Cientistas de Princeton desenvolvem tecnologia de energia inesgotável

Energia inesgotável é o foco da nova tecnologia desenvolvida por cientistas de Princeton, prometendo uma alternativa sustentável às fontes de energia poluentes.
Atualizado há 3 meses
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Recentemente, cientistas do Laboratório de Física de Plasma de Princeton, nos Estados Unidos, deram um passo significativo em direção à criação de uma energia inesgotável. Eles desenvolveram o primeiro quadrante de um ímã superpoderoso para o reator de fusão nuclear National Spherical Torus Experiment-Upgrade (NSTX-U). Este avanço é considerado um marco na busca por uma fonte de energia limpa e sustentável, que pode substituir o petróleo e outras fontes poluentes.

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O que é o ‘Santo Graal da energia limpa’?

O reator de fusão nuclear, frequentemente chamado de “Santo Graal da energia limpa”, promete fornecer energia renovável e praticamente ilimitada. Diferente dos reatores nucleares tradicionais, que utilizam a fissão nuclear, o NSTX-U busca replicar a fusão nuclear, o mesmo processo que ocorre no sol. Essa tecnologia tem o potencial de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os efeitos do aquecimento global.

Avanços no projeto NSTX-U

O mais recente progresso no projeto envolve a criação de dois ímãs de alta corrente, que formam o feixe de bobina de aquecimento ôhmico de campo toroidal (TF-OH). Esses ímãs são essenciais para o funcionamento do reator, funcionando como o núcleo de um experimento que pode revolucionar a forma como geramos energia.

Impacto da fusão nuclear no futuro energético

Se a fusão nuclear for bem-sucedida, ela poderá transformar o cenário energético global, eliminando a necessidade de combustíveis fósseis e, consequentemente, levando ao fim do petróleo. Essa mudança não apenas reduziria a dependência de recursos não renováveis, mas também teria um impacto positivo na luta contra as mudanças climáticas.

Desafios a serem superados

Apesar dos avanços, o sonho de uma fonte de energia inesgotável ainda enfrenta desafios técnicos. A construção de um reator comercial totalmente funcional requer investimentos significativos, além de inovações em materiais e infraestrutura. Colaborações internacionais também são fundamentais para o sucesso desse projeto.

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O diretor do laboratório, Steve Cowley, destacou que a conclusão do primeiro quadrante do ímã superpoderoso é uma conquista importante, reafirmando o compromisso da equipe em construir um futuro energético sustentável.

Como funciona o reator de fusão?

O reator de fusão nuclear imita o processo natural do sol, onde átomos de hidrogênio se fundem, liberando grandes quantidades de energia. Ao contrário da fissão, que gera resíduos radioativos, a fusão utiliza átomos leves e produz resíduos mínimos, com baixo impacto ambiental. Para que a fusão ocorra, são necessárias condições extremas de temperatura e pressão, que são alcançadas com tecnologias avançadas, como os ímãs desenvolvidos pelo Laboratório de Princeton.

Com o avanço do projeto NSTX-U, a humanidade se aproxima de uma revolução energética que pode redefinir o papel da ciência na mitigação dos impactos das mudanças climáticas e, potencialmente, levar ao fim do petróleo.

Via Click Petróleo e Gás

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.