▲
- Demis Hassabis, CEO da DeepMind e ganhador do Nobel, foi entrevistado no programa 60 Minutes, discutindo os avanços da IA e o futuro da tecnologia.
- Você pode entender como a IA está evoluindo e como isso pode impactar sua vida cotidiana e a sociedade.
- Os avanços da DeepMind podem acelerar o desenvolvimento de medicamentos e transformar setores como saúde e robótica.
- Hassabis também destacou preocupações éticas e a necessidade de regulamentação para garantir o uso seguro da IA.
O CEO da DeepMind, Demis Hassabis, que também é ganhador do Prêmio Nobel, foi destaque no programa 60 Minutes da CBS, oferecendo uma visão interna sobre os avanços da DeepMind e suas ambições no campo da inteligência artificial. A entrevista abordou desde o rápido progresso da empresa até a visão de Hassabis sobre a criação de uma inteligência artificial geral (AGI).
O segmento explorou o futuro da IA e os possíveis impactos na sociedade. Hassabis compartilhou suas perspectivas sobre a trajetória da IA e os desafios a serem superados.
A Trajetória da IA Segundo o CEO da DeepMind
Hassabis descreveu a trajetória atual da IA como uma “curva exponencial de melhoria”, impulsionada pelo crescente interesse, talento e recursos investidos na área. Ele mencionou que, apenas dois anos após sua primeira entrevista no 60 Minutes, que anunciou a era dos chatbots, a DeepMind já está trabalhando em sistemas mais avançados. Esses sistemas não apenas entendem a linguagem, mas também o mundo físico ao seu redor.
A entrevista veio após a conferência Google Cloud Next 2025, onde a Google apresentou novos modelos e funcionalidades de IA, centrados na família de modelos multimodais Gemini 2.5. Após essa conferência, a Google parece ter assumido a liderança no fornecimento de IA para empresas, oferecendo soluções poderosas a preços mais acessíveis que a OpenAI.
O Projeto Astra da DeepMind
Um dos pontos centrais do segmento foi o Project Astra, o chatbot de próxima geração da DeepMind, que vai além do texto e interpreta o mundo visual em tempo real. Em uma demonstração, o Astra identificou pinturas, inferiu estados emocionais e criou uma história em torno de uma pintura de Hopper, com a frase: “Apenas o fluxo de ideias seguindo em frente”.
Leia também:
Quando perguntado se estava ficando entediado, o Astra respondeu de forma ponderada, mostrando sensibilidade ao tom e nuances interpessoais. Bibbo Shu, gerente de produto, destacou o design exclusivo do Astra, um sistema de IA que pode “ver, ouvir e conversar sobre qualquer coisa”, representando um grande passo em direção a sistemas de IA incorporados.
Gemini: Rumo a uma IA Acionável
O programa também apresentou o Gemini, o sistema de IA da DeepMind que está sendo treinado não só para interpretar o mundo, mas também para agir nele, completando tarefas como reservar ingressos e fazer compras online. Hassabis afirmou que o Gemini é um passo em direção à AGI, uma IA com a capacidade humana de navegar e operar em ambientes complexos.
A equipe do 60 Minutes testou um protótipo incorporado em óculos, demonstrando reconhecimento visual e respostas de áudio em tempo real. Será que isso pode ser um indício do retorno dos óculos de realidade aumentada da Google, o Google Glass, que foi lançado em 2012 e descontinuado em 2015?
Embora versões específicas do modelo Gemini, como o Gemini 2.5 Pro ou Flash, não tenham sido mencionadas no segmento, o ecossistema de IA da Google recentemente introduziu esses modelos para uso empresarial, refletindo possíveis esforços de desenvolvimento paralelos. Essas integrações reforçam as ambições da Google em IA aplicada, embora estejam fora do escopo do que foi abordado na entrevista.
O Futuro da Inteligência Artificial Geral (AGI)
Questionado sobre um cronograma, Hassabis projetou que a AGI pode chegar já em 2030, com sistemas que entendem seus ambientes “de maneiras muito sutis e profundas”. Ele sugeriu que esses sistemas podem ser integrados à vida cotidiana, desde dispositivos wearables até assistentes domésticos.
A entrevista também abordou a possibilidade de autoconsciência em IA. Hassabis disse que os sistemas atuais não são conscientes, mas que modelos futuros podem exibir sinais de autocompreensão. No entanto, ele enfatizou a divisão filosófica e biológica: mesmo que as máquinas imitem o comportamento consciente, elas não são feitas da mesma “matéria de carbono macia” que os humanos.
Hassabis também previu grandes avanços na robótica, com possíveis descobertas nos próximos anos. O segmento mostrou robôs completando tarefas com instruções vagas, como identificar um bloco verde formado pela mistura de amarelo e azul, sugerindo o aumento das capacidades de raciocínio em sistemas físicos.
Realizações e preocupações com a segurança da IA
O segmento revisou a conquista da DeepMind com o AlphaFold, o modelo de IA que previu a estrutura de mais de 200 milhões de proteínas. Hassabis e seu colega John Jumper receberam o Prêmio Nobel de Química de 2024 por este trabalho. Hassabis enfatizou que esse avanço pode acelerar o desenvolvimento de medicamentos, potencialmente reduzindo os prazos de uma década para apenas semanas. “Acho que um dia talvez possamos curar todas as doenças com a ajuda da IA”, disse ele.
Apesar do otimismo, Hassabis expressou preocupações claras, citando dois grandes riscos: o uso indevido da IA por atores mal-intencionados e a crescente autonomia dos sistemas além do controle humano. Ele enfatizou a importância de construir proteções e sistemas de valores, ensinando a IA como se ensina uma criança. Ele também pediu cooperação internacional, observando que a influência da IA atingirá todos os países e culturas.
“Uma das minhas grandes preocupações”, disse ele, “é que a corrida pelo domínio da IA possa se tornar uma corrida para o fundo da segurança”. Ele destacou a necessidade de que os principais atores e estados-nação coordenem o desenvolvimento ético e a supervisão.
O segmento terminou com uma reflexão sobre o futuro: um mundo onde as ferramentas de IA poderiam transformar quase todos os esforços humanos e, eventualmente, remodelar como pensamos sobre conhecimento, consciência e até mesmo o sentido da vida. Como Hassabis colocou, “Precisamos de novos grandes filósofos para surgir… para entender as implicações deste sistema”.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via VentureBeat