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- A Spexi lançou a LayerDrone Foundation, uma rede descentralizada para capturar imagens de drones em alta resolução.
- O objetivo é criar um acervo visual detalhado da Terra, incentivando pilotos amadores com recompensas.
- A iniciativa pode revolucionar aplicações de IA espacial, como resposta a desastres e veículos autônomos.
- A rede já mapeou mais de 2,3 milhões de acres e oferece imagens 900 vezes mais detalhadas que satélites.
A Spexi Geospatial anunciou o lançamento da LayerDrone Foundation, uma iniciativa focada na criação de uma rede descentralizada. O objetivo é incentivar pilotos de drones amadores a colaborarem na captura de imagens de drones da Terra em altíssima resolução, utilizando um modelo de recompensas para construir um acervo visual detalhado do nosso planeta.
Lançada há um ano, a Spexi informa que seus pilotos já capturaram mais de 10 milhões de imagens, cobrindo uma área superior a 2,3 milhões de acres. Agora, com a LayerDrone Network, a intenção é ampliar esses incentivos. A rede descentralizada visa possibilitar aplicações de IA espacial de nova geração, desde resposta a desastres até treinamento de veículos autônomos.
Bill Lakeland, CEO da Spexi, mencionou que a plataforma busca socializar pilotos de drones, incentivando-os a coletar dados de forma automatizada. Segundo ele, o sistema torna rápido e fácil para os pilotos mapearem cidades globalmente, com uma resolução 900 vezes maior que a de satélites e significativamente superior à de aeronaves, além de ser mais ágil.
Lakeland acredita que o método será até 50 vezes mais econômico em comparação com outras técnicas, como câmeras de aviões apontadas para baixo ou imagens de satélite. Alec Wilson, COO da Spexi, acrescentou que se trata da maior rede padronizada de imagens de drones do planeta, com mais de 100.000 missões realizadas.
A Rede LayerDrone e a Descentralização
A Spexi já distribuiu mais de US$ 1 milhão em recompensas aos pilotos no último ano e agora planeja integrar uma estratégia descentralizada baseada em cripto. Milhares de pilotos participam, e a comunidade no Discord já conta com 5.000 membros. Este lançamento ocorre em um momento onde a demanda por dados espaciais de alta resolução é crescente, impulsionada pela necessidade de sistemas de IA e autônomos que requerem compreensão visual precisa do mundo físico.
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A Spexi continuará como a principal fornecedora de tecnologia para os dados da Terra, mas agora criará uma fundação baseada em blockchain, que poderá ser governada pelos próprios pilotos de drones. A LayerDrone Network representa uma mudança no imageamento terrestre, passando de um modelo comercial centralizado para um protocolo de rede aberto onde qualquer um pode contribuir ou desenvolver aplicações.
Essa estrutura permite a descentralização, governança comunitária e a padronização necessárias para alimentar a próxima geração de aplicações de IA espacial. Essas aplicações vão desde o auxílio em respostas a desastres naturais até o treinamento de veículos autônomos, que dependem de dados visuais extremamente detalhados para operar com segurança.
A IA espacial difere da IA tradicional por compreender as relações tridimensionais entre objetos e raciocinar sobre espaços físicos de maneira similar aos humanos. Essa tecnologia exige imagens muito mais detalhadas do que as atualmente disponíveis por satélites, tornando a coleta por drones uma alternativa viável.
Como a IA Espacial se Beneficia
Bill Lakeland destacou a importância de treinar sistemas de IA com dados que capturem o ambiente com nuances de nível humano. “Quando carros autônomos precisam diferenciar uma sombra de um buraco, ou equipes de resgate devem detectar fissuras finas em uma ponte comprometida, a resolução em nível de centímetro não é um luxo, é essencial”, afirmou.
Ele acrescentou que os casos de uso para esses dados estão crescendo rapidamente. A LayerDrone visa fornecer a base de dados precisa necessária para destravar o potencial dessas aplicações. A tecnologia desenvolvida pela Spexi simplifica a coleta de imagens em larga escala de forma gamificada, lembrando, segundo Lakeland, a dinâmica de captura de dados do Pokemon Go, mas aplicada ao mapeamento aéreo com drones.
Os pilotos já mapearam cerca de 170 cidades na América do Norte. A empresa emite missões, e os operadores de drones as reivindicam, mapeando áreas de aproximadamente 25 acres voando a uma altura pré-definida. Um piloto pode ganhar cerca de US$ 50 por voo, e mais de 100.000 missões foram concluídas até o momento.
Essa abordagem de crowdsourcing permite uma cobertura rápida e atualizada de áreas urbanas e rurais, gerando dados que podem ser processados para diversas finalidades, desde planejamento urbano até monitoramento ambiental.
Detalhes Técnicos e a Qualidade das Imagens de drones da Terra
A qualidade das imagens capturadas é um diferencial. Lakeland explicou que a imagem de drone oferece uma precisão de cerca de três centímetros, superior à dos satélites (aproximadamente 30 centímetros). Além disso, a captura é mais rápida e permite discernir paisagens 3D no solo.
Os voos são realizados em altitudes que respeitam as normas de privacidade, sem capturar rostos ou placas de veículos. Os drones utilizados são “micro drones”, com peso inferior a 250 gramas, e voam até 260 pés (cerca de 80 metros), altitude em que geralmente não são audíveis do solo. Isso está em conformidade com as regulamentações da FAA (Administração Federal de Aviação dos EUA) e requer licenças apropriadas.
A Spexi coleta dados que podem ser registrados, permitindo conectar diferentes áreas mapeadas por cada drone. Como os drones podem capturar imagens em um leve ângulo, eles conseguem registrar as fachadas dos edifícios. Isso é particularmente útil para aplicações de metaverso que buscam reconstruir cidades digitalmente com alto nível de detalhe.
Para unir as imagens sobrepostas, os dados dos drones são usados para criar nuvens de pontos através de um processo chamado fotogrametria. A partir dessa nuvem de pontos, a Spexi gera o que é chamado de Gaussian Splat, uma técnica usada para construir modelos 3D fotorrealistas de uma cena, capturando formas de edifícios, árvores e características do terreno de forma mais naturalista do que métodos tradicionais. Essa tecnologia pode ser útil para criar experiências visuais ricas em ambientes digitais.
O Papel do Blockchain e Tokens
A Spexi arrecadou US$ 17 milhões até o momento e possui uma equipe de 34 pessoas. Para acelerar o crescimento, a empresa decidiu separar a tecnologia Web3 e blockchain da Spexi, transferindo-a para a LayerDrone Foundation. Essa fundação, que será governada por detentores de tokens, lançará um cripto token para incentivar a captura de dados através da rede e da Spexi.
Wilson descreveu a iniciativa como “imagens de drones alimentadas por cripto em escala”, acreditando que isso se tornará o novo padrão para imageamento de alta resolução. Ele destacou a facilidade de iniciar a captura em qualquer lugar do mundo onde haja drones, bastando introduzir o software aos proprietários, que podem baixar os aplicativos e começar a mapear.
A fundação introduzirá um token de utilidade para alimentar a rede, permitindo incentivos aos pilotos, participação na governança e acesso a recursos da rede. Essa abordagem busca criar um ecossistema descentralizado e sustentável para a coleta de dados geoespaciais.
Sobre o lançamento do token, Lakeland afirmou estar ciente dos ciclos de especulação comuns no mercado cripto e que a Spexi e a fundação estão planejando o lançamento com cautela. A ideia é que, com os incentivos corretos, os tokens tenham maior sustentabilidade. Wilson acrescentou que a LayerDrone lançará o token quando fizer sentido para seu modelo de negócios e para a Spexi.
Principais Destaques da Rede
- Detalhe Incomparável: Imagens com resolução de até 1cm — 900x mais detalhadas que satélites.
- Abordagem Descentralizada: Rede de pilotos de drones globalmente captura dados padronizados enquanto ganha recompensas.
- Tração Comprovada: Já foram imageados mais de 2,3 milhões de acres em mais de 160 cidades na América do Norte e Europa em resoluções ultra-altas (2.8cm ou melhor).
- Amigável ao ESG: Produz 97% menos emissões de carbono que alternativas de satélite e aeronaves.
- Mercados Emergentes: Projeções indicam crescimento significativo nos mercados de análise geoespacial (US$ 147,6 bi até 2028), computação espacial (US$ 152,2 bi até 2028) e imageamento aéreo (US$ 190 bi até 2030).
Wilson comentou que a LayerDrone Foundation cria a estrutura de governança necessária para escalar uma rede de imagens da Terra verdadeiramente descentralizada. Ele comparou o potencial do protocolo aberto da LayerDrone ao impacto dos protocolos abertos da internet, que permitiram a explosão de aplicações web, prevendo uma inovação massiva na IA espacial e outras aplicações.
De certa forma, o modelo se assemelha ao Pokemon Go da Niantic, que usa jogadores para coletar dados de localização. A diferença é que LayerDrone usa pilotos de drones para capturar diretamente imagens aéreas detalhadas. A fundação se posiciona como a base para a IA espacial, uma organização dedicada a desenvolver e manter o recurso de imagens mais valioso da Terra.
Os dados coletados pela Spexi e pela LayerDrone Foundation podem habilitar melhores aplicações em jogos baseados no mundo real, metaverso, planejamento urbano, resposta a emergências e veículos autônomos. Isso ajudará aplicações de metaverso a entenderem o mundo físico e permitirá que outras empresas se beneficiem de uma compreensão precisa do mundo, um quarteirão de cada vez. A paixão dos pilotos por capturar dados, segundo Lakeland, não deve ser subestimada, focando inicialmente nas áreas de maior demanda dos clientes.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via VentureBeat