O papel dos data centers no avanço da inteligência artificial

Descubra como os data centers estão se adaptando para suportar o crescimento da inteligência artificial e os desafios de sustentabilidade.
Atualizado há 5 horas
O papel dos data centers no avanço da inteligência artificial
Data centers se adaptam à IA e enfrentam desafios de sustentabilidade. (Imagem/Reprodução: Aibusiness)
Resumo da notícia
    • Os data centers estão no centro do crescimento da inteligência artificial, enfrentando desafios como demanda energética e sustentabilidade.
    • Você pode se beneficiar de serviços de IA mais eficientes e rápidos, graças às adaptações nos data centers.
    • O aumento da capacidade dos data centers pode impactar positivamente a economia e a inovação tecnológica no país.
    • A busca por soluções sustentáveis pode reduzir o impacto ambiental do setor de tecnologia.
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Os Data centers em IA estão no centro de discussões intensas. Enquanto a inteligência artificial promete eficiência para empresas e usuários finais, surgem preocupações com o aumento da demanda energética, segurança e sustentabilidade. Estudos apontam que nas próximas décadas o crescimento do setor será expressivo. E para acompanhar, os operadores de data centers aceleram estratégias para dar conta da capacidade exigida, sem perder de vista o meio ambiente.

Visão atual do setor e o crescimento acelerado

Tendências recentes mostram que a atenção para consumo de energia está em alta. Segundo o Goldman Sachs, o uso de energia por data centers deve subir 160% até 2030. Já a McKinsey prevê uma expansão média entre 19% e 22% ao ano na capacidade dessas infraestruturas na mesma janela de tempo.

A pesquisa Keysource destaca que 40% dos operadores enxergam a IA como prioridade absoluta para o planejamento de 12 meses. Ou seja, adequar seus espaços físicos e sistemas para suportar cargas exigentes tornou-se uma meta urgente, diante da rápida popularização dos recursos de IA generativa e processamento em larga escala.

Frente aos desafios, o mercado busca equilibrar crescimento e eficiência, evitando sobrecarga nos sistemas energéticos. A busca por respostas envolve tanto a ampliação física dos centros quanto soluções de otimização computacional, mantendo uma operação viável diante da escalada da demanda.

A relevância dessa discussão se conecta, por exemplo, a pesquisas e melhorias em modelos como modelos de linguagem e redução de erros, já que esses sistemas dependem de infraestruturas poderosas para funcionar bem.

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Acelerando a construção: brownfield e greenfield

Para atender de forma mais rápida o crescimento do uso da IA, os data centers dividem suas estratégias em construções do tipo brownfield e greenfield. Os projetos brownfield utilizam locais industriais já estruturados, o que permite adaptações rápidas e um menor tempo para colocar os sistemas em operação.

Ser capaz de aproveitar fundações, redes elétricas ou edifícios existentes reduz custos e acelera a entrega das infraestruturas. Isso garante que as empresas consigam atender a chamada explosão da inteligência artificial com menor tempo entre o projeto e a operação, ampliando sua capacidade rapidamente.

Os projetos chamados greenfield, por sua vez, são voltados para o futuro. Com terrenos livres, eles permitem designs pensados desde o início para lidar com as demandas específicas da IA. Novas tecnologias e configurações são aplicadas para garantir escala, performance e durabilidade.

Esses locais incluem racks para componentes de alta densidade, conectividade de baixa latência — essencial para grandes quantidades de dados entre servidores — e métodos inovadores de fornecimento de energia e refrigeração. A preocupação fica dividida entre garantir desempenho hoje e construir bases sólidas para suportar um crescimento contínuo da IA nos próximos anos.

Sustentabilidade alinhada à expansão dos centros

A pressão ambiental força o setor a adotar práticas responsáveis. A energia consumida pelos grandes sistemas de IA levanta alertas sobre emissões de carbono e impactos locais. Assim, a escolha do tipo de projeto também leva em conta o meio ambiente. Nos greenfield, há mais espaço para integrar fontes renováveis, como parques eólicos ou hidrelétricas próximas.

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Alguns centros estão sendo planejados em lugares que permitem o reaproveitamento do calor gerado. Um dos exemplos citados é uma instalação que conectará essa energia térmica a redes de aquecimento para residências e comércios, beneficiando toda a comunidade onde está inserido.

Já os locais brownfield trazem uma vantagem inicial: o reaproveitamento de materiais reduz o chamado carbono incorporado, já que evita o uso extensivo de concreto e insumos de alta emissão. Isso ajuda no alinhamento com metas de carbono zero. Além disso, proporcionam uma solução imediata, enquanto os planejamentos maiores e sustentáveis são desenvolvidos.

O esforço é que a expansão não entre em conflito com objetivos climáticos, buscando formas de integrar crescimento acelerado, tecnologias emergentes e compromissos ambientais, incluindo as metas do Acordo de Paris.

Colaboração para um ecossistema sustentável

Profissionais de tecnologia e arquitetura de data centers notam a necessidade de cooperação. A ideia é combinar conhecimento em chipsets, inovação, redes abertas e infraestruturas físicas para que a IA evolua de forma sustentável, tanto ambiental quanto economicamente.

Este empenho inclui compartilhar avanços em design, novas técnicas de implementação e uso inteligente da energia. Além disso, manter diálogo com o setor público e comunidades para reduzir impactos sociais e ambientais, criando infraestrutura alinhada com os interesses urbanos e regionais.

A cadeia de fornecedores e integradores de sistemas deve se engajar ativamente nesse processo. Aproximações mais holísticas apoiam tanto a inovação quanto as metas climáticas, favorecendo que empresas consumidoras dessas tecnologias estejam em conformidade com regulamentos e expectativas globais de sustentabilidade.

Isso vale também para quem trabalha com automação industrial, onde agentes autônomos ajudam a elevar eficiência e que dependem de centros robustos para processamento em nuvem.

Perspectivas e desafios constantes dos Data centers em IA

Nos próximos anos, a demanda por inteligência artificial deve continuar aumentando, impulsionando a construção acelerada de centros que a suportem. O ponto é que esses avanços tecnológicos terão que ser feitos sem prejudicar as metas ambientais e garantindo confiabilidade na operação.

As empresas precisarão equilibrar rapidez com planejamento sustentável, aproveitando locais já existentes, investindo em designs inovadores e diversificando suas fontes energéticas. A integração de sistemas de reaproveitamento de calor, por exemplo, pode beneficiar comunidades próximas e otimizar recursos.

Outro foco é a eficiência energética para evitar que o aumento no consumo comprometa redes elétricas locais ou gere picos de emissão. Para contornar isso, novidades em hardware, refrigeração e gerenciamento de energia são acompanhadas de perto.

O crescimento dos data centers para IA será, portanto, um processo contínuo de adaptação, exigindo sinergia entre grandes empresas, governos e sociedade civil a fim de garantir que a revolução digital também seja uma transição energética equilibrada.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.