O sensor de impressões digitais ultrassônico no Galaxy S10, foi o primeiro do gênero quando a série Galaxy S10 foi lançada no início do ano, mas tinha uma limitação: não funcionou bem com películas de vidro. Ele funciona disparando ondas sonoras no dedo do usuário e, depois, lendo as mesmas refletidas. Porém, as películas de vidro criam um pequeno espaço entre o dedo e a tela, o que reduz a eficácia do sensor. Dai, a primeira opção é partir para uma película de gel, correto? Não exatamente.
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Para superar a limitação das películas de vidro, os fabricantes de acessórios criaram películas líquidas (de gel) para conseguir um contato mais próximo com o leitor ultrassônico. De fato, funciona, até as originais da Samsung são assim. Porém, o usuário deve ter cuidado na hora de escolher.
Sabemos que existem diversos modelos e marcas de películas que prometem tudo. No entanto, isso acabou sendo uma grande falha de segurança para uma proprietária do Galaxy S10e no Reino Unido, que comprou um película barata no eBay. Ele descobriu que, o acessório que custou U$ 3 (R$ 12,40), deixa que qualquer impressão digital desbloqueie seu celular.
Lisa Nielsen, de Castleford, West Yorks, disse: “Qualquer pessoa pode acessá-lo e entrar nos aplicativos financeiros e transferir fundos a partir do meu celular”.
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Segundo o The Sun, a Samsung disse que está investigando o assunto e simplesmente culpou a qualidade da película como responsável. Porém, isso abre uma brecha: se alguém roubar seu celular e colocar uma película vagabunda, ele conseguirá desbloquear seu celular?
Os sensores ultrassônicos de impressão digital na tela podem ser a melhor solução para segurança biométrica atualmente, mas parece que não são tão perfeitas como parecem.
Sua incompatibilidade com películas de vidro — as melhores até então — já são um ponto negativo, mas ser facilmente “burlada” como no caso acima é um fato a se preocupar. Talvez, seja por isso que a Samsung tenha dito desde o primeiro dia que os proprietários do Galaxy S10 deveriam usar as películas oficiais da empresa, nenhum dos quais inclui uma opção de vidro.
No começo do ano, entrevistamos Renato Citrini, Gerente Sênior de dispositivos móveis da Samsung Brasil. Uma das perguntas feitas, foi justamente sobre a eficácia do novo sensor ultrassônico. Acompanhem abaixo. A pergunta sobre o leitor, fica exatamente aos 2m30s.