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- Linus Torvalds criticou uma contribuição de código da Intel no kernel Linux, apontando lentidão e arquivos residuais.
- O objetivo da notícia é mostrar como a Intel respondeu com humor e eficiência às críticas de Torvalds.
- O impacto é a demonstração da dinâmica funcional, mesmo que contundente, no desenvolvimento de código aberto.
- A solução proposta pela Intel melhora a eficiência do processo de compilação para desenvolvedores.
O conhecido criador do Linux, Linus Torvalds, recebeu uma resposta bem-humorada de um engenheiro da Intel após criticar uma contribuição de código. Jani Nikula, da Intel, usou a linguagem direta de Torvalds ao abordar as falhas apontadas no subsistema gráfico do kernel Linux, mostrando um lado leve na resolução de problemas técnicos.
Entenda a Crítica de Linus Torvalds
A situação começou com uma pull request de Nikula relacionada a mudanças no Direct Rendering Manager (DRM) para os drivers gráficos Intel Xe. O DRM é uma parte essencial do kernel Linux responsável por gerenciar Unidades de Processamento Gráfico (GPUs), auxiliando em tarefas como aceleração de hardware e renderização 3D.
Torvalds não ficou satisfeito com a implementação, especificamente com a inclusão de testes de cabeçalho (hdrtest). Ele argumentou que esses testes introduziam problemas significativos no processo de desenvolvimento.
Em sua mensagem direta, Torvalds apontou as seguintes falhas:
- Lentidão na compilação: Os testes eram executados durante a compilação padrão (allmodconfig), tornando o processo mais lento desnecessariamente.
- Arquivos residuais: A compilação deixava arquivos aleatórios chamados ‘hdrtest turds’ nos diretórios de inclusão, sujando a árvore de código fonte.
- Problemas de fluxo de trabalho: Esses arquivos residuais atrapalhavam o comando ‘git status’ e a funcionalidade de autocompletar nomes de arquivos.
Linus foi enfático ao afirmar que essa abordagem “precisa morrer” (“needs to \*die\*”) e sugeriu que os testes fossem separados do processo de compilação normal, talvez como um comando específico tipo “make drm-hdrtest”, a ser executado apenas quando necessário pela equipe da Intel.
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A Resposta bem-humorada da Intel
Jani Nikula, engenheiro de software Linux na Intel, respondeu prontamente para corrigir os problemas levantados por Torvalds. O destaque foi o tom da sua mensagem de commit, que ecoou a linguagem colorida usada por Linus.
Nikula escreveu: “Esconder todos os turds nojentos nos subdiretórios .hdrtest na árvore de compilação, e colocar as verificações extras de tempo de compilação do drm por trás de uma opção kconfig.” Essa resposta não só reconheceu as críticas, mas o fez usando a mesma terminologia (“disgusting turds“) que Torvalds havia empregado.
A solução proposta por Nikula aborda diretamente as preocupações: os arquivos de teste seriam movidos para locais menos visíveis e as verificações adicionais seriam opcionais, controladas por uma configuração do kernel (kconfig), evitando impactar a compilação padrão para todos os desenvolvedores.
Essa troca de mensagens ilustra a dinâmica, por vezes áspera mas funcional, do desenvolvimento do kernel Linux. A comunicação direta, mesmo que contundente como a de Linus Torvalds e Intel neste caso, é comum e visa manter a qualidade e eficiência do código dentro da comunidade de código aberto.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Neowin