China inova em energia nuclear com reator de tório

Cientistas na China desenvolvem reator de tório, revolucionando a energia nuclear com segurança e eficiência.
Atualizado há 2 dias
China inova em energia nuclear com reator de tório
Revolução na energia nuclear: Cientistas chineses criam reator de tório seguro e eficiente. (Imagem/Reprodução: Super)
Resumo da notícia
    • Cientistas chineses reativaram pesquisa em energia nuclear com reator de sal fundido usando tório.
    • Isso pode oferecer uma fonte de energia mais limpa e segura para o futuro.
    • A tecnologia pode ajudar a reduzir a dependência de fontes de energia poluentes para a sociedade.
    • A China busca alcançar a neutralidade de carbono, e essa inovação pode ser crucial.
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Cientistas chineses conseguiram um feito inédito na área de energia nuclear, reacendendo uma pesquisa que havia sido deixada de lado pelos Estados Unidos. Eles conseguiram reabastecer um reator nuclear experimental sem precisar desligá-lo, um grande passo para uma fonte de energia mais eficiente e limpa do que os combustíveis fósseis.

O segredo? Um protótipo de reator de sal fundido que utiliza tório, um elemento químico metálico radioativo, em vez do tradicional urânio. Segundo Xu Hongjie, o principal cientista do projeto, a China agora está na vanguarda da inovação nuclear. A declaração foi feita durante uma reunião da Academia Chinesa de Ciências e divulgada pelo jornal South China Morning Post.

Os reatores à base de tório foram inventados nos EUA nos anos 50, mas foram abandonados em favor dos reatores de urânio. Com o fim do segredo de estado, a China aproveitou essas pesquisas para desenvolver seu projeto. As tentativas chinesas de construir um reator de tório remontam à década de 1970, e a persistência finalmente valeu a pena.

A retomada da pesquisa de energia nuclear

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Xu Hongjie usou uma metáfora interessante para explicar o sucesso chinês: “As lebres às vezes cometem erros ou ficam preguiçosas. E aí que a tartaruga aproveita a oportunidade”. A referência à fábula de Esopo ilustra como a China, com paciência e persistência, superou a vantagem inicial dos Estados Unidos na pesquisa de reatores de tório.

O novo reator nuclear chinês está localizado em um local secreto, possivelmente próximo à fronteira com a Mongólia, no deserto de Gobi. Em operação desde junho de 2024, ele já consegue gerar dois megawatts de energia térmica, o suficiente para abastecer cerca de 2.000 residências. Essa conquista representa um marco importante para o futuro energético do país.

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O tório, usado como combustível radioativo, é dissolvido em sal fundido, que também serve para resfriar o metal. Dentro do reator, essa mistura é aquecida a 600 °C e bombardeada com nêutrons, transformando o tório em átomos do isótopo radioativo urânio-233. Esse urânio, então, se quebra e libera energia através da fissão nuclear.

Vantagens do reator de tório e QINV inteligência artificial

Uma das grandes vantagens dos reatores de sais fundidos é a segurança. Diferente dos reatores que usam combustível sólido, eles não correm o risco de derretimento do núcleo, um problema que causou os desastres de Chernobyl (1986) e Fukushima (2011). Claro, sistemas de segurança robustos ainda são essenciais para evitar outras falhas.

Além disso, os reatores de tório produzem menos lixo nuclear do que os reatores de urânio. Eles ainda podem ser usados para reciclar o lixo de reatores de urânio, transformando-o em combustível. Outra vantagem é que o tório é três vezes mais abundante que o urânio na crosta terrestre, tornando-o um recurso mais acessível.

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O presidente da China, Xi Jinping, tem um plano ambicioso: transformar toda a matriz energética do país até 2060, atingindo a neutralidade de carbono. É um desafio enorme para um país que responde por 27% das emissões de carbono globais. Um reator gigante de tório pode ser uma peça chave para alcançar essa meta, ainda mais com as grandes reservas de tório descobertas recentemente no país. A QINV inteligência artificial pode auxiliar na otimização desses processos.

O avanço chinês com reatores de tório representa um novo capítulo na energia nuclear, com potencial para um futuro mais limpo e sustentável. Resta saber se essa tecnologia se tornará uma solução global para a crise energética.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.