Desafios de quem recusa a Inteligência Artificial

Entenda a resistência à Inteligência Artificial em diversas áreas.
Atualizado há 15 horas
Desafios de quem recusa a Inteligência Artificial
Explorando as barreiras à adoção da Inteligência Artificial em diferentes setores. (Imagem/Reprodução: Bbc)
Resumo da notícia
    • Sabine Zetteler, uma comunicadora, critica o uso de IA no conteúdo.
    • Se você se preocupa com autenticidade, essa discussão é relevante para você.
    • A resistência à IA pode impactar a forma como as empresas adotam novas tecnologias.
    • O debate sobre a IA também levanta questões ambientais e sociais que podem afetar a sociedade.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sabine Zetteler, dona de uma agência de comunicação em Londres, não vê valor no uso de IA para criar conteúdo. “Li uma frase recentemente que dizia algo como ‘por que eu me daria ao trabalho de ler algo que alguém não se deu ao trabalho de escrever?'”, comenta. Para ela, a autenticidade humana é insubstituível.

Com 10 funcionários em sua equipe, Zetteler questiona a lógica por trás da automação criativa. “Qual é o sentido de enviar algo que não escrevemos, ler um jornal feito por bots ou ouvir música gerada por IA?”, reflete. Ela faz parte de um grupo que resiste à popularização de ferramentas como o ChatGPT, lançado no final de 2022.

O custo ambiental da inteligência artificial

Além das preocupações criativas, o impacto ambiental da IA preocupa profissionais como Florence Achery, dona da Yoga Retreats & More. “Descobri que o impacto ambiental é terrível, com todo o consumo de energia necessário para operar os data centers”, explica. Um relatório da Goldman Sachs estima que uma consulta ao ChatGPT consome quase 10 vezes mais energia que uma busca no Google.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Zetteler reconhece benefícios pontuais da tecnologia, como auxílio para pessoas com deficiência visual, mas mantém ceticismo sobre seus efeitos a longo prazo na sociedade. “Já minhas margens de lucro parecem insuficientes se medidas apenas financeiramente, mas e se medirmos pelo impacto social?”, questiona.

A pressão para adotar IA no mercado de trabalho

Enquanto alguns resistem por princípio, outros cedem à pressão do mercado. Jackie Adams (nome fictício), do setor de marketing digital, inicialmente evitou a IA por questões ambientais e por considerá-la “preguiçosa”. Porém, quando colegas adotaram ferramentas como IA para geração de textos, ela se viu obrigada a seguir o exemplo para não ficar para trás.

Leia também:

James Brusseau, professor de filosofia especializado em ética da IA, afirma que o momento de optar por não usar a tecnologia já passou. “Teremos juízes humanos para casos criminais e médicos para decisões sobre transplantes, mas áreas como previsão do tempo e anestesiologia em breve serão dominadas pela IA”, prevê.

Mesmo quem adotou a tecnologia relata desconforto com sua onipresença. “Até em buscas no Google aparecem resumos de IA”, observa Adams. “Como desligar tudo isso? É uma bola de neve.” Enquanto isso, estudos como o que aponta que a IA pode aumentar o PIB brasileiro em 13% até 2035 mostram o potencial econômico da tecnologia.

O debate sobre IA vai além da produtividade, tocando em questões como sua aplicação em diversos setores e o que significa ser humano em uma era de automação crescente. Como observa Zetteler: “Onde está a alegria, o amor ou a aspiração de melhorar nisso tudo?”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via BBC

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.