Intel mantém legado de Pat Gelsinger com linha Panther Lake e chip 18A

As recentes revelações da Intel sobre a linha de processadores móveis Panther Lake e o processo de fabricação 18A mostram a continuidade de uma visão que começou sob a liderança do ex-CEO Pat Gelsinger. Esses desenvolvimentos apontam para os alicerces estabelecidos durante sua gestão, marcando os próximos passos da empresa no setor de semicondutores. É uma fase importante para a companhia, que busca consolidar sua posição no mercado.

A Visão por Trás do Intel Panther Lake e o Processo 18A

As comunicações recentes da Intel trouxeram um otimismo considerável sobre o futuro da empresa, principalmente para sua divisão de fundição. As bases para os produtos mais recentes, como a linha Panther Lake e o processo de fabricação 18A, foram firmemente estabelecidas pelo ex-CEO Pat Gelsinger. Estes projetos representam a concretização de sua perspectiva estratégica.

Inclusive, já fizemos um mergulho profundo no Panther Lake, o primeiro produto da Intel baseado no processo 18A. Nele, vimos detalhes como os P-Cores Cougar Cove e os E-Cores Darkmont. Também foram abordados os CPUs Clearwater Forest Xeon e novidades sobre a Fábrica 52 da empresa no Arizona, a primeira nos EUA a produzir chips tão avançados. Estes anúncios mostram um rumo claro para a companhia.

Pat Gelsinger assumiu a Intel em 2021, num período em que a empresa não possuía uma estratégia bem definida para sua divisão de fundição. Ele implementou iniciativas importantes como o ‘5N4Y’, que visava o desenvolvimento de cinco novos nós de fabricação em quatro anos, e o ‘IDM 2.0’. Estas estratégias tinham o objetivo de posicionar a Intel Foundry como líder na indústria de semicondutores. A visão era transformar a capacidade de fabricação da Intel.

O nó 18A era um projeto no qual Gelsinger depositava grande parte de sua confiança. Em uma entrevista, ele expressou que toda a sua aposta estava nesse nó, prometendo evidências e fatos concretos para eliminar qualquer ceticismo. As otimizações recentes buscam garantir que o 18A ofereça números de eficiência energética competitivos, evitando problemas de desempenho vistos em outros chips.

Gelsinger destacou a importância de tecnologias como o PowerVia (entrega de energia na parte traseira do chip) e o RibbonFET para a eficiência energética do 18A. Ele afirmou na época que o processo superaria facilmente o N3P da TSMC, com essas tecnologias a bordo. A TSMC é uma concorrente chave no setor.

Panther Lake: Legado e Futuro da Liderança na Intel

O otimismo que a Intel demonstra atualmente em relação ao 18A e à linha Panther Lake é um resultado direto dos esforços do ex-CEO. Embora Gelsinger tenha enfrentado pressão de investidores e da mídia, a Intel Foundry Services (IFS) manteve o compromisso de tornar o 18A um produto capaz e relevante para o mercado.

Pat Gelsinger também expressou entusiasmo pelo Intel Panther Lake em várias ocasiões. Ele afirmou que este produto é uma consequência direta do êxito com o nó 18A, que é um avanço significativo para os chips para notebooks. A linha de CPU móvel Intel Panther Lake, por exemplo, é um derivado do sucesso do nó 18A, com foco em desempenho e eficiência para dispositivos portáteis, que por sua vez rodam sistemas como o Android.

Antes de deixar seu cargo, Gelsinger chegou a entregar pessoalmente as primeiras amostras do Panther Lake à Lenovo. Este fato demonstra o quão desenvolvido o produto já estava sob sua gestão. Os números de desempenho e eficiência energética que observamos hoje são fruto do trabalho iniciado por Gelsinger e continuado pela equipe atual, liderada pelo CEO Lip-Bu Tan.

Existe, sem dúvida, um aspecto de continuidade nas recentes declarações da Intel, já que a visão estratégica de Gelsinger está se concretizando. Para o futuro, o atual CEO Lip-Bu Tan deverá exercer uma grande influência sobre o nó 14A, assim como sobre as futuras linhas de produtos como o Nova Lake, que sucederão as atuais.

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