Com os EUA banindo Huawei de terceirizar chips de qualquer empresa que depende de tecnologia americana, a chinesa não tem para onde correr. A proibição excluiu efetivamente a Huawei da cadeia de suprimentos global e a deixou com opções limitadas sobre como prosseguir. A empresa vinha estocando componentes-chave há meses, antecipando-se a essa proibição e, embora tenha conseguido estocar chips suficientes para seus negócios corporativos, não são suficientes para seus negócios de smartphones.
Todos os fornecedores globais pararam de fornecer chips à Huawei com a entrada em vigor das restrições comerciais dos EUA. A empresa agora está avaliando o impacto da proibição sobre seus suprimentos e como proceder. O presidente rotativo da Huawei, Guo Ping, revelou no Huawei Connect 2020 que tem estoque suficiente de chips para seus negócios corporativos, mas “ainda está procurando maneiras de resolver os problemas de chipset para smartphones, já que a Huawei consome centenas de milhões de chipsets de smartphones todos os anos.”
Ping também observou que a Huawei está pronta para usar chips da Qualcomm em seus dispositivos, desde que esta consiga obter do governo dos Estados Unidos a licença necessária para a qual já solicitou. A Qualcomm já fornece chips Huawei há mais de uma década. Relatórios da Reuters dizem que a Intel já recebeu licenças para fornecer à Huawei chips selecionados. A chinesa SMIC também solicitou uma licença para produzir chips para a Huawei.
Ping espera que o governo dos EUA reconsidere sua política e permita que a Huawei volte a comprar produtos de empresas americanas.
Fonte: South China Morning Post