Por que algumas pessoas ainda resistem à inteligência artificial?

Descubra por que algumas pessoas se recusam a usar inteligência artificial e quais são as preocupações por trás dessa resistência.
Atualizado há 18 horas
Por que algumas pessoas ainda resistem à inteligência artificial?
Entenda os medos que levam alguns a rejeitar a inteligência artificial. (Imagem/Reprodução: G1)
Resumo da notícia
    • A crescente popularidade da inteligência artificial divide opiniões, com muitos resistindo à sua adoção.
    • O artigo explora as razões por trás da resistência à IA, como preocupações ambientais e perda de habilidades humanas.
    • Você pode refletir sobre como a IA impacta sua vida e se vale a pena adotá-la.
    • O debate sobre os limites da IA se torna cada vez mais relevante à medida que a tecnologia avança.
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A crescente popularidade da inteligência artificial (IA) tem gerado debates acalorados. Enquanto muitos celebram os avanços e as possibilidades que a IA oferece, outros resistem à sua crescente influência, preocupados com o impacto ambiental e a potencial perda de habilidades humanas. Este artigo explora as razões por trás dessa Resistência à inteligência artificial, apresentando diferentes perspectivas sobre o tema.

Sabine Zetteler, dona de uma agência de comunicação em Londres, questiona o valor de usar IA: “Por que eu me daria ao trabalho de ler algo que alguém não se deu ao trabalho de escrever?”. Ela expressa preocupações sobre a substituição de funcionários por tecnologia e a perda da alegria e do amor no trabalho. Para ela, enviar algo que não foi escrito por um humano, ler um jornal criado por robôs ou ouvir música gerada por IA não faz sentido.

O impacto ambiental e a Resistência à inteligência artificial

Florence Achery, proprietária de um espaço de Yoga em Londres, compartilha da preocupação com o impacto ambiental. Ela menciona que o alto consumo de energia necessário para manter os centros de dados da IA funcionando é algo que a incomoda profundamente. “Minha reação inicial foi que a IA é algo sem alma e contradiz totalmente o meu negócio, que é sobre conexão humana”, diz Achery.

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Embora seja difícil quantificar o consumo exato de energia da IA, um relatório do banco Goldman Sachs estimou que uma pesquisa no ChatGPT usa cerca de 10 vezes mais energia do que uma pesquisa no Google. Este dado reforça o desconforto de pessoas como Florence Achery, que buscam alternativas mais sustentáveis.

Zetteler, apesar de reconhecer o potencial da IA para o bem social, como na tradução de artigos para pessoas cegas, expressa preocupação com o impacto mais amplo na sociedade e questiona os benefícios a longo prazo. Ela compara a situação com a escolha entre voos de baixo custo e trens, argumentando que o sucesso não deve ser medido apenas pela margem de lucro, mas também pela contribuição para a sociedade.

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Questionada sobre a possível desvantagem competitiva de sua empresa ao não usar IA, Zetteler responde que prefere medir o sucesso pela contribuição social e pela tranquilidade de consciência. Essa visão reflete uma crescente preocupação com os valores e a ética no mundo dos negócios.

A perda de habilidades humanas e a Resistência à inteligência artificial

Sierra Hansen, que trabalha com relações institucionais em Seattle, também se recusa a usar IA, motivada pela preocupação com o impacto na capacidade humana de resolver problemas. Ela argumenta que o cérebro humano é responsável por organizar a rotina e que depender da IA para tarefas simples impede o desenvolvimento do pensamento crítico. Hansen defende que “nosso papel como seres humanos é usar o pensamento crítico”.

Para Sierra, pedir ao ChatGPT para executar tarefas simples impede a resolução de problemas de forma independente, pois a IA acaba “pensando” pela pessoa. Ela acredita que a IA não deve substituir a capacidade humana de criar e apreciar, como na música, onde a IA não deveria criar um álbum perfeito de punk rock. Há quem diga que o uso de fones de ouvido com IA facilita a tradução, mas a questão é que os humanos não deveriam perder a capacidade de aprender novos idiomas.

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Nem todos podem se dar ao luxo de evitar a IA, como Jackie Adams (nome fictício), que trabalha com marketing digital. Inicialmente, ela resistiu ao uso da IA devido ao impacto ambiental e à percepção de que era uma prática preguiçosa. “Eu soube da quantidade de energia necessária para manter os centros de dados e o tanto de terra que eles ocupam, e aquilo não pareceu certo para mim. Eu não entendia porque nós precisávamos disso”, disse Adams.

No entanto, após ver colegas utilizando IA para tarefas como copywriting e geração de ideias, Adams foi pressionada a adotar a tecnologia para reduzir seu orçamento. Ela temia que resistir pudesse prejudicar sua carreira, especialmente ao ver descrições de vagas de emprego exigindo experiência com IA.

Atualmente, Adams não vê mais o uso de IA como preguiça, mas sim como uma ferramenta para aprimorar seu trabalho, utilizando-a para refinar textos e editar fotos. Essa mudança de perspectiva reflete a crescente integração da IA no mercado de trabalho e a necessidade de adaptação dos profissionais. Aproveitando que o assunto é mercado de trabalho, você pode conferir este artigo sobre Sam Altman comparar a ascensão da IA ao renascimento.

A inevitabilidade da IA

James Brusseau, professor de filosofia e especialista em ética da inteligência artificial na Pace University, em Nova York, argumenta que o momento de resistir à IA já passou. Ele acredita que a IA será cada vez mais utilizada em diversas áreas, mas que a presença humana ainda será necessária em decisões que exigem julgamento e ética.

“Se quisermos saber porque uma decisão foi tomada, nós vamos precisar de humanos. Se isso não importar, então provavelmente vamos usar IA”, afirma Brusseau. Ele exemplifica que juízes e médicos humanos serão necessários em casos criminais e decisões de transplante, respectivamente, enquanto previsões do tempo e anestesiologia podem ser substituídas pela IA.

Adams, mesmo utilizando IA no trabalho, mantém a preocupação com a crescente influência da tecnologia. Ela observa que a IA está cada vez mais presente em pesquisas no Google e resumos de e-mails, gerando uma sensação de perda de controle. “Sinto como se não tivéssemos mais controle. Como eu desligo tudo isso? Está virando uma bola de neve”, desabafa Adams.

A Resistência à inteligência artificial é multifacetada, envolvendo preocupações ambientais, a preservação de habilidades humanas e a manutenção do controle sobre as decisões. Enquanto a IA continua a avançar, o debate sobre seus impactos e limites se torna cada vez mais relevante. Para quem se interessa em como a tecnologia avança, vale a pena dar uma olhada neste artigo sobre a tokenização de ativos financeiros.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Segunda: Via G1

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.