O jornal The Wall Street relatou que a China está procurando iniciar uma iniciativa de padrões globais focada na segurança de dados para conter as tentativas dos EUA de fazer seus aliados manterem a tecnologia chinesa fora de suas redes. O relatório afirma que o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, anunciará os planos em Pequim na terça-feira. É mais um capítulo da atual “Guerra fria cibernética” que as nações travam.
Os planos de Pequim foram passados de diplomatas chineses para seus homólogos estrangeiros, e depois foram compartilhados com o WSJ. De acordo com o veículo, os planos preveem a formulação de regras e normas globais sobre segurança de dados que reflitam as aspirações e interesses da maioria dos países.
Os países que concordam com a China na proposta ‘Iniciativa Global sobre Segurança de Dados’ seriam solicitados a lidar com a segurança de dados de uma “maneira abrangente, objetiva e baseada em evidências”. O projeto também declara que deve ser mantida uma cadeia de suprimentos aberta, segura e estável para informações, tecnologias de comunicação e serviços.]
Além disso, o projeto pede aos governos que respeitem a soberania cibernética de outros países, permitindo-lhes controle total sobre sua parte da Internet. Além disso, diz que todos os países devem se opor à vigilância em massa contra outros estados e que as empresas de tecnologia não devem instalar backdoors em seus produtos e serviços.
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A China já começou a entrar em contato com governos em todo o mundo para ver se eles estão interessados no programa, mas não está claro quanto apoio internacional recebeu.
Desde que os EUA anunciaram o programa de rede limpa (Clean Network), mais de 30 países e territórios se inscreveram. O programa Clean Network proibiria empresas de telecomunicações chinesas, aplicativos, provedores de nuvem e cabos submarinos da infraestrutura de Internet usada pelos EUA e outros países.
Com a China e os EUA aparentemente construindo coalizões cibernéticas, podemos ver o desenvolvimento de uma guerra fria cibernética com pessoas ao redor do mundo usando efetivamente duas redes diferentes.