Galaxy S10 padrão, review de 3 meses após o hype

Será que passado o hype ainda vale a pena pagar o preço alto de ter um smartphone topo de linha igual ao Galaxy S10?
Atualizado há 6 anos
Galaxy S10 frontal-01

Outros destaques

Review Honor X8: celular com preço baixo mas entrega muito 1
Review Infinix Hot 11S NFC: Um intermediário simples com bom desempenho 2
Review Galaxy M53 5G: O intermediário com uma bateria muito poderosa 3
Tronsmart T7 Mini: pequena mas extraordinária 4
A tela de 6.5 polegadas é Super AMOLED

A Samsung lançou 3 modelos do Galaxy S10 esse ano, a versão mais cara chamada Galaxy S10 Plus nós já testamos. Agora chegou a hora da versão padrão. Ficamos mais tempo que o normal testando ele a fim de entregar um review pós-hype, 3 meses depois.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Leiam também | Review do Galaxy S10+, o melhor do mundo

Após o lançameno do Huawei P30 Pro no Brasil, o brilho do Galaxy S10 teve que ser dividido com o aparelho chinês. Obviamente para o público mais antenado, já que a grande massa não conhece Huawei, ao contrário da Samsung que é bem conhecida. Por isso o S10 bateu recorde de venda se comparado ao antecessor.

Review do Galaxy S10 em vídeo

Galaxy S10 – Design e construção

Como todo bom topo de linha, o S10 traz um design super premium. Temos aro de metal e traseira de vidro protegida por Corning Gorilla Glass 6. De fato, percebi que tanto a tela como a traseira arranham com bem menos facilidade que o S9.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Leia também:

Galaxy S10 traseira

Comparando com o antecessor ele ficou um pouco mais quadrado e praticamente com o mesmo tamanho, mesmo tendo uma tela maior. É um dos smartphones mais bonitos da atualidade.

Galaxy S10 – Tela

Ele tem simplesmente a melhor tela do mundo. Com um excelente nível de brilho que atinge no máximo 804 nits e com picos incríveis de 1215 nits. Além disso, praticamente não há reflexo, sendo possível usar mesmo debaixo da luz do Sol sem nenhuma dificuldade. Não há distorção em ângulos ou nada parecido.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Galaxy S10 tela

Ela mede 6,1 polegadas e tem resolução 2K de 1440 x 3049 pixels, tendo um aproveitamente de cerca de 88,3% na parte frontal. Nela também fica o furo na tela, chamado de Infinity O, que abriga a câmera de selfies. Aliás, essa é uma das diferenças em relação ao irmão maior Galaxy S10+ que tem a tela maior e duas câmeras. Agora ela se chama Dynamic AMOLED e é, sem dúvidas, a melhor já feita.

Uma das novidades é o sensor biométrico embutido na tela. Diferente da maioria que usa um sensor ótico, que falando de modo grosseiro tira fotos do seu dedo, a Samsung investiu em um sistema ultrassônico, que faz um mapeamento 3D para identificar as digitais. Além de mais rápido, pode ser usado até mesmo com a tela ou dedos molhados.

No geral ele é rápido,  mais rápido que outros óticos. A única dificuldade é acostumar e acertar o dedo no lugar certo. Poderia ter mais efeitos de luzes indicando, como a Huawei faz no P30 Pro, por exemplo. Foram uns 3 dias para acostumar. Depois disso, ele acerta 90% das vezes na primeira tentativa, mesmo com o dedo molhado.

Galaxy S10 – Câmeras

Essa é sem dúvida a principal característica do Galaxy S10. Esquecendo ranks como o DxOMark, ela é disparada tem a melhor qualidade fotográfica na maioria das situações, inclusive que o P30 Pro, onde em breve iremos fazer um comparativo.

Galaxy S10 camera
 

São 3 sensores traseiros, sendo principal com 12 MP com autofoco, estabilização ótica e abertura variável entre f/1.5 e f/2.4; o secundário de 12 MP, abertura de f/2.4 com estabilização ótica e 2X de Zoom; e o terceiro com 16 MP, abertura de f/2.2 e vem com uma lente ultrawide de 123°.

Diferente da maioria, as câmeras secundárias possuem excelente qualidade. A Wide é de longe a mais legal de brincar, com possibilidades fotográficas enormes. A telefoto, que é ausente no S10e, também é bem interessante.

Voltando a Wide, a Samsung fez um excelente trabalho, pois mesmo com um ângulo de visão tão grande, ela disfarça bem as distorções nos cantos das imagens na maior parte do tempo, não deixando o famoso efeito olho de peixe tão evidente. Abaixo uma imagem tirada pela lente principal e depois com a lente ultra angular.

Galaxy S10 padrão, review de 3 meses após o hype 5

Galaxy S10 padrão, review de 3 meses após o hype 6

A telefoto é bem legal. Mas de longe ela se perde um pouco no foco. Mas o legal mesmo dela é a possibilidade de fazer fotos macro, pois consegue focar em distâncias minimas. Mas já adianto, essa lente em específico é muito inferior a do P30 Pro.

Mas quem brilha mesmo é a câmera principal. Com sua abertura variável de 1.5 até 2.4, as imagens ficam boas em qualquer situação. Com cores sempre vivas, excelente contraste e um alcance dinâmico, é sem dúvida a melhor que já testamos por aqui.

Galaxy S10 padrão, review de 3 meses após o hype 7Modo desfoque consegue desfocar tanto o fundo como a frente ao mesmo tempo (pé).

Galaxy S10 padrão, review de 3 meses após o hype 8Câmera consegue um bom alcance dinâmico

Mesmo a noite as fotos possuem boa qualidade quando comparada com as versões anteriores. Depois de uma última atualização – por isso é bom fazer o review um tempo depois – o modo noturno melhorou bastante a qualidade. Uma nova atualzação está por vir que irá melhorar ainda mais a qualidade.

Galaxy S10 padrão, review de 3 meses após o hype 9

Agora a inteligência artificial da câmera detecta 30 tipos diferentes de fotos, dentre comidas, animais, paisagem e etc. No geral, os ajustes são precisos e ficam melhores que quando usado sem.

As sugestões de fotografia são uma novidade que ajuda a posicionar a câmera para conseguir o melhor enquadramento e tira a foto automaticamente quando estiver no lugar certo. A detecção de falhas, presente também no Galaxy Note 9, avisa quando alguém piscar ou se a foto sair borrada.

Já a câmera frontal é boa, mas continua sendo o calcanhar de áquiles do conjunto. Assim como no S9, a Samsung continua a “embelezar” as selfies mesmo com a opção desativada. Com isso os rostos ficam com blur e perdem detalhes e definição.

Galaxy S10 camera frontal

O foco dinâmico foi melhorado e, além de ajustar o desfoque dos retratos, permite adicionar efeitos de zoom e distorção ou deixar todo o plano de fundo em preto e branco. Com as câmeras frontais duplas do S10+, isso funciona tanto nas selfies quanto nas fotos dos sensores traseiros, produzindo resultados bons, em geral.

Galaxy S10 padrão, review de 3 meses após o hype 10

Mas nem tudo é ruim. O software melhorou bastante. O  modo retrato beira a perfeição nos recortes, mesmo com uma câmera. Ficando atrás do irmão maior que tem uma câmera dedicada a isso.

Galaxy S10 padrão, review de 3 meses após o hype 11

Na hora dos vídeos, o S10+ consegue gravar em 4K a 60 fps na traseira e fazer gravações no padrão HDR 10+. Nos sensores frontais, a qualidade máxima é de 4K a 30 fps, o que também é uma boa melhoria.

A estabilização ótica nos sensores traseiros fazem um excelente trabalho. É a primeira vez que a Samsung coloca estabilização em duas lentes. Fora isso, ainda há como habilitar a estabilização eletrônica que melhora bastante. Por fim, os Galaxy S10 continuam tendo efeito de câmera lenta em Full HD a 240 fps, Super Slow Motion em HD a 960 fps e time-lapses muito competentes e estáveis.

Galaxy S10 – Software

Ele vem rodando de fábrica o Android 9 Pie, juntamente com a interface One UI. A interface da Samsung é a melhor do mercado atualmente, dentre as customizadas.

Agora os apps e menus de sistema contam com um modo noturno, que escurece toda a interface – é preto de verdade, não escala de cinza. Com as telas maiores, a Samsung resolveu reformular seus menus e aplicativos nativos para facilitar o alcance dos dedos, deixando os elementos puramente visuais no terço superior da tela e concentrando os interativos mais para baixo.

A assisten Bixby ainda não suporta português, então não tem como analisar. Pelo menos, agora é possível customizar o botão para usar outros aplicativos, até mesmo o Google Assistente, que já ensinamos como fazer.

Galaxy S10 – Hardware

Ele é potente e roda tudo, absolutamente tudo que existe hoje para Android. A versão padrão vem 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento. O chipset é o Exynos 9820. Aqui gerou polêmica pois nos EUA e China ele vem com o Snapdragon 855 da Qualcomm. Faz diferença? Não, não faz. Por mais que os famosos testes de benchmarks – que não fazem muito sentido no uso do dia a dia – falem que a diferença é grande, não há diferença na prática.

Galaxy S10 lateral

No áudio, o S10+ continua tendo alto-falantes estéreo, sendo um na frente e outro para baixo, ambos com volume forte e sem distorções perceptíveis. Os fones de ouvido intra-auriculares de ótima qualidade da AKG continuam inclusos na caixa, e com o plug P2 você pode usar qualquer outro acessório sonoro que preferir.

Samsung Galaxy S10 – Ficha técnica (versão brasileira):

Galaxy S10 – Bateria razoável

O S10 teve um upgrade de bateria em relação ao S9, de 3.000 mAh passou para 3.400. Mas na prática o uso continua o mesmo. Enquanto o S10+ é elogiado pela bateria de 4.100 mAh, o S10 padrão é apenas ok, nada de excepcional.

Quando digo ok, é que você conseguirá chegar ao fim do dia com bateria se for um usuário comum, mas um heavy user provavelmente irá precisar de uma bateria no meio da tarde.

Com o carregador padrão, o S10+ precisou de 1 hora e 20 minutos para ir de 0 a 100%, mas 45% do total foi preenchido na meia hora inicial.

Review Galaxy S10 – Prós e contras

Prós

Contras

Review Galaxy 10 – Vale a pena?

Antes da chegada do Huawei P30, a família S10 levava a alcunha de mais cara, agora não mais.  O Galaxy S10 padrão analisado, já é encontradao na faixa dos R$ 4.000. É caro? Sim, mas ter o melhor ainda não é possível para todos.

Além do P30 Pro, só há mais um smartphones que tenta concorrer com o Galaxy S10 que o Xiaomi Mi 9, que agora está sendo vendido oficialmente no Brasil.

 

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.