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- Pedro Janot, fundador da Azul, ficou tetraplégico após um acidente a cavalo em 2011.
- A notícia mostra como ele superou desafios e se reinventou como mentor, palestrante e escritor.
- Sua história inspira pessoas a transformar dificuldades em oportunidades e valorizar a vida.
- Janot também compartilha lições de liderança e resiliência, relevantes para empreendedores e profissionais.
Pedro Janot, renomado no mundo corporativo brasileiro, trilhou uma carreira de sucesso na Zara Brasil e fundou a Azul Linhas Aéreas (AZUL4). Sua liderança inspiradora e habilidade em equilibrar estratégia e sensibilidade humana o consagraram. Em novembro de 2011, um acidente o afastou dos holofotes, apresentando-lhe o maior desafio de sua vida: reaprender a viver após ficar tetraplégico.
Após um acidente a cavalo que o deixou tetraplégico, Pedro Janot, ex-presidente da Azul e da Zara Brasil, superou desafios e se reinventou. Hoje, aos 68 anos, ele recuperou parte dos movimentos e atua como mentor, palestrante e escritor. Sua trajetória de reinvencao após tragédia inspira e mostra que é possível transformar dificuldades em oportunidades.
Janot relembra que passou 45 dias no Hospital Sírio-Libanês, iniciando ali o que ele chama de seu “quarto startup“: reaprender a viver. Aos 68 anos, recuperou parte dos movimentos dos braços e mãos através de um longo e doloroso processo de fisioterapia e adaptação.
Atualmente, ele comanda seus aparelhos com uma das mãos, profere palestras, escreveu livros e atua como mentor de empresas e conselheiro estratégico de grupos com faturamento entre R$ 30 milhões e R$ 300 milhões. “Foi difícil, mas valeu a pena. E o quinto startup já está sendo desenhado”, garante ele.
A trajetória antes do acidente
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Pedro Janot construiu uma carreira notável no mundo dos negócios. Na Zara, contribuiu para a expansão da marca no Brasil com um olhar atento sobre moda e operação. Na Azul, como primeiro CEO, foi convidado por David Neeleman para liderar uma empresa que desafiaria gigantes como TAM e Gol (GOLL4). Ele criou uma cultura focada nas pessoas, uma marca que se comunicava com os clientes, e não apenas com os passageiros.
“Quando ouvi o slogan ‘paixão pela aviação’, disse: ‘não, nossa paixão são as pessoas’. Isso mudou tudo”, relembra Janot. Sob sua liderança, a Azul se tornou a maior operadora mundial de jatos da Embraer, um marco que se tornou parte do DNA da empresa. “As pessoas se encantavam com os aviões, com os detalhes, com o conforto. Incorporamos isso ao marketing“, acrescenta.
Mesmo em meio ao sucesso, Janot começou a sentir um desequilíbrio entre trabalho e vida pessoal. “Trabalhei mais do que deveria. Poderia ter ficado 15% menos no trabalho e aproveitado mais minha família”, confessa. A decisão de construir um sítio e cavalgar nos finais de semana surgiu desse desejo de reconexão.
Reconstrução após a tragédia
Após o acidente, Janot precisou aprender a delegar o próprio corpo. “Tive que reaprender tudo. Desde escovar os dentes até operar um iPad. E precisei de paciência. Muita”, afirma. Mais do que isso, precisou reformular sua maneira de viver. Cercado pela esposa e pelos filhos, com quem fortaleceu os laços, transformou a tragédia em uma jornada de legado. “Criei meninos para o mundo, e eles são do mundo. Mas hoje os conheço mais profundamente.”
Afastando-se dos modelos tradicionais de consultoria, ele escolheu o caminho da mentoria. “Consultoria cansa. Você diz o que o cliente precisa ouvir, e ele não aceita. A mentoria é uma construção com mais escuta e menos imposição”, explica.
Com experiência no varejo de moda e na aviação, Janot se tornou uma referência em conselhos que unem gestão e humanidade. Crítico dos líderes autoritários, ele afirma: “Se o ego está fora do bolso, essa empresa está travada.” Inclusive, atualmente a IA está revolucionando o aconselhamento financeiro no Brasil.
Lições de resiliência e reinvencao após tragédia
Sua rotina atual é menos acelerada, mas não menos produtiva. Ele trabalha até as duas da tarde e depois segue em um ritmo mais leve. Sua filha, Maria Cândida, cuida da estratégia digital e da gestão de sua imagem. Jonathan, seu assistente da geração Z, aprende com ele os bastidores da liderança. “Estou ensinando truques que levaria anos para aprender. É o ciclo da vida e do trabalho funcionando.”
Janot também se dedica à escrita. Em seu livro A Vida é Tudo que Você Faz com Ela, compartilha os aprendizados que surgiram após o acidente. Um segundo livro, já em planejamento, narrará a jornada de recuperação física e emocional. “Muita gente sofre um acidente e vira um monte de ossos no sofá. Eu quis viver. A vida é um bem valiosíssimo — e é para deixar legado.”
Se antes liderava empresas com milhares de funcionários, hoje Janot aconselha líderes a ouvir mais e gritar menos. “Meu conselho para novos gestores é: deixe o ego no bolso furado e escute mais do que fale. Empresas que operam no grito, sob o comando de líderes do chicote, tendem ao colapso”, adverte.
Em tempos de burnout corporativo e culturas tóxicas, sua visão se mostra mais atual do que nunca. Ele defende que portas abertas e empatia valem mais do que metas agressivas e ordens unilaterais. “Se precisa dizer algo difícil, levanta e vai até a salinha. Liderança se faz com escuta”, ensina Janot.
Um legado em constante construção
Pedro Janot transformou sua dor em força. Com resiliência, inteligência emocional e visão de futuro, ele mostrou que a liderança mais impactante não é a que se impõe, mas a que inspira. Mesmo após uma queda que poderia ter encerrado sua trajetória, ele continua a planejar o próximo passo. “Essa nova fase foi lenta, difícil e árdua. Mas valeu cada dia. E não acabou. Tem mais pela frente”, afirma. Afinal, como ele aprendeu na prática, a vida é tudo o que você faz com ela.
Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via InfoMoney