$ 1.100. É um bom preço para o que ele oferece. É o melhor da categoria, difícil dizer. Há competidores de peso, principalmente da Motorola como o Moto G5S Plus e o Moto X4. Mas no geral, é uma compra boa.