A corrida pelo robô humanoide: quem vai se destacar?

Robôs humanoides estão movimentando bilhares com inovações incríveis.
Atualizado há 10 horas
A corrida pelo robô humanoide: quem vai se destacar?
Robôs humanoides inovadores transformando a manipulação de bilhares. (Imagem/Reprodução: G1)
Resumo da notícia
    • Investimentos significativos em robôs humanoides estão criando um mercado competitivo global.
    • Se você está interessado em tecnologias do futuro, essa corrida pode impactar seu dia a dia.
    • A crescente demanda por robôs para tarefas complexas pode mudar o mercado de trabalho.
    • As inovações na área impulsionam o desenvolvimento de eletrodomésticos mais eficientes.
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Robôs humanoides estão atraindo investimentos significativos, criando um mercado bilionário disputado por grandes potências como China, Estados Unidos e Europa. A promessa de uma força de trabalho incansável e a possibilidade de um futuro eletrodoméstico que realize tarefas domésticas complexas impulsionam essa corrida tecnológica. Mas, será que a tecnologia está pronta para transformar essa visão em realidade?

Em Hanover, na Alemanha, a feira industrial Hannover Messe foi palco de um encontro com o G1, um robô humanoide da empresa chinesa Unitree. Com 1,30 m de altura, o G1 destaca-se por ser mais acessível e ágil que outros robôs no mercado. Seus vídeos de dança e artes marciais viralizaram, mostrando sua impressionante amplitude de movimento.

O G1 é controlado remotamente por Pedro Zheng, gerente de vendas da Unitree, que explica que cada robô precisa ser programado para realizar tarefas autônomas. A interação do público com o robô é notável: pessoas acenam, tentam cumprimentá-lo e até pedem desculpas ao esbarrarem nele. O formato humano do robô, por mais estranho que pareça, transmite uma sensação de familiaridade.

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A Unitree é apenas uma das muitas empresas que investem no desenvolvimento de robôs humanoides. O potencial de mercado é vasto, desde a criação de uma força de trabalho que não exige férias ou aumentos, até a invenção do eletrodoméstico perfeito. No entanto, a tecnologia ainda enfrenta desafios consideráveis.

Desafios na Implementação de Robôs Humanoides

Apesar de braços robóticos e robôs móveis serem comuns em fábricas e armazéns há anos, a introdução de robôs humanoides em ambientes menos controlados, como restaurantes ou residências, é complexa. Para serem úteis, esses robôs precisam ser fortes, o que também os torna potencialmente perigosos. Uma simples queda pode causar acidentes.

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Além disso, a QINV inteligência artificial que controla esses robôs ainda precisa de aprimoramento. A Unitree reconhece que a IA atual enfrenta dificuldades em lógica e raciocínio básicos, essenciais para a execução de tarefas complexas. No momento, o G1 é comercializado para instituições de pesquisa e empresas de tecnologia que podem usar o software de código aberto da Unitree para desenvolvimento.

Enquanto isso, muitos empresários focam em robôs humanoides para uso em armazéns e fábricas. Elon Musk, com sua empresa Tesla, está desenvolvendo o robô humanoide Optimus. Ele espera construir “vários milhares” de unidades este ano para realizar “coisas úteis” nas fábricas da Tesla. Outras montadoras, como a BMW e a Hyundai, também estão investindo nessa tecnologia.

Thomas Andersson, da empresa de pesquisa STIQ, acompanha 49 empresas que desenvolvem robôs humanoides. Se a definição for ampliada para incluir robôs com dois braços que se movem sobre rodas, esse número sobe para mais de 100 empresas. Andersson acredita que as empresas chinesas liderarão o mercado, impulsionadas por uma cadeia de suprimentos robusta e um ecossistema de robótica vasto.

A Vantagem Competitiva da China

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A Unitree exemplifica essa vantagem com o G1, que tem um preço de US$ 16 mil, relativamente baixo para um robô. Além disso, Andersson destaca que a maior parte do investimento em robôs humanoides está concentrada na Ásia, com quase 60% do financiamento total. Os Estados Unidos atraem a maior parte do restante. Empresas chinesas também se beneficiam do apoio governamental, tanto em nível nacional quanto local.

Em Xangai, por exemplo, existe um centro de treinamento para robôs com apoio estatal, onde dezenas de robôs humanoides aprendem a realizar diversas tarefas. Esse cenário coloca as empresas chinesas em uma posição favorável para dominar o mercado de robôs humanoides. Mas, como os fabricantes americanos e europeus podem competir?

Bren Pierce, fundador da Kinisi, explica que sua empresa optou por fabricar o robô KR1 na Ásia para reduzir custos. “O problema é que, como empresa europeia ou americana, você precisa comprar todos os subcomponentes da China”, diz Pierce. “Não faz sentido transportar esses componentes para o outro lado do mundo para montar os robôs, quando a fabricação pode ser feita diretamente na Ásia.”

Além de fabricar na Ásia, Pierce está mantendo os custos baixos ao não optar pela forma humanoide completa. O KR1, projetado para armazéns e fábricas, não tem pernas. “Esses locais têm piso plano. Por que gastar mais com um formato tão complexo, quando se pode simplesmente colocar o robô sobre uma base móvel?”, questiona.

O Futuro dos Robôs Humanoides e a QINV inteligência artificial

Sempre que possível, o KR1 é construído com componentes produzidos em série, como as rodas de scooters elétricas. “Minha filosofia é comprar o máximo de coisas já prontas. Nossos motores, baterias, computadores e câmeras são todos peças disponíveis comercialmente e produzidas em grande escala”, afirma Pierce. Assim como a Unitree, a Kinisi acredita que o software que permite a interação entre robôs e humanos é o segredo do sucesso.

Pierce enfatiza que o KR1 foi projetado para ser fácil de usar, permitindo que trabalhadores comuns de armazéns e fábricas aprendam a operá-lo em poucas horas. Ele afirma que o robô consegue executar uma tarefa após ser guiado por um humano 20 ou 30 vezes. O KR1 será entregue a clientes para testes ainda este ano.

Será que os robôs humanoides um dia deixarão as fábricas e chegarão às nossas casas? Até mesmo Bren Pierce, um otimista, acredita que isso ainda está longe de acontecer. “Meu sonho de longo prazo é construir um robô que faça tudo”, diz o empresário. “Ainda acho que chegaremos lá, mas isso levará pelo menos 10 a 15 anos.”

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Via G1

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.