O que o setor de segurança digital aprendeu após o incidente na CrowdStrike

Saiba como a interrupção na CrowdStrike mudou estratégias de proteção digital e aumentou a resiliência nas empresas brasileiras.
Atualizado há 8 horas atrás
O que o setor de segurança digital aprendeu após o incidente na CrowdStrike
Interrupção na CrowdStrike: novas estratégias de proteção digital para empresas brasileiras. (Imagem/Reprodução: Venturebeat)
Resumo da notícia
    • Um incidente na CrowdStrike interrompeu sistemas por 78 minutos, alertando empresas brasileiras.
    • As organizações estão reforçando estratégias de proteção para evitar paralisações.
    • Novas práticas incluem lançamentos em etapas e controle manual das operações.
    • A cultura de prevenção se torna fundamental para manter a integridade do ambiente digital.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um ano após o incidente que parou sistemas por 78 minutos na Outage da CrowdStrike, o mundo da segurança digital empresarial mudou bastante. Empresas em diversos setores passaram a adotar abordagens mais cautelosas. O foco agora é garantir que falhas isoladas não paralisem completamente as operações, buscando sempre maior resiliência nos sistemas.

O impacto dessa interrupção, que foi relativamente breve, reverberou em várias companhias. Ele serviu como um alerta importante sobre a dependência de sistemas automatizados e a necessidade de planos de contingência robustos. A partir daí, surgiram novas práticas e um olhar mais atento para a prevenção de futuros problemas. Para entender mais sobre como esse evento afetou o setor, vale conferir as lições de segurança após um ano de interrupções.

Mudanças na Proteção Cibernética Corporativa

A principal lição tirada foi a importância de não colocar todos os ovos na mesma cesta digital. Antes do evento, muitas empresas confiavam cegamente em soluções de segurança, esquecendo-se da imprevisibilidade. Isso levou a uma reformulação de estratégias em como as companhias gerenciam suas defesas contra ciberataques e falhas internas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Agora, o cenário é outro. As organizações estão implementando novos métodos para garantir que um problema em um lugar não se espalhe. Elas passaram a entender que a segurança precisa ser construída em camadas, com pontos de controle e saídas de emergência. É como ter um plano B para cada etapa do processo digital.

Este novo ambiente de segurança exige mais do que apenas ferramentas avançadas. Demanda uma cultura de prevenção e resiliência, onde cada etapa é pensada para suportar imprevistos. A ideia é estar sempre um passo à frente de possíveis falhas, aprendendo com os erros passados. Essa evolução é crucial para manter a integridade dos dados e a continuidade dos negócios.

Leia também:

Isso também se reflete na forma como as empresas lidam com a segurança do código aberto, um componente vital em muitos sistemas modernos. A colaboração e a vigilância são essenciais para identificar e corrigir vulnerabilidades antes que elas se tornem problemas maiores.

O Papel dos Lançamentos em Etapas

Uma das mudanças mais notáveis é a adoção generalizada dos staged rollouts, ou lançamentos em etapas. Em vez de liberar uma atualização de software ou um novo recurso para todos os usuários de uma vez, as empresas fazem isso de forma gradual. Isso significa que a novidade é testada em pequenos grupos primeiro.

Caso algum problema apareça, ele afeta apenas uma pequena parcela dos usuários, minimizando o impacto. Assim, é possível identificar e corrigir falhas antes que elas se tornem um problema global. Essa abordagem reduz significativamente o risco de uma falha generalizada, como a que a CrowdStrike enfrentou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa prática se tornou padrão para muitas empresas de tecnologia, incluindo aquelas que desenvolvem sistemas operacionais. Por exemplo, grandes atualizações de sistemas como o iOS ou Android frequentemente usam esse método. Isso assegura uma transição mais suave e segura para milhões de usuários.

A Importância do Controle Manual

Outro ponto crucial é a manutenção de capacidades de substituição manual, ou manual override capabilities. Mesmo com sistemas automatizados, é vital que humanos possam intervir e assumir o controle em caso de emergência. A ideia é evitar que um sistema falho continue operando sem supervisão.

Essa medida garante que, mesmo que a Inteligência Artificial ou a automação encontrem um gargalo, sempre haverá um plano de intervenção humana. Isso é fundamental para evitar cenários de total paralisação, permitindo que as equipes reajam rapidamente a eventos inesperados. É uma forma de ter uma “válvula de segurança” no ambiente digital.

Manter essas capacidades manuais significa investir em equipes bem treinadas e em protocolos claros para a atuação em crise. A agilidade na resposta e a capacidade de reverter ou desabilitar sistemas problemáticos são essenciais. Essa estratégia fortalece a segurança, garantindo que o controle nunca seja totalmente perdido, mesmo diante de falhas complexas.

A preocupação com a segurança e a resiliência também se estende à infraestrutura subjacente. A necessidade de gerenciar o ciclo de vida dos sistemas operacionais, como as atualizações de segurança para plataformas como o Azure Linux, é um exemplo claro dessa nova mentalidade. A atenção a esses detalhes é o que garante a estabilidade de todo o ecossistema digital.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.