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- Um documento judicial revelou que 1.223 pessoas em 51 países foram monitoradas pelo spyware Pegasus via WhatsApp em 2019.
- Você pode estar vulnerável a ataques similares se não proteger seu dispositivo contra spyware.
- A exposição desses dados reforça a necessidade de maior segurança digital e privacidade para usuários.
- O caso também destaca a importância de regulamentações mais rígidas para ferramentas de vigilância cibernética.
Um documento judicial revelado recentemente trouxe números exatos sobre o ataque do spyware Pegasus a usuários do WhatsApp em 2019. No total, 1.223 pessoas em 51 países tiveram seus dispositivos monitorados. A ação explorou uma vulnerabilidade no aplicativo de mensagens para instalar o software espião silenciosamente, conforme detalhes do processo movido pela Meta contra a NSO Group, desenvolvedora do Pegasus.
Originalmente, a Meta havia estimado que cerca de 1.400 usuários tinham sido afetados. O documento atualizado confirma um número ligeiramente menor, mas ainda significativo. A espionagem ocorreu durante um período curto, concentrado entre abril e maio de 2019. O perfil dos alvos incluía advogados, ativistas de direitos humanos, jornalistas e figuras políticas, indicando um uso direcionado da ferramenta.
Segundo a ação judicial, a operação foi conduzida por agências e órgãos governamentais que contrataram os serviços da empresa israelense NSO Group. É importante notar que spyware, como o Pegasus, é um tipo de software malicioso projetado para coletar informações do dispositivo de um usuário sem o consentimento explícito.
O Pegasus, em particular, é capaz de realizar uma vigilância extensa. Uma vez instalado, ele pode interceptar mensagens de texto e áudio, rastrear a localização do aparelho via GPS, acessar a câmera e o microfone para gravar secretamente, monitorar chamadas telefônicas e coletar outros dados armazenados no celular.
Países com Vítimas da Espionagem via Pegasus no WhatsApp
O documento detalha a distribuição geográfica das vítimas do ataque ao WhatsApp em 2019. O México lidera a lista com 456 indivíduos monitorados pelo spyware Pegasus. Outros países com números expressivos incluem:
Leia também:
- Índia: 100 vítimas
- Bahrein: 82 vítimas
- Marrocos: 69 vítimas
- Paquistão: 58 vítimas
- Indonésia: 54 vítimas
- Israel: 51 vítimas
- Uzbequistão: 48 vítimas
- Argélia: 38 vítimas
- Chipre: 31 vítimas
A lista abrange um total de 51 países, incluindo nações como Espanha (21), Holanda (11), Síria (11), Líbano (9), Hungria (8), França (7), Emirados Árabes Unidos (6), Reino Unido (2) e Catar (2). Até mesmo nos Estados Unidos e no Egito, foi confirmado um alvo em cada país.
É fundamental entender, como ressaltado pela publicação TechCrunch, que a presença de um país na lista não implica necessariamente que o governo local utilizou o Pegasus. Autoridades de um país podem ter usado a ferramenta para espionar indivíduos localizados em outros territórios. Um exemplo citado é o da Síria, onde cidadãos foram alvos apesar de sanções impedirem a NSO Group de vender sua tecnologia diretamente ao governo sírio.
Lucros Gerados pelo Ataque
A exploração da falha no WhatsApp gerou receitas consideráveis para a NSO Group. Entre o segundo trimestre de 2018 e o segundo trimestre de 2020, a empresa faturou mais de US$ 61 milhões (aproximadamente R$ 369 milhões na cotação da época) com o spyware Pegasus utilizado nesse contexto. O lucro estimado nesse período variou entre US$ 21 milhões e US$ 40 milhões (de R$ 127 milhões a R$ 242 milhões).
Focando apenas no ano de 2019, a receita atingiu US$ 31,06 milhões (R$ 188,2 milhões). Esse foi o pico de faturamento no período analisado, mesmo com a NSO Group tendo suspendido o fornecimento do programa para 10 clientes após denúncias de abuso da ferramenta. O custo de uma licença anual do Pegasus podia chegar a US$ 6,8 milhões (R$ 41,2 milhões).
Desfecho Judicial Parcial
A batalha legal entre a Meta (WhatsApp) e a NSO Group teve um desenvolvimento importante. Em dezembro do ano anterior à publicação original da notícia, um juiz federal nos Estados Unidos deu ganho de causa ao WhatsApp. A decisão afirmou que a NSO Group violou leis americanas ao explorar a vulnerabilidade do mensageiro para infectar os celulares das vítimas.
Apesar da vitória do WhatsApp no processo, o valor exato da indenização que a NSO Group deverá pagar ainda não foi definido e anunciado publicamente. Este caso continua sendo um marco importante nas discussões sobre segurança digital, privacidade e a regulamentação do mercado global de ferramentas de vigilância cibernética.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.