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- Jornais americanos publicaram uma lista de livros falsa gerada por inteligência artificial, com nove dos quinze títulos inexistentes.
- O caso alerta para os riscos da automação no jornalismo e a necessidade de revisão humana.
- O erro pode afetar a credibilidade dos veículos e a confiança do público em conteúdo automatizado.
- O incidente reforça a importância da verificação rigorosa de informações antes da publicação.
Jornais dos EUA publicaram uma lista de livros falsa criada por inteligência artificial, expondo a crescente necessidade de revisão humana na produção de conteúdo automatizado. A falha ocorreu quando um suplemento de verão, publicado em grandes jornais como o Chicago Sun-Times e o Philadelphia Inquirer, incluiu uma lista de recomendações de livros gerada por IA, onde nove dos quinze títulos eram inexistentes. O caso levanta questões sobre a responsabilidade e a precisão da informação na era da automação.
No início de maio, o suplemento Heat Index, com 56 páginas de dicas para o verão, foi distribuído em jornais americanos de grande circulação. Entre as sugestões para aproveitar a estação, uma lista de livros chamou a atenção, mas não pelos melhores motivos.
A seleção continha autores renomados como Andy Weir (Perdido em Marte), Isabel Allende (A Casa dos Espíritos), Min Jin Lee (Pachinko), Taylor Jenkins Reid (Os Sete Maridos de Evelyn Hugo) e Percival Everett (As Árvores). A presença desses nomes de peso poderia sugerir uma curadoria cuidadosa, ideal para quem busca uma boa leitura para levar à praia.
O problema é que, dos 15 livros recomendados, nove não existiam. Além disso, um dos livros reais foi atribuído à autora errada: Maggie O’Farrell em vez de Charlotte McConaghy. A lista também continha citações de especialistas que não puderam ser identificados, de acordo com o The New York Times. Outras reportagens do suplemento também levantaram suspeitas de conter informações falsas.
Mas, como esse erro aconteceu?
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O Heat Index foi produzido pela King Features, um braço da Hearst, e não diretamente pelos jornais Chicago e Philadelphia. Marco Buscaglia, escritor contratado pela King, assumiu a responsabilidade, admitindo que usou inteligência artificial para criar o conteúdo e não verificou a lista gerada pela ferramenta. Após o ocorrido, a King rompeu o contrato com Buscaglia.
Os jornais removeram o conteúdo e expressaram seu descontentamento com as informações falsas, mas não assumiram a responsabilidade direta pelo erro. O sindicato dos funcionários do Sun-Times manifestou preocupação com a publicação de conteúdo gerado por IA, especialmente em relação ao impacto na credibilidade junto ao público e na atuação do sindicato. Empresas precisam modernizar infraestrutura de TI para acompanhar novas tecnologias, diz Red Hat.
A IA utilizada para criar a lista não foi identificada, mas especula-se que possa ser a Claude, da Anthropic. Inteligências artificiais generativas, como essa, podem apresentar “alucinações”, criando textos plausíveis, mas falsos.
O incidente reforça a importância da verificação rigorosa de informações geradas por IAs, antes que sejam publicadas. O caso serve de alerta para os perigos da dependência excessiva de ferramentas automatizadas na produção de conteúdo jornalístico.
Para evitar situações como essa, é crucial que os profissionais da área adotem uma postura crítica e investigativa em relação ao material produzido por inteligências artificiais. A tecnologia pode ser uma aliada, mas nunca um substituto para o discernimento e a precisão humana.
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A publicação da lista falsa de livros serve como um exemplo dos desafios e cuidados necessários ao integrar a inteligência artificial no jornalismo. A tecnologia oferece novas possibilidades, mas a supervisão humana continua sendo indispensável para garantir a qualidade e a veracidade das informações.
O caso também destaca a importância de questionar as fontes e verificar os fatos, mesmo quando a informação parece vir de fontes confiáveis. Em um mundo cada vez mais dependente de informações digitais, a capacidade de discernir entre o real e o falso se torna uma habilidade essencial.
Afinal, o que aconteceu com a lista de livros falsa serve como um lembrete de que a busca pela verdade e a responsabilidade na divulgação de informações são valores que não podem ser comprometidos, nem mesmo em nome da eficiência e da inovação tecnológica. A Apple tem até 22 de junho para ajustar App Store na Europa.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Super