Uma das principais criticas contra o Moto X4, se não a maior, é seu espaço de armazenamento. Com 32 GB totais, apenas 15 está disponível ao usuário. Isso é muito, pois para efeito de comparação o Galaxy S7 que possui um sistema com mais funcionalidades tem os mesmos 32 GB mas o sistema ocupa apenas 8, e não 16 GB. Por que isso acontece? Descubra abaixo.
Mas como tudo tem um porque, resolvi dar uma pesquisada. Primeiro perguntei a própria assessoria da Motorola, a resposta foi essa ai na tela. Notem que o que mais importa é o ultimo parágrafo.
Isso significa que a Motorola implantou pela primeira vez uma feature realativamente nova no Android. Não tão nova pois foi anunciada antes do Nougat, no Gogole IO do ano passado. Se trata do Seamless Updates.
Atualmente quando há uma atualização no Android, primeiro é feito o download de toda a atualização; após o celular é reiniciado e temos que esperar a atualização concluir; ainda depois todos os apps instalados precisam ser otimizados ao novo sistema. Isso demora muito, dependendo mais de 15 minutos. Além disso, não é raro dar problemas na atualização e estragar o smartphone. O Seamless updates veio para resolver o problema. Com ele toda a atualização é feita automaticamente em background, ou seja, o usuário nem percebe. Depois de baixada e instalada, aparece somente uma mensagem “autalização instalada, reinicialização necessária”. Reiniciando, ele já estará com a atualização sem perda de tempo.
Se foi em 2016 e para o Nougat, toda a geração de smartphones desse ano deveriam estar assim, correto? Não exatamente. O Nougat requer algo conhecido como layout de partição A/B. Imagine isso como um segundo disco rígido com o qual seu telefone pode inicializar – mas obviamente é uma partição virtual. Ele faz isso para manter o celular funcionando normalmente durante a atualização, ele precisa de uma segunda partição que é quase um clone da primeira onde o sistema está instalado. Então ele baixa, instala tudo nessa segunda partição. Se der tudo certo, o Android depois copia essa partição para a principal. Com isso se ganha tempo e, principalmente, não há chances de dar problema, pois se der, vai ser em uma partição não usada.
Então porque os fabricantes não usam? O principal motivo é o espaço. Sendo um clone da outra, a partição clonada, que você não pode usar, é exatamente do mesmo tamanho da outra. O S8, por exemplo, a partição do sistema possui 11 GB. Duplicando seriam 22 GB sem poder usar.
O Moto X4 é o primeiro smartphone da Motorola a usar esse sistema de particões A/B . O problema é que o sistema dele possui 8 GB, duplicando, ficam 16 GB sem o usuário poder usar.
Mas vale ressaltar, que um Android Puro ocupa no máximo 4 GB. Sendo assim, isso prova que além de não ser um Android Puro, o sistema do Moto X4 está mal otimizado, excessivamente grande já que possui apenas alguns apps a mais. Mas o erro maior foi implantar isso em um aparelho com apenas 32 GB.