Do hype à prática: por que empresas devem priorizar a adequação em agentes de IA

Entenda por que empresas devem focar na adequação de agentes de IA, evitando o hype e priorizando soluções práticas e eficientes.
Atualizado há 1 dia
Do hype à prática: por que empresas devem priorizar a adequação em agentes de IA
Priorize soluções práticas em IA e evite o hype para garantir eficiência empresarial. (Imagem/Reprodução: Venturebeat)
Resumo da notícia
    • Agentes de IA estão transformando a forma como as empresas operam, mas a escolha certa vai além do hype.
    • Você pode otimizar processos e aumentar a eficiência ao adotar agentes de IA adequados às suas necessidades.
    • Empresas que priorizam a adequação superam aquelas que focam apenas em automação sem valor agregado.
    • O framework SPAR (sentir, planejar, agir, refletir) oferece uma abordagem intuitiva para implementação eficaz.
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À medida que entramos na era da transformação autônoma, os Agentes de IA estão revolucionando a forma como as empresas operam e geram valor. Com inúmeras opções de fornecedores, é crucial entender o verdadeiro potencial desses sistemas e como utilizá-los de forma eficaz. A escolha certa vai além de uma lista de tarefas automatizadas e testes de desempenho. Assim como um jato não é adequado para ir ao supermercado, a adequação é fundamental.

Cada organização gera valor para seus clientes, parceiros e colaboradores, representando uma fração do valor total que poderiam criar. Quando os funcionários terminam o dia com listas intermináveis de tarefas pendentes, incluindo aquelas que poderiam ter gerado valor, ocorre um desequilíbrio. Para começar a implementar Agentes de IA, o ideal é analisar o trabalho já realizado e o valor gerado, facilitando a identificação de oportunidades para otimizar processos e aumentar a eficiência.

É válido iniciar a transformação dessa forma, mas muitas empresas falham ao considerar apenas a aplicação da IA ao valor já existente. Essa abordagem restringe o foco e os investimentos, deixando de lado grande parte do valor que poderia ser explorado. Humanos e máquinas possuem habilidades distintas, e as organizações que reinventarem o trabalho em colaboração com seus parceiros de negócios, tecnologia e indústria superarão aquelas que buscam apenas automatizar processos sem aumentar o valor total entregue.

O framework SPAR para Agentes de IA

Para explicar o funcionamento dos Agentes de IA, foi criado o framework SPAR (do inglês, Sense, Plan, Act, Reflect), que significa: sentir, planejar, agir e refletir. Esse modelo espelha a forma como os humanos alcançam seus objetivos, oferecendo uma maneira intuitiva de entender como os Agentes de IA operam.

  • Sentir: Assim como usamos nossos sentidos para obter informações sobre o mundo, os Agentes de IA coletam dados de seu ambiente, rastreando gatilhos, reunindo informações relevantes e monitorando o contexto operacional.
  • Planejar: Após coletar informações, o agente não inicia a execução imediatamente. Assim como os humanos avaliam suas opções antes de agir, os Agentes de IA processam os dados disponíveis, considerando seus objetivos e regras, para tomar decisões informadas.
  • Agir: A capacidade de realizar ações concretas diferencia os Agentes de IA de sistemas analíticos simples. Eles coordenam diversas ferramentas e sistemas para executar tarefas, monitorando suas ações em tempo real e fazendo ajustes para manter o curso.
  • Refletir: A capacidade de aprender com a experiência é uma das mais sofisticadas. Agentes de IA avançados avaliam seu desempenho, analisam resultados e refinam suas abordagens com base no que funciona melhor, criando um ciclo contínuo de melhoria.

A força dos Agentes de IA reside na integração dessas quatro capacidades em um ciclo contínuo, criando um sistema capaz de perseguir objetivos complexos com crescente sofisticação. Essa capacidade exploratória contrasta com processos já otimizados por meio da transformação digital, cuja reinvenção pode gerar ganhos marginais a curto prazo. Explorar novos métodos de criação de valor e mercados pode impulsionar um crescimento exponencial.

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Estratégias para otimizar o uso de Agentes de IA

A maioria dos líderes de tecnologia, consultores e empresários adota uma abordagem tradicional ao introduzir a IA, resultando em uma taxa de falha de 87%. Essa abordagem geralmente envolve:

  1. Criar uma lista de problemas; ou
  2. Analisar os dados disponíveis;
  3. Selecionar casos de uso potenciais;
  4. Analisar o retorno sobre o investimento (ROI), a viabilidade, o custo e o cronograma dos casos de uso;
  5. Escolher um subconjunto de casos de uso e investir na execução.

Embora essa abordagem possa parecer lógica por ser considerada a melhor prática, os dados mostram que ela não está funcionando. É hora de experimentar uma nova estratégia:

  1. Mapeie todo o potencial de criação de valor que sua organização poderia oferecer a clientes e parceiros, considerando suas competências e as condições regulatórias e geopolíticas do mercado.
  2. Avalie a criação de valor atual da sua organização.
  3. Selecione as cinco principais oportunidades de criação de valor que impulsionarão o mercado.
  4. Analise o ROI, a viabilidade, o custo e o cronograma para desenvolver soluções de Agentes de IA (repita os passos 3 e 4 conforme necessário).
  5. Invista na execução de um subconjunto de casos de valor.

A jornada para a era da transformação autônoma, com sistemas autônomos criando valor continuamente, não é uma corrida, mas sim uma progressão estratégica, construindo capacidade organizacional em paralelo com o avanço tecnológico. Ao identificar o valor desde o início e aumentar as ambições de forma metódica, sua organização estará preparada para prosperar na era dos Agentes de IA.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via VentureBeat

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.