▲
- Cientistas descobriram pegadas fossilizadas de 355 milhões de anos na Austrália, pertencentes ao réptil mais antigo conhecido.
- Essa descoberta redefine a linha do tempo da evolução dos vertebrados terrestres, mostrando que os répteis surgiram 35 milhões de anos antes do que se pensava.
- Você pode entender melhor como a vida evoluiu na Terra e como os primeiros répteis se adaptaram ao ambiente.
- A pesquisa também oferece insights sobre as condições ambientais do Período Carbonífero, enriquecendo nosso conhecimento sobre o passado do planeta.
Cientistas na Austrália fizeram uma descoberta que está mudando o que sabemos sobre a história dos répteis. Pegadas fossilizadas, com cerca de 355 milhões de anos, revelam que os répteis podem ter surgido muito antes do que se pensava. Essa descoberta, publicada na revista Nature, oferece novas perspectivas sobre a evolução dos vertebrados terrestres e sua adaptação à vida em terra firme.
Descoberta na Austrália Revela o Réptil Mais Antigo Conhecido
Um grupo de pesquisadores encontrou dezessete pegadas no sudeste da Austrália que datam de aproximadamente 355 milhões de anos. Essas pegadas estão mudando a história da evolução dos vertebrados terrestres. As marcas fossilizadas, encontradas em uma antiga margem de rio lamacenta, incluem duas trilhas e uma impressão isolada. Todas exibem características de répteis, como o formato geral, o comprimento dos dedos e as marcas de garras.
Segundo os pesquisadores, as pegadas parecem ter sido feitas por um réptil com dimensões corporais semelhantes às de um lagarto. Essa descoberta indica que os répteis existiram cerca de 35 milhões de anos antes do que se conhecia, mostrando que a evolução dos vertebrados terrestres ocorreu mais rapidamente do que se pensava.
“Isso é algo bastante radical”, disse o paleontólogo Per Ahlberg, da Universidade de Uppsala, na Suécia, que liderou o estudo publicado na revista Nature. As pegadas foram preservadas em uma laje de arenito medindo cerca de 35 cm de largura, encontrada nas margens do rio Broken, próximo à cidade de Barjarg, no estado de Victoria.
A história dos vertebrados terrestres começou quando os peixes saíram da água, um marco na evolução da vida na Terra. Esses animais foram os primeiros tetrápodes — que significa “quatro pés” — e foram os precursores dos vertebrados terrestres atuais: anfíbios, répteis, mamíferos e aves. Pegadas encontradas na Polônia, datadas de aproximadamente 390 milhões de anos atrás, representam a evidência fóssil mais antiga desses primeiros tetrápodes, que viviam um estilo de vida anfíbio.
Leia também:
A Evolução dos Amniotas
Essas criaturas foram as ancestrais de todos os vertebrados terrestres posteriores. Seus descendentes se dividiram em duas linhagens principais: uma levando aos anfíbios atuais e a outra aos amniotas, um grupo que abrange répteis, mamíferos e aves.
Os amniotas, os primeiros vertebrados a pôr ovos em terra e, assim, finalmente se libertarem da água, dividiram-se em duas linhagens, uma levando aos répteis e a outra aos mamíferos. As aves evoluíram muito mais tarde a partir de ancestrais répteis.
As pegadas australianas têm aproximadamente 3 a 4 centímetros de comprimento cada uma. Parecem ter sido deixadas por três indivíduos da mesma espécie de réptil, sem marcas de arrasto de cauda ou corpo. Nenhum resto de ossos foi encontrado, mas as pegadas oferecem alguma ideia de como era o réptil que as fez.
“Os pés têm forma semelhante a lagartos, e a distância entre o quadril e o ombro parece ter sido cerca de 17 cm. Não sabemos nada sobre o formato da cabeça, o comprimento do pescoço ou o comprimento da cauda, mas, se imaginarmos proporções semelhantes às de um lagarto, o comprimento total poderia ter sido na região de 60 cm a 80 cm”, afirmou Ahlberg.
O Perfil do Antigo Réptil
Em termos de aparência geral, “semelhante a um lagarto” é provavelmente a melhor descrição, porque os lagartos são o grupo de répteis vivos que mantiveram a mais próxima forma corporal ancestral, acrescentou o paleontólogo. Esse réptil provavelmente era um predador, porque a alimentação à base de plantas só apareceu mais tarde na evolução reptiliana. Os corpos dos répteis herbívoros tendem a ser grandes e desajeitados, enquanto esse evidentemente era ágil, com dedos longos e finos, segundo Ahlberg.
Os pesquisadores também descreveram pegadas fossilizadas de répteis recentemente identificadas na Polônia, datadas de 327 milhões de anos atrás, que se assemelham às da Austrália. Essas também são mais antigas do que as evidências anteriormente conhecidas mais antigas de répteis — fósseis encontradas no Canadá de uma criatura semelhante a um lagarto chamada Hylonomus, datada de cerca de 320 milhões de anos atrás, bem como pegadas fósseis aproximadamente da mesma época.
O réptil que deixou as pegadas australianas viveu durante o Período Carbonífero, uma época em que as temperaturas globais eram semelhantes às atuais, com gelo nos polos da Terra, mas uma região equatorial quente. A Austrália, naquela época, formava parte do antigo supercontinente Gondwana e estava localizada na borda sul dos trópicos. Havia florestas, parcialmente compostas por árvores gigantes de licopódios.
“As pegadas foram deixadas perto da margem da água do que provavelmente era um rio bastante grande, habitado por uma diversidade de peixes grandes”, afirmou Ahlberg. Para quem se interessa por mobilidade e inovação, vale a pena conferir as novidades em moto voadora e cavalo-robô, que prometem transformar o futuro dos transportes.
Essa descoberta australiana não apenas expande nossa compreensão sobre a história evolutiva dos répteis, mas também oferece insights valiosos sobre as condições ambientais e a vida na Terra há milhões de anos. Ao analisar as pegadas e o contexto geológico em que foram encontradas, os cientistas podem reconstruir um quadro mais detalhado de como era o mundo durante o Período Carbonífero e como os primeiros répteis se adaptaram a ele. O estudo do clima espacial também pode fornecer mais informações sobre o futuro de exoplanetas.
A descoberta de pegadas de um réptil mais antigo conhecido na Austrália representa um marco significativo na paleontologia, redefinindo a linha do tempo da evolução dos vertebrados terrestres. Ao desafiar as teorias existentes e fornecer novas evidências sobre a origem dos répteis, essa pesquisa destaca a importância de continuar explorando o passado para entender melhor o presente e o futuro da vida na Terra.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Folha de S.Paulo