Cenário da Indústria de Semicondutores Sob Tarifas Elevadas

Aumento de tarifas de importação pelos EUA pode reduzir o mercado de semicondutores em 34% até 2026.
Atualizado há 6 horas
Cenário da Indústria de Semicondutores Sob Tarifas Elevadas
Aumento de tarifas dos EUA pode encolher mercado de semicondutores em 34% até 2026. (Imagem/Reprodução: Wccftech)
Resumo da notícia
    • O aumento das tarifas de importação dos EUA pode encolher o mercado global de semicondutores em um terço até 2026.
    • Isso pode afetar o custo de produtos eletrônicos para você, já que empresas podem repassar tarifas elevadas para consumidores.
    • A disputa tarifária entre EUA e China interfere diretamente em grandes e pequenas empresas que dependem de semicondutores.
    • Alternativas para mitigar riscos incluem diversificar cadeias de suprimentos e buscar novos mercados.
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As complexas cadeias de suprimentos, os custos que dependem de subsídios estatais e a importância estratégica dos semicondutores como insumos para diversos produtos colocam esses componentes no centro das tensões comerciais entre EUA e China. Uma nova análise da TechInsights aponta para impactos drásticos no mercado global de semicondores caso as altas taxas alfandegárias se tornem permanentes.

A pesquisa detalhada da TechInsights analisa a disputa tarifária entre os EUA e a China, revelando possíveis problemas para o setor de semicondores caso não haja uma redução nas tensões.

Para entender o contexto, o governo Trump diminuiu sua postura sobre tarifas de importação, implementando medidas para evitar a venda de títulos do tesouro dos EUA, incluindo uma taxa de importação global de 10% para todos os parceiros comerciais dos EUA, exceto a China, que continua sujeita a uma taxa punitiva de 145%.

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Além disso, o governo Trump suspendeu temporariamente as tarifas sobre importações de semicondores, eletrônicos e smartphones (incluindo iPhones da Apple) da China, que agora estão sujeitos a uma taxa de 20% relacionada ao Fentanil.

Há também relatos de que o governo estaria considerando isenções tarifárias para algumas montadoras, permitindo que elas realoquem suas cadeias de suprimentos do México e do Canadá. As importações de veículos e autopeças de países que não são a China permanecem sujeitas a uma taxa de 25%.

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Em resposta, a China estabeleceu uma tarifa geral de 125% sobre todas as importações dos EUA e proibiu a exportação de metais de terras raras para os EUA, enquanto elabora uma política para restringir o fornecimento ao exército americano e seus aliados.

Esses metais são utilizados em diversas indústrias, inclusive na produção de imãs para motores elétricos. Ao contrário do que se pensa, os EUA não podem simplesmente começar a refinar seus próprios recursos de terras raras, pois isso exige financiamento, energia, infraestrutura e parceiros de cadeia de suprimentos verticalmente integrados.

Considerando uma taxa tarifária global de 10%, a TechInsights estima que o mercado de semicondores atingirá US$ 844 bilhões em 2026, em comparação com US$ 777 bilhões este ano, representando um crescimento anual de 8,6%.

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No entanto, se a situação atual persistir, com EUA e China aplicando taxas acima de 100%, a TechInsights prevê que o mercado global de semicondores diminuirá 10%, para US$ 696 bilhões em 2025, e para US$ 557 bilhões em 2026, uma queda de cerca de 34% em relação ao cenário base de uma tarifa global de 10%, que projeta um mercado de US$ 844 bilhões em 2026. Essa situação elevaria a taxa média de Tarifas de importação dos EUA para 40%.

Em outro cenário, se as tarifas de importação dos EUA sobre a China ficarem entre 30% e 40%, e a taxa global subir para entre 20% e 40%, o mercado de semicondores valeria US$ 736 bilhões este ano e US$ 699 bilhões no próximo ano.

Impacto das tarifas de importação dos EUA no mercado de semicondores

A imposição de tarifas elevadas entre os Estados Unidos e a China tem o potencial de causar uma redução significativa no mercado global de semicondores. As projeções da TechInsights indicam que, se as tarifas permanecerem em torno de 40%, o mercado poderá encolher em um terço até 2026.

Essa diminuição teria um impacto direto nas empresas que dependem da fabricação e venda de semicondores, afetando desde gigantes da tecnologia até pequenas empresas de eletrônicos.

Além disso, a disputa comercial pode levar a um aumento nos preços dos produtos eletrônicos para os consumidores, já que as empresas podem repassar os custos adicionais das tarifas para os clientes. Isso poderia desacelerar o crescimento do setor de tecnologia e impactar a economia global.

Cenários alternativos e possíveis soluções

Diante das possíveis consequências negativas das altas tarifas, a TechInsights também analisou cenários alternativos. Uma das possibilidades seria uma redução nas tarifas de importação dos EUA sobre a China para algo entre 30% e 40%, com uma taxa global entre 20% e 40%. Nesse caso, o mercado de semicondores ainda sofreria um impacto, mas seria menos severo do que no cenário de tarifas elevadas.

Para as empresas do setor, é crucial monitorar de perto as negociações comerciais entre os EUA e a China e buscar alternativas para mitigar os riscos. Isso pode incluir a diversificação das cadeias de suprimentos, a busca por novos mercados e o investimento em tecnologia para reduzir a dependência de determinados componentes.

O que esperar do futuro do mercado de semicondores?

O futuro do mercado de semicondores é incerto e dependerá das decisões políticas e econômicas tomadas pelos governos dos EUA e da China. No entanto, é claro que as tarifas de importação têm um impacto significativo no setor, e as empresas precisam estar preparadas para enfrentar os desafios que surgirem.

Em um cenário de alta competitividade e rápida evolução tecnológica, a capacidade de adaptação e inovação será fundamental para o sucesso das empresas no mercado de semicondores. A diversificação das estratégias e a busca por soluções criativas serão essenciais para garantir a resiliência e o crescimento do setor.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.